Sem pesquisas não se vai a lugar nenhum. As entidades empresarias da terrinha, em parceria com um dos jornais da cidade, poderiam prestar relevante serviço à comunidade. Contratar a Unifei Junior para elaborar e aplicar na cidade um ampla pesquisa qualitativa. Serviria de orientação para os candidatos e eleitores.
No mesmo pacote, poderiam ser contratadas mais duas ou três pesquisas quantitativas.
Sérias, bem formuladas, como estabelecido pelo padrão Unifei, poderíamos seguir adiante com os pés no chão.
Falamos de pesquisas com o intuito de orientação e não para ser utilizada como estratégia eleitoral (embora vá acabar sendo).
Deu hoje no El País:
Com a determinação, na mini-reforma eleitoral do ano passado, de que o tempo oficial de campanha será cortado pela metade (de 90 para 45 dias) e de que haverá um limite de gastos para os candidatos, a influência da internet — um meio mais barato para propaganda — deve aumentar nas eleições municipais, prevê Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência. Segundo ela, pelo menos 19% dos eleitores planejam utilizar as redes sociais e a web para se informar sobre o pleito deste ano — em 2008, eram 3%. "Na eleição municipal, qualquer mudança impacta de forma muito rápida. E isso se intensificou após a chegada da internet. Antes a informação demorava mais para chegar", diz Cavallari.
Para Alessandro Janoni, diretor de pesquisa do Datafolha, essa volatilidade maior já pôde ser sentida na última disputa pela prefeitura de São Paulo, por exemplo, quando o então favorito nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB), perdeu a corrida para Fernando Haddad (PT) nas últimas semanas. "A internet e, principalmente, as redes potencializaram a formação de opinião. Elas reúnem todos os vetores: conteúdo, crítica ao conteúdo e defesa. E justamente num fator de formação de opinião importante, composto por amigos e parentes", diz Janoni.
Para Márcia Cavallari, do Ibope, é preciso ficar claro que a pesquisa não tem o papel de adivinhar o resultado. "Temos de conscientizar a mídia e a população de que a pesquisa não é um oráculo infalível. Ela tem o papel de mostrar como a opinião está se formando, para que lado está indo, mas não o número exato do resultado".
Na mesma linha, Janoni, do Datafolha, resume em poucas palavras: "A pesquisa sempre reflete o passado, nunca prevê o futuro".
El Pais (extraido)
Viver é Perigoso