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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

MOMENTOS MÁGICOS

ELEFANTE DE CIRCO



Em jantar que reuniu importantes nomes do PIB do país, na noite da última segunda-feira, o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, comparou a atual situação do empresariado brasileiro a um "imenso elefante amarrado pela pata numa estaca fincada no chão".

"Uma cena que marcou minha infância foi a de ver, no circo, aquele imenso elefante amarrado pela pata numa estaca fincada no chão. Lembro de uma vez ter perguntado ao meu pai como aquela estaca conseguia prender aquele elefante. A resposta veio do treinador: que o elefante estava preso naquela estaca, com o circo se deslocando por diversos cantos do mundo, desde que era um bebê e que ele aprendeu a se resignar com aquela estaca. Havia entendido que aquele era o destino dele. Essa figura reflete exatamente o estado de espírito do empresariado brasileiro hoje. Depois de um ciclo de ideias ruins, de ideias anacrônicas de um Estado que se agiganta de ineficiência, de um ambiente hostil ao investimento e ao empresariado, possamos imaginar que temos de nos conformar.
Teremos, sim, que nos conformar se continuarmos acreditando que aquela pequena estaca pode nos segurar, mas chegou a hora de a gente chutar essa estaca e assumir o protagonismo que cabe ao empresariado nesse novo ciclo, nessa virada de página do país.
O "fiel da balança" era o "eleitor pedinte, de pires na mão, carente, que precisa de favores do Estado, mas essa realidade mudou.
A partir de agora o fiel da balança será o eleitor cidadão, que vê o Estado como prestador de serviços."
Folha

Viver é Perigoso

SIMPLES CONSTATAÇÃO


Deu no "O Sul de Minas" que Itajubá aparece na posição 3.858 no ranking nacional de transparência realizado pela Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal. 
Não foi surpresa a triste posição para uma cidade que já foi pólo irradiador de boas ações no Sul de Minas.
O levantamento, avaliou os portais da transparência dos 5.568 municípios brasileiros. A nota da terrinha foi 2,40.
Em Minas Gerais, Itajubá está na 499ª posição.
Não creio que a Administração tenha qualquer motivo para evitar a obrigatoriedade da transparência. Tenho quase certeza que o estilo autoritário com raízes em passado longínquo, induz o Executivo a ter pesadelos com a possibilidade de ser tomado como fraqueza a apresentação de satisfação de seus atos e contas. 
Numa dessas, quando o ítem "transparência" for requisito para a obtenção de empréstimos e rolagem de dívidas, irão cair na real.

Viver é Perigoso

VAMU NEÇA, CUMPANHERO !


SAMBA DO CRIOLO DOIDO


Durma-se com um barulho desses. Busca e apreensão da Polícia Federal em diversos endereços do país. Empresários, lobistas, doleiros e logicamente políticos sendo investigados no desenrolar da Operação Lava Jato. Entre chamadas e interrupções, notícias vindas da reunião da Comissão de Ética da Câmara, que terminou por liberar o avanço sobre a quebra de ética do Deputado Eduardo Cunha.
Mais interrupções. Assalto com reféns a uma joalheria no centro de São Paulo.
Salada completa. Ladrões, vítimas, reféns, polícia.
Um menino da Boa Vista, é claro, comentava com um colega: 
- Cara, vi na televisão. Ladrões fizeram deputados reféns e dois senadores foram presos com joias e ouro. Parece que a polícia negociou e quatro deputados se entregaram.

Estamos lascados.

Viver é Perigoso 

CAFÉ COM LEITE


Na Boa Vista, é claro, nos antigamente, existia uma brincadeira de rua chamada do "pique". Dentre suas diversas modalidades, uma delas consistia em sortear alguns para pegarem os outros. Muito esconde-esconde e principalmente, muita correria. Um pouco bruto, às vezes.
Como as crianças menores insistiam em participar, por serem consideradas frágeis, através de códigos, eram consideradas "café com leite".
Resumindo, não poderiam ser levadas à sério, perseguidas, etc. Ficavam por ali imaginando que participavam da brincadeira.
Lendo a nota da Mônica Bérgamo na Folha de São Paulo, somos levados a concluir, que temos uma "café com leite" em Brasília.

"O TCU (Tribunal de Contas da União) pode inocentar a presidente Dilma Rousseff de responsabilidade direta pelas pedaladas fiscais.
De acordo com integrantes do TCU familiarizados com as investigações, o órgão pode estabelecer punições para o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e para o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin. Eles teriam tomado as decisões sobre cada uma das pedaladas. As punições variam de multa a proibição de exercer cargos públicos.
Traduzindo para linguagem familiar, os mesmos integrantes comparam a situação de Dilma à da dona de casa que dá dinheiro para que sua empregada faça compras e pague outras contas. Ela não seria obrigada a saber de cada detalhe da administração dos recursos, sob responsabilidade direta da funcionária.
"É preciso diferenciar: o tribunal rejeitou as contas do governo da presidente Dilma, mas não estabeleceu ainda a responsabilidade direta pelas manobras fiscais", afirma funcionário do TCU."

Viver é Perigoso