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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

ZONA DE TURBULÊNCIA

Creio que todos, quando numa viagem de avião, sentem-se incomodados com a solicitação do comandante para colocação dos cintos de segurança, com a lacônica informação que a aeronave atravessará uma zona de forte turbulência.
Imediatamente, os serviços de bordo são suspensos e começam os incômodos balanços.
Uns fingem dormir, mas na realidade estão rezando. Outros ficam vigiando as aeromoças, tentando ver em suas fisionomias algum traço de preocupação. As mãos crispam-se nos braços das poltronas.
Qualquer pequeno ruído diferente, torna-se assustador.
Que inveja daquele careca na poltrona do meio com seu sono pesado, pós dois comprimidos de Rivotril.
É a sensação que sinto nesse momento de definições da política nacional.
Como dizia o Tancredo Neves: "Tem momentos em que a gente não sente falta de ar, mas sim falta de terra".
Já apertei o cinto.

Para descontrair um pouco:
http://www.youtube.com/watch?v=IXcP9pKMf_g

ER 

A EQUIPE AGORA TEM GARRA

É DISCO QUE EU GOSTO


BESAME MUCHO

A música é mundialmente conhecida. Foi composta em 1940 pela mexicana Consuelo Velásquez. Tornou-se a canção mais gravada da lingua espanhola. Aí vem pisada de bola monumental. Os Beatles gravaram a canção no dia 01/01/1962, ainda com o baterista Pete Best, que por falta de jeito foi substituido pelo Ringo Star. Os vocais ficaram por conta de Paul McCartney.
Confesso que ao ouvir há algum tempo não reconheci os Beatles nessa música. O cha-cha-boom é terrível.

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TREM FANTASMA


Acabamos de receber um e-mail de um ex-padre que já beirando os 100 anos, pediu para não ser identificado. Atualmente ele mora em Barbacena. Disse que foi chamado em Itajubá com a difícil missão de exorcizar o famoso trem 305 que aparecia na cidade às sextas-feiras 13.  Passava a toda velocidade, sem foguista e sem maquinista.  Conseguiram tirar essa foto mirando num espelho Tcheco (a única maneira de fotografar fantasmas).
Segundo a história, ele saia de Borda de Mata (capeta da Borda?) e ia até o alto da Serra da Mantiqueira. O Padre informou que ele levava veteranos soldados falecidos na revolução de 32.

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SETE DE SETEMBRO EM ITAJUBÁ

A participação dos alunos dos Grupos Escolares e Colégios era obrigatória. As Faculdades mandavam só uma representação. Iam os alunos "mocorongos" com os surrados agasalhos esportivos, com medalhas à la "Coronel Estevão" no peito e carregando velhas taças de segundo e terceiros lugares de alguma coisa. Eram evidentes os sinais de zinabre.
Festa sem igual. 
Começava no início da Rua Nova (Posto de Gasolina) e como ainda não existia o calçadão, subia até o Cine Apolo, onde terminava.
Um espetáculo à parte era o desfile do Colégio das Irmãs e do XIX de Março. As moças não marchavam. Deslizavam com os cabelos armados com bombril. As porta-bandeiras normalmente eram as moças mais bonitas e elegantes. O pelotões (iam na frente de cada grupo) eram coincidentemente as mais gordinhas.
O desfile era sempre iniciado (após  a revista feita pelo Coronel do Batalhão e o Prefeito em jipe aberto) pelo Padre Donato e os meninos da Granja. A bandinha com seu toque acelerado emocionava o povão que lotava as ruas.
Em seguida vinham os Grupos Escolares de azul e branco com uma faixa carregada na frente por dois bons alunos, dizendo: O Grupo tal saúda Itajubá. O desalinhamento era total e com passo correto, só os filhos.
As professoras (na época não eram tias) caprichavam nos beliscões. Dava pena ver os moleques suando e com os sapatos novos engolindo as meias. Eram bolhas na certa.
O Grupo Rafael Magalhães tinha o uniforme diferenciado. Era xadrezinho preto e branco. Os invejosos chamavam de Grupo Carijó. Nos pés, conga ou sete-vidas.
Por último desfilava o Batalhão com quase mil soldados. O som da batida dos coturnos na calçada de pedra impressionava. A Rua Nova era tomada pelo cheiro do suor e as crianças pequenas assustadas agarravam nos pescoços das mães.
Inesquecível o Sr. Sebastião Inocêncio no microfone. Com um dobrado da Banda da Fábrica de Itajubá ao fundo, ele anunciava: "O futuro do Brasil passa pelos nossos olhos!". A gente se emocionava e levantava a perna bem lá em cima.
Depois do desfile, sorvete de ameixa (três bolas) do Sr. Edgar.

