Completa hoje 66 anos, o Dr. Aldo - Um homem de bem. Amigo de mais de meio século. Coragem beirando a irresponsabilidade. Nascido em Passa Quatro, infância em Delfim Moreira e vida toda de dedicação em Itajubá.
Merecidamente envolvido pela família maravilhosa e amigos dedicados.
Nos conhecemos no inicio dos 60 no Colégio dos Padres. Gordinho, irrequieto, bochechas vermelhas e trajando uma novidade total: Uma jaqueta de um tecido brilhante, meio furta-cor, enfim espacial, repito, espacial, não especial.
Mas o destaque ficava para a grande gola de pelo de algum bicho. A última coisa parecida vista em Itajubá, foi a jaqueta usada pelo Rock Hudson atuando como piloto de caça num filme sobre a guerra da Coréia, que fez rolarem muitas lágrimas das meninas (mais tarde, quase todas recolhidas, quando o artista se declarou gay).
Um único senão. Era fevereiro. Verão lascado. Picolé de coco queimado do Sr. Edgar derretendo antes se chegar nos bancos da praça. E o cara não tirava a jaqueta e fazia muito bem, pois ela chamava a atenção.
Lógico que não escapou. Para todo o Colégio passou a ser o esquimó.
Os anos foram passando, sempre cercado de grandes amizades e de grandes polêmicas. Chegaram os Beatles, tempo no exército (serviu duas vezes), revolução e primeiras encrencas políticas.
Faculdade de Medicina, mais complicações, formatura, tempos fora, até ganhar na mega-sena (hiper acumulada) sozinho ao casar com a Angela.
Fixação profissional em Itajubá, filhos maravilhosos e polêmicas, polêmicas e polêmicas. Muita participação na comunidade, muita ajuda aos mais necessitados e o encaramento sem tréguas com as injustiças.
Como todos, as vezes se engana ao fazer análise de pessoas e as vezes empunha bandeiras sem chances de vitória, apenas pelo prazer da luta. As vezes parece que o destemor se mistura com a ingenuidade. É típico dessa raça.
Esse é o apaixonado por boas músicas, por causas quase que perdidas. Todos sabem que falo do Dr. Aldo, literalmente um homem de visão e de bem. Fotógrafo de paisagens e momentos.
Seria o meu candidato a presidente vitalício do Supremo Tribunal Federal, desde que o STF pudesse ser transferido para Itajubá. Na certa, se posicionaria sempre dentro da Lei adicionando grande dose de sentimento.
Ao seu lado, com certeza, de tédio jamais morreremos.
Um grande abraço, Amigo.
Viver é Perigoso