Hoje fui encontrar um amigo em São Paulo. Não mencionei e talvez ele nem ficou sabendo um dos principais motivos da conversa, muito boa por sinal.
Nos conhecemos em 1968 quando da preparação para o vestibular de engenharia. Ele cursando o 3º Científico no Colégio João XXIII e eu no Colégio Major João Pereira. Como dizem na Boa Vista, é claro, inteirando 50 anos de amizade.
Não foram 50 anos com cada um no seu cantinho. Caminhamos lado a lado na política e em posições contrárias, sempre com participações fortes e definidas.
Jamais, mesmo por ocasião das contendas, faltou o respeito e a camaradagem. Nessas ocasiões, quando nos encontrávamos as conversas iam e vinham sobre todos os assuntos, exceto sobre política. Era como se essa ciência não existisse.
Nunca aconteceu um comentário negativo sobre os seus, os deles e os nossos amigos.
Quem conhece bem as cidades do interior sabe que isso é quase impossível.
Choramos muitos nas perdas e rimos muito nas alegrias. Enfim, estamos seguindo avante com dignidade.
Namoramos e casamos com moças bonitas, nossos filhos nos dão alegrias e temos o mesmo número de netos. Cinco meninos e uma menina.
Saindo vitorioso de uma duríssima luta pela vida os seus olhos continuam a brilhar ao falar de sonhos e novos projetos. Ainda temos muito pela frente.
Um abraço Caro Paulo. Para os amigos chegados, simplesmente Mugango.
Viver é Perigoso