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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

SOB A LUZ DE VELAS


"Em qualquer magistratura, é indispensável compensar a grandeza do poder pela brevidade da duração."

Montesquieu

ESTÁ TUDO DOMINADO

Por uma questão de igualdade de tratamento: Diariamente políticos e funcionários públicos estão sendo denunciados por desvios, etc, etc.
O outro lado também não fica atrás.
São recursos que poderiam ser destinados para a saúde, educação, estradas e segurança. A taxação é pesada no país e creiam, para muitas empresas, o que sobra é o sonegado. Não se trata de nenhuma novidade.
Pior: Do assunto, não veremos nada na "Veja".

Deu na Folha de hoje: Operação em 16 Estados e DF aponta sonegação fiscal de R$ 1,5 bi

"Uma operação conjunta das secretárias da Fazenda de 16 Estados e do Distrito Federal e das representações do Ministério Público nesses entes federados, realizada nesta quarta-feira, resultou na denúncia de R$ 1,5 bilhão em crimes de sonegação fiscal.
Nas ações geradas a partir de uma investigação que teve início em abril deste ano, foram denunciadas 473 empresas e 765 pessoas  - cujos nomes não foram revelados. Responsável por coordenar a operação, o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas não tinha, até agora, informações sobre mandatos de prisão expedidos nos Estados.
A maior parte dos crimes se referem à sonegação de ICMS. Ao todo, os investigadores apuraram R$ 16,4 bilhões em multas e outras representações fiscais de crimes de sonegação que não foram ainda alvo de denúncia. "

Folha



LIVRO - PRESENTE DE AMIGO

LAOWAI - Histórias de uma repórter brasileira na China
Editora letras brasileiras

 Não tem como, nos dias de hoje, viver alienado do dia a dia chinês. Ainda sabemos muito pouco sobre o gigante mundial.
Aprenda bastante, nesse misto de livro de reportagens e diário de viagem, escrito pela jornalista Sônia Bridi, que com seu marido Paulo Zero e seu filho Pedro (de três anos), viveram por dois anos na China, trabalhando como correspondentes internacionais da Globo.
Eles falam do cotidiano, a cultura, as dificuldades das reportagens, sobre o trabalho, costumes, culinária, hábitos e tradições.
Muito bom de ler. Leve e bem humorado.
Leia no próximo final prolongado.

ER 

COMPLICADO ?

Segundo o jovem presidente da CDL hoje na Futura : " esse blog, viver é perigoso, é complicado "
Não entendemos a opinião do simpático presidente.
Segundo o Houaiss:
Complicado = excessivo, extravagante ou confuso, enrolado, intrincado, obscuro, e por aí afora.
Opinião dele.

Em tempo, continuamos discordando do pedido de R$ 110.000,00 feito pela CDL à Prefeitura (quer dizer, a nós todos) para promover shows e construir uma papai noel de três metros.
A iniciativa privada pode e deve contar com a ajuda do poder público, com mão de obra, etc.
O estímulo do negócio (atrações,luzes, etc) deve ser bancado pelos lojistas. A prefeitura deveria bancar os shows (com artistas locais), presépios e iluminação nos bairros.
É tudo o que o lojista não quer. Querem o povo no centro e possivel comprando. É natural.
Tudo bem. mas que façam com seus recursos. Têm capacidade, criatividade e poder de fogo junto aos Bancos e grandes magazines para fazer a festa.
Nem vamos tocar no assunto, mas outras prioridades existem para os parcos recursos públicos. Sem contar que a "corrida de chapéu" junto ao poder público, diminui e muito, a força para reivindicações justas dos lojistas.
O mundo está mudando (vejam a situação americana e da Europa) e o pessoal não está dando conta disso.
Cada segmento terá que se acostumar a voar com as suas próprias asas.

ER 

E AGORA ?

Sinceramente, viver num país em que um Ministro do Trabalho diz que só deixa o cargo abatido à bala é ser jogado, através da metáfora, nas cavernas pré-democráticas. Ou num outro planeta.

Fernando Gabeira

É DISCO QUE EU GOSTO



IN THE SUMMERTIME

Música de 1970. Mungo Jerry é uma banda inglesa de rock, folk, sei lá o que mais. Foi foi fundada por Ray Dorset que era o vocalista e guitarrista. O primeiro sucesso mundial foi In the Summertime. Seguiram-se outros (Lady Rose, Alright, Alright, Alright, Baby Jump) e outros. Cantavam uma espécie de música regional e adotaram outros ritmos como rock e blues.
Na época aconteceu o fenômeno (na Inglaterra) denominado "Mungomania".
Gostoso de ouvir.Traz agradaveis lembranças para os com sessenta e poucos ou menos.

ER

NOVA CLASSE SOCIAL

São da época dos Armazéns de Secos e Molhados "Sexalescentes"  - Por Walter Bianchi

Se estivermos atentos, podemos notar que está a aparecer uma nova classe social: a das pessoas que andam à volta dos sessenta anos de idade, os sexalescentes : é a geração que rejeita a palavra "sexagenário", porque simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer. Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica - parecida com a que, em meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se. Este novo grupo humano que hoje ronda os sessenta teve uma vida razoavelmente satisfatória. São homens e mulheres independentes que trabalham há muitos anos e que conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram durante décadas ao conceito de trabalho. Que procuraram e encontraram há muito a atividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida. Talvez seja por isso que se sentem realizados... Alguns nem sonham em aposentar-se. E os que já o fizeram gozam plenamente cada dia sem medo do ócio ou da solidão, crescem por dentro quer num, quer na outra. Desfrutam a situação, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, preocupações, fracassos e sucessos, sabe bem olhar para o mar sem pensar em mais nada, ou seguir o voo de um pássaro da janela de um 5.º andar... Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar. Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de poder que lhe deu o feminismo dos anos 60. Naqueles momentos da sua juventude em que eram tantas as mudanças, parou e refletiu sobre o que na realidade queria. Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas... Mas cada uma fez o que quis : reconheçamos que não foi fácil, e no entanto continuam a fazê-lo todos os dias. Algumas coisas foram adquiridas. Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos "sessenta", homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe (e veem-se), e até se esquecem do velho telefone para contatar os amigos - mandam e-mails com as suas notícias, ideias e vivências. De uma maneira geral estão satisfeitos com o seu estado civil e quando não estão, não se conformam e procuram mudá-lo. Raramente se desfazem em prantos sentimentais. Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos. Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte para outra... Os maiores partilham a devoção pela juventude e as suas formas superlativas, quase insolentes de beleza ; mas não se sentem em retirada. Competem de outra forma, cultivam o seu próprio estilo... Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do esporte, ou dos que ostentam um Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de um modelo. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência. Hoje, as pessoas na década dos sessenta, como tem sido seu costume ao longo da sua vida, estão a estrear uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos e agora já não o são. Hoje estão de boa saúde, física e mental, recordam a juventude, mas sem nostalgias tolas, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas. Celebram o Sol em cada manhã e sorriem para si próprios... Talvez por alguma secreta razão, que só sabem e saberão os que chegam aos 60 no século XXI ...

Tita Teixeira
Por Walter Bianchi

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

Carmen Miranda

FRASE DO DIA

"Não há passageiros na nave espacial Terra, todos somos tripulação."

Marshall McLuhan

E SEGUE O JOGO...