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domingo, 26 de maio de 2024

LIVRO, PRESENTE DE AMIGO


"O Prefeito Escritor" - Graciliano Ramos - Editora Record (112 páginas). O Graciliano desconhecido do grande público: o Graciliano político, prefeito compenetrado e zeloso de Palmeira dos Índios, no Estado de Alagoas.

Trechos destacados pelo tambem escritor Ruy Castro.

Sobre a construção de um novo cemitério: "Os trabalhos a que me aventurei necessários aos vivos não me permitirão esta obra. Os mortos esperarão mais algum tempo. São os munícipes que não reclamam". Sobre o serviço de luz contratado por seu antecessor: "Apesar de ser negócio referente à claridade, julgo que assinaram aquilo às escuras. Pagamos até a luz que a Lua nos dá". Sobre as estradas que encontrou no município: "Há lugares que só podem ser transitados por automóvel Ford e lagartixa". Sobre o dinheiro do povo: "Transformando-o em pedra, cal, cimento etc., procedo melhor do que se o distribuísse com meus parentes, que necessitam, coitados".

Curiosidades: O prefácio do livro é assinado pelo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em tempo, só lembrando que Graciliano Ramos escreveu também, "Memórias de Cárcere).

Viver é Perigoso

O EXÉRCITO NÃO TERÁ MAIS BARBADOS



Manoel Theophilo Gaspar de Oliveira Filho é neto de Manoel Neto. Seu bisavô é Filho e também homônimo de outros cinco Manoéis de sua árvore genealógica. As tradições da família Theophilo estão enraizadas no Brasil Império e se confundem com a história do Exército Brasileiro.

Única família autorizada a usar barba no Exército, os Theophilos encerraram a lenda do militar barbado - após o primeiro Manoel de cinco gerações decidir trocar o destino militar pela música.

O primeiro Manoel Theophilo brasileiro (1816-1859) nasceu em Fortaleza. Era filho de comerciante português e, no Brasil, foi político influente, prefeito de sua cidade natal em 1849.

Manoel Theophilo Neto (1924-2008), seguiu a carreira de toda a família e chegou a ser promovido a general em 1979, durante a ditadura militar. Ele foi o primeiro a pegar a transição das normas internas do Exército, que passaram a proibir o uso de barba após a Primeira Guerra Mundial.

O pedido para deixar a barba crescer só foi formalizado em 1982, quando Manoel era capitão e enviou um requerimento para o ministro do Exército. Um inquérito foi aberto para investigar a tradição barbada dos Theophilos.

"Considerando a arraigada e comprovada tradição familiar de cinco gerações, que obriga os varões com o mesmo nome do requerente a usar barba, dou o seguinte despacho: deferido, em caráter excepcional", dizia o despacho publicado no Boletim do Exército em 22 de março de 1982.

Em 1988 nasceu Manoel Theophilo Gaspar de Oliveira Filho, que conta que havia uma "pressão da história" para que ele fosse militar, usasse barba e seguisse a tradição centenária dos Theophilos.

Os pais Manoel e Ana, a contragosto de amigos e familiares, deixaram o filho livre para escolher a profissão.

Ele falou: ‘Pai, eu quero aprender a tocar piano’". Manoel Filho, hoje com 36 anos, é professor de piano.

(Folha)

Viver é Perigoso

PORQUE HOJE É DOMINGO


No sossego e na confiaça estará a vossa força (Is 30.15)

Aprendi então, efetivamente, que em estar quieta estava a minha força. (Hannah Whitall Smith)

"Existe uma certa passividade que não é indolência, é uma quietude viva, nascida da confiança. Tensão quieta não é confiança. É simplesmente ansiedade reprimida".

Viver é Perigoso

ENQUANTO ISSO

 

Viver é Perigoso