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sábado, 10 de dezembro de 2022

CANTINHO DA SALA

 

Hans Hofmann - Carnival, 1945.
Viver é Perigoso

CAGUIRA

 


" Por favor, nós da seleção do Marrocos, ficamos sensibilizados e agradecemos, mas rogamos aos brasileiros para que não venham a torcer pela nossa seleção. Ultimamente, é notório que todas as suas torcidas, em segmentos esportivos ou não, dão errado. Poupem-nos da caguira atual que os cerca. "

Youssef Habib

Viver é Perigoso 

COMO FICOU PEQUENO

 


Sei não, mas como o gol ficou pequeno nesta Copa do Qatar. Tenho reparado isso quando das cobranças de penaltis. Ou será que os goleiros ficaram grandes demais.

Viver é Perigoso 

JÁ NÃO HAVIA NINGUÉM


Sim, muitos alemães contestaram o regime nazista. Emil Gustav Friedrich Martin Niemöller (1892/1984), foi um deles.

Niemöller é o autor de um pequeno texto antinazista, muito conhecido, mas raramente atribuído a ele. Originalmente, o texto foi extraído de um sermão ministrado por ele na Igreja Confessional de Frankfurt, em 6 de janeiro de 1946.

Fala-se em inspiração baseada em poema do russo Maiakovski (1893/1930), com adaptações face a época e aos acontecimentos. No Brasil, tem o título "E não sobrou ninguém".

"Quando os nazistas vieram buscar os comunistas, eu fiquei em silêncio; eu não era comunista.

Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu fiquei em silêncio; eu não era um social-democrata.

Quando eles vieram buscar os sindicalistas, eu não disse nada; eu não era um sindicalista.

Quando eles buscaram os judeus, eu fiquei em silêncio; eu não era um judeu.

Quando eles me vieram buscar, já não havia ninguém que pudesse protestar."

Niemöller, durante a Primeira Guerra mundial, serviu como comandante de submarino vindo a ser condecorado com a Cruz de Ferro.

Estudou Teologia em Münster. Foi ordenado em 29 de junho de 1924. Em 1931 tornou-se pastor da Jesus Christus Kirche, em Berlim.

Mesmo depois de formar-se em Teologia, permaneceu fiel à sua ideologia nacionalista e conservadora, não estando inteiramente livre de preconceitos anti-semitas e concordava com o antagonismo dos nazistas ao comunismo. Portanto apoiou a ascensão de Hitler ao poder, em 1933, acreditando que isso significaria um novo despertar nacional. 

Mas, pouco depois, Niemöller entraria em conflito crescente com o novo governo.

No outono de 1933, para impedir a segregação de cristãos de origem judaica, Niemöeller criou, com Dietrich Bonhöffer (assassinado em 1945 em um campo de concentração), a "Liga Pastoral de Emergência"), que foi transformada na Igreja Confessional em 1934 e se tornou em um importante centro da resistência alemã protestante ao regime nazista.

Em 1935, é preso pela primeira vez e logo libertado. Martin Niemöller já era tido nessa época como o mais importante porta-voz da resistência protestante. Em julho de 1937, Niemöller foi preso novamente e condenado a 7 meses de prisão.

Para Hitler, no entanto, a sentença pareceu muito suave. Ele enviou o pastor como seu "prisioneiro pessoal" para o campo de concentração de Dachau, onde permneceu por mais de sete anos. Foi libertado pelos aliados.

Após a Guerra, Niemöller participou da reorganização da Igreja Protestante, foi conselheiro da Igreja Evangélica na Alemanha e presidente do Conselho Mundial de Igrejas.

Tomou o barco em 1984, aos 92 anos.

Viver é Perigoso