A primeira Carmen que conheci foi a minha tia, irmã da minha mãe. Foi a primeira perda definitiva que me lembro. Tia Carmen tomou o barco muito moça, deixando quatro crianças que foram criados pela sua irmã mais velha, Tia Guiomar. Marcou.
Claro que me lembro bem da Carmen Miranda. A portuguesa mais brasileira que existiu. Lembro-me bem da comoção nacional que aconteceu quando do seu falecimento aos 46 anos de idade. Eu já tinha quase oito.
Lembro-me da Carmen, uma moça bonita que vivia lá pelas bandas do mercado.
Hoje conheço e admiro a Dra. Carmen Chiaradia.
O nome Carmen sempre me impressionou.
Há séculos, tanto ler e ouvir falar da ópera Carmen, talvez a mais popular de todos os tempos, do compositor francês Georges Bizet (estreou em Paris em 1875) - que canta e conta a vida de Carmen, cigana e mulher fatal (imagino que todos já conhecem o final), passei a procurar o romance original escrito pelo francês Prosper Mérimée em 1845.
Ganhei no Natal de 2016, da Rachel Riera, o livro Carmen - com 18 contos do Prosper Mérimée. Carmen é um dos 18 e de enorme intensidade, apesar de tomar tão somente 49 páginas de um livro de 536. Importante: a tradução do livro foi feita nada mais e nada menos, do que pelo Mario Quintana. (editora clássicos Zahar) . Uma boa releitura de quarentena.
Em tempo, Mérimée viveu de 1803 a 1870.
Viver é Perigoso