Se tem expressão que não dá para engolir é o tal "beijo no coração".
Pois bem, projeto em andamento para as comemorações dos 200 anos da independência do Brasil:
Pode acontecer um pedido inusitado por parte das autoridades brasileiras ao governo português:
O empréstimo do coração de Dom Pedro I, atualmente guardado em uma igreja do Porto, no norte de Portugal. Em tempo, o nosso Dom Pedro I, em Portugal é chamado de Dom Pedro IV.
Após abdicar o trono brasileiro em 1831, D. Pedro I partiu de volta para a Europa com o objetivo de reconquistar a coroa portuguesa para sua filha, Maria da Glória.
As tropas absolutistas, de dom Miguel (seu irmão mais novo), e as liberais, de Pedro, travaram uma sangrenta guerra civil em Portugal. Mesmo sitiada por mais de um ano, a cidade do Porto resistiu aos ataques e foi essencial para a vitória do exército liderado por Pedro I.
Debilitado pelos ferimentos da guerra, ele morreu de tuberculose poucos meses após o fim do conflito, em setembro de 1834, aos 35 anos.
Embora o corpo do primeiro imperador brasileiro esteja no complexo do Museu do Ipiranga, em São Paulo, o coração permaneceu no Porto a pedido do próprio, que expressou o desejo em seu testamento. O gesto foi um reconhecimento ao papel que a cidade teve na luta que dom Pedro travou com os exércitos de seu irmão pelo trono de Portugal.
O coração do imperador está guardado, sob a proteção de cinco chaves e com várias camadas de resguardo, na igreja da Lapa, e sua fragilidade faz com que as autoridades limitem bastante o manuseio. A última exibição pública do coração, que está conservado em formol e pode ser visto através de um vidro, aconteceu há sete anos, para a gravação de um documentário.
Viver é Perigoso