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FRASE DO DIA

" O caixa dois das campanhas eleitorais, o mensalão, a bisbilhotice, a incompetência, tudo isso é o que se chama "a ordem natural das coisas".

(Millor)

FRASE (ABOBRINHA) DO DIA

"Votar nela (Dilma) é a mesma coisa que votar nimim"

(Lula ontem em Foz do Iguaçu)

FOTO HISTÓRICA ESTRANHA 2

O Dr. Aldo virou o trem. Agora não está indo de Itajubá para Delfim Moreira. Estaria fazendo o trajeto contrário. A Igreja continua com a frente para o Rio Sapucai e não para a Praça Teodomiro Santiago. Atenção Saulo e Gilbertinho, o pontilhão está lá. Ajudem-nos.

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PRIMEIRA LINHA DE MONTAGEM


FORD MODELO T - 1914

Em 1910 começou a funcionar a nova fábrica da Ford em Highland Park, Detroit. Tinha uma área construída de 63.000 m2. Em 1914, o jornalista britânico Julian Street visitou Detroit e descreveu assim a fábrica da Ford:

"Toda a sala, com seus intermináveis corredores, está movimentando eixos e rodas, com sua floresta de colunas escorando o teto, correias de couro, intermináveis fileiras de máquinas, guinchos, batidas e ruídos, o cheiro de óleo, a névoa da fumaça, a população estrangeira de aparência selvagem - para mim aquilo somente expressava somente uma coisa - delírio. Imagine uma selva de rodas e correias e formas estranhas de ferro - de homens. máquinas e movimento -, acrescente a isto todos os tipos de som que pode imaginar: o som de um milhão de esquilos guinchando, um milhão de macacos brigando, um milhão de leões rugindo, um milhão de porcos morrendo, um milhão de elefantes correndo por uma floresta de chapas de ferro, um milhão de garotos assobiando com os dedos, outro um milhão de pecadores gemendo enquanto são arrastados para o inferno - imagine tudo isso acontecendo à beira das Cataratas do Niágara, com o incessante rugido das cataratas como ruído de fundo perpétuo, e você poderá ter uma vaga noção daquele lugar."

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DICA DE LEITURA


FORDLÂNDIA
Ascensão e Queda da Cidade Esquecida de Henry Ford na Selva
Editora Rocco - Greg Grandin

Estou terminando de ler o interessante livro que narra a odisséia da criação de uma cidade (Fordlândia) na selva do Pará, em 1928, pelo Sr. Henry Ford.
É inacreditável.
Breve estará disponível para os leitores na Biblioteca da Fundação José Tipica, na Boa Vista.

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VIVEREMOS 30 DIAS NO FOGO CRUZADO

Faltam exatamente 30 dias para as eleições. O nível na disputa presidencial caminha para atingir níveis jamais vistos. Teremos até o pleito, cinco edições das revistas "Veja" e "Época" e 30 edições diárias de jornais. Presumo que virão por aí diversos tsunamis.
Projetos, programas, planos de ação, isso se tornou secundário. Depois a gente vê como fica.
Desconfio que irá prevalecer a mentira.

ER

É SÓ APERTAR O BOTÃO