Antes que me torne um eremita completo, ocuparei este espaço para falar e discutir um pouco, com simplicidade, sobre a vida, com suas alegrias e tristezas. Pode ser que acabe falando comigo mesmo. Neste caso, pelo menos prevalecerá a minha opinião.
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
O NATAL ERA DE CRISTO
Encontrei-me com um velho e querido amigo da terrinha, que saudoso, falou sobre os natais passados. Muita doces lembranças.
Lembrou-se de um natal, quando menino, escutou no
gramofone da casa de
seu Avô um lançamento musical em primeiríssima mão, num disco de vinil 78 RPM, que viria a
ser um grande sucesso.
Tratava-se de Jingle Bells, cantada pelo Quarteto Hayden.
Segundo ele, o seu primeiro rádio da sua casa, ainda de válvulas, da
afamada marca Emerson, foi comprado na véspera de Natal, na
Casa Rádio Rei localizada na Rua Nova.
No Natal de seus quinze anos, ganhou de seus avós um terno
comprado na "A Liberty" que veio acompanhado de um chapéu Ramenzoni e meia duzia de cuecas Ban-Tan.
Comprou, para sua namorada da época, na Eletrolândia Santa Therezinha, um disco LP do Bing Crosby, com a música White Christmas.
Disse que ela adorou e chorou ao ouvir.
Panetone? Não existia ainda. O tradicional era
a rabanada.
Ainda se comiam cabritos assados.
Chique era dar de presente uma cesta de natal Amaral ,
comprada em janeiro,
com pagamentos
mensais até dezembro.
Árvores de Natal ? Só de pinheirinhos naturais.
As casas comerciais presenteavam os bons clientes com calendários, que eram tratados por "folhinhas". As farmácias do Sr. Rui Braga, do Sr. Vitor e do Sr. Eduardo, distribuiam exemplares do Almanaque Biotônico Fontoura, que continham piadinhas, fases da lua e pequenas recomendações.
Segundo ele, naquele tempo no natal comemorava-se o nascimento de Cristo.
Era sagrado ir à missa do Galo, que começava as 22:00 horas e terminava antes da meia-noite.
E suspirando, resmungou: - Bons tempos...
ER
DREAM IS DEAD
Sempre gostei de assistir futebol. Qualquer partida. Já assisti muitos Jabaquara x Juventus. E era bom. Ontem, a final do mundial de clubes me pegou na estrada. Não vi. Tomei conhecimento da vitória do Corintians, já chegando em São Paulo. Os "manos" estavam em transe no trânsito. Não fiquei alegre e nem triste. Aliás, um pouco feliz pelos amigos torcedores do time da marginal.
Com a vitória, o "timão" atingiu o nível do Santos, Flamengo, São Paulo e Grêmio, que foram campeões do mundo anteriormente.
Ah! aquele torneinho de verão no maracanã não conta.
ER
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