Caro Edson ,
Deixo registrada minha discordância com a afirmativa do secretário de Indústria e comércio Rodrigo Melo, que Itajubá já não se encontra sob a influência da crise econômica.
Não é esta a opinião que coletamos junto ao Empresariado local, seja ele da indústria, comércio ou serviços. Há enorme preocupação com as consequências da retração econômica do país, e o sentimento de superação destas dificuldades praticamente inexiste.
O Brasil passa pela sua pior crise desde 1931. Ao fim de 2016 estaremos pelo terceiro ano consecutivo com PIB negativo, o que será o pior resultado de nossa história. o Desemprego avança em ritmo assustador caminhando rapidamente para a taxa de 10% , deixando mais de 100.000 brasileiros formalmente desempregados a cada mês que se passa.
A politicagem de Brasilia é a grande responsável pela fragilidade econômica que vivemos. A negação sistemática da seriedade e profundidade da crise econômica pelo governo da Dilma e os caminhos que ela tem buscado para dar algum alívio à situação, não nos permite ficarmos confiantes. Não há indícios de melhora pois simplesmente continuamos sendo conduzidos na direção errada e de modo titubeante. O pior ainda está por vir e a saída
deste labirinto muito longe de ser encontrada, mantido o cenário político atual.
Não acho correto localmente seguirmos os mesmos passos de Brasília: fingirmos que a crise não existe e nem é tão séria , não a resolve . É hora de mantermos os olhos bem abertos e os pés fincados ao chão. O momento vivido é crítico e trará ainda duras consequências a nossa cidade, a nossas empresas e a nossa população.
Óbvio que manter uma posição confiante e otimista nos auxilia e acredito ser este o intuito do Secretário; Não devemos no entanto, querer atenuar as grandes dificuldades em que já nos encontramos, e por hora, não vemos sequer sinal de solução.
Não saímos, nem há sinais de vislumbramos saída para a crise econômica atual.
Estamos todos como Brasileiros, sob o mesmo mau tempo.
Remy
Blog - Caro Remy, reconhecer a existência de dificuldades é o primeiro passo para superá-las, ou no mínimo, atenuá-las.
Abraço,
Edson - Viver é Perigoso