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quarta-feira, 30 de março de 2022

NOTÍCIAS DA CAPITAL


Por decisão da Justiça de Minas Gerais, está suspenso o leilão realizado pelo governo de Minas Gerais que concedeu à iniciativa privada o Terminal Rodoviário de Belo Horizonte. O pregão ocorreu na última sexta-feira (25).

Segundo a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a suspensão foi motivada por supostas irregularidades no edital que podem causar prejuízos aos cofres públicos.

O terminal, junto com 17 estações do Move Metropolitano, foi arrematado por R$ 20 milhões. O vencedor foi o consórcio Terminais BH, que reúne as empresas Conata Engenharia, Infracon Engenharia e Comércio e Riera Empreendimentos e Administrações.

O Estado de Minas Gerais entrou com um pedido de suspensão de liminar que será analisado pelo Presidente do Tribunal de Justiça de Minas, desembargador Gilson Lemes. Ainda não há data para que o magistrado emita uma decisão sobre o caso.

A decisão de suspender o leilão, proferida no mesmo dia em que o pregão foi realizado, no dia 25 de março, é do juiz Rogério Santos Araújo Abreu, da 5ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte.

A sentença atendeu um pedido da empresa Agiliza - Comércio e Locação de Máquinas Eireli, que apontava irregularidades no edital de concessão. Entre os pontos observados pelo juiz estavam algumas questões que poderiam causar prejuízos aos cofres públicos.

O primeiro é quanto à lógica do leilão. Pelo edital, primeiro foram analisadas as propostas e depois foram conferidos os documentos dos participantes o que, pela lei, fere a legislação das licitações, que prevê a ordem inversa.

Além disso, o juiz também observa que a circulação da documentação em diversas secretarias, ainda que lacrada, já é suficiente para despertar dúvidas sobre a legalidade do processo.

Outra situação diz respeito a um item que trata sobre valores fixos de garantia. No entendimento do magistrado, essa parte do edital abre margem para a empresa oferecer ao estado propostas que fossem tão vantajosas.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) ainda pode recorrer da decisão. O governo estadual foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre o tema.

O Tempo/O Estado de Minas

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