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segunda-feira, 16 de maio de 2022

ÚTIL E INUTIL

 
Escreveu o Ruy Castro na FSP

Fui checar uma informação sobre Louis Armstrong e li que ele se chamava, de verdade, Daniel Louis Armstrong.

A princípio, levei um susto  - escutando, estudando e amando Louis quase que desde o meu próprio parto, como podia não saber disso? Então me lembrei de que sabia, sim. Só tinha me esquecido. E por que esquecera? Porque talvez essa informação não tivesse importância. 

Fui ensinado a acreditar que não existe informação desimportante, mas esta devia ser uma exceção. 

Daí me ocorreu que várias pessoas são famosas por nomes que não constam do registro civil. A querida Fernanda Montenegro, por exemplo, se chama Arlete; Junior, ex-Flamengo, Leovigildo. Angela Maria era Abelim; Dolores Duran, Adiléa; Nora Ney, Iracema; Dick Farney, Farnésio; Tito Madi, Chauki; Cazuza, Agenor. Doris Monteiro é Adelina Doris. E Paulo Francis era Franz Paul; Vinicius de Moraes, Marcos Vinicius; Oswald de Andrade, José Oswald. Mas o que se ganha com saber isso?

Conan Doyle, cujo imortal Sherlock Holmes era a lógica e a razão em pessoa, seguia qualquer charlatão que o convidasse a falar com os mortos. 

Franz Kafka, autor de "O Processo", dava gargalhadas ao ler o que escrevia. 

Dorival Caymmi, o poeta do mar e dos pescadores, não sabia nadar e nunca pescou na vida.

Nelson Rodrigues, o anjo pornográfico, não dizia palavrões. 

Edgard Rice Burroughs, o criador de Tarzan, nunca foi à África. 

E Guimarães Rosa, autor de "Grande Sertão:Veredas", só foi ao sertão uma vez e, mesmo assim, por 15 dias e montado num burrico. 

Você sabia?

Tudo isso é cultura inútil e pode-se encher enciclopédias com ela. 

O problema é: para quê?

Carlos Heitor Cony, sempre cético, fazia-se essa exata pergunta, só que a respeito de qualquer cultura, útil ou inútil. E não tinha ilusões: 

- "Ruy, já tentei jogar a cultura fora. Mas é impossível. Ela boia".

Viver é Perigoso

CONVERSANDO SE ENTENDE



Como diz um amigo velho da Boa Vista, é claro:

- Segundo a história, esse operoso povo nunca diz sim logo de cara. Mas conversando...conversando...se chega num acordo. Bom para ambas as partes.

Sobre o tema:

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, confirmou hoje que se opõe à entrada de Finlândia e Suécia na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A manifestação ocorre após autoridades dos dois países terem declarado a intenção de ingressar no grupo, citando sua proximidade territorial com o país eurasiático. A entrada na aliança requer consentimento unânime dos 30 Estados-membros do bloco militar - e a Turquia é um deles.

Viver é Perigoso

JANJA, SÓ LOVE !


Viver é Perigoso

COELHO FRITO

 

Viver é Perigoso

PATO (S) !


Caí feito um pato na lorota da Terceira Via. Era só uma manobra dos partidos para negociar o butim com Lula ou Jair Bolsonaro. E eu, estupidamente, acreditei nela.

Mais grave do que ser um pato é não pedir desculpas pelos próprios erros. Que eu me lembre, não fiz isso até agora. O pedido de desculpas, portanto, tem de ser duplo: por ser um pato e por não ter pedido desculpas imediatamente.

Diego Mainardi


Viver é Perigoso


CANTINHO DA SALA

 


Genésio Fernandes, de Maria da Fé. Nasceu na Barra.

Estudou na escola rural Luiz Francisco Ribeiro até os 14 anos, depois, no Instituto Padre Nicolau em Itajubá e, mais tarde, no Curso Clássico na Escola apostólica de Pirassununga-SP. 

De volta a Itajubá, trabalhou na Churrascaria Camponesa e, dali, foi trabalhar no Colégio João XXII. Serviu o exército e iniciou o Curso de Letras na FAFI (hoje, FEPI).

Sempre com um pé nas letras e outro na arte, Genésio pinta desde 1967. Em 1970, participou do curso “Pintura-Iniciação” no Festival de Inverno de Ouro Preto-MG, obtendo Primeiro Prêmio. Em 1974, formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Itajubá-MG. Em 1977, mudou-se para o Acre.

Em Rio Branco-AC, entre 1977/79, atuou no Departamento de Assuntos Culturais do Estado, fundou a primeira Escolinha de Arte com Francisco Gregório Filho, escreveu sobre a arte local e organizou exposições. 

Entre 1979/82, fez mestrado em Teoria da Literatura na Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, escrevendo sobre Osman Lins. 

No período de 1983/84, atuou no Campus Avançado da Universidade Federal do Acre-UFAC, em Xapuri, convivendo com o ambientalista Chico Mendes e enfrentando perseguições políticas. Depois, quando voltou a Rio Branco, lecionou na UFAC e atuou no movimento cultural e na Confederação das Associações de Moradores até 1990.

Em 1991, mudou-se para Campo Grande-MS, onde lecionou no Curso de Letras, de Jornalismo, e na pós-graduação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. Criou e editou a revista Rabiscos de Primeira, destinada a publicações de trabalhos acadêmicos de alunos. 

Em 1996, faz doutorado na Universidade de São Paulo – USP, dedicando-se à Semiótica do texto e aos estudos das práticas de leitura da para-literatura. 

Em 1998, submeteu-se a uma banca examinadora da USP, obtendo bolsa de um ano na França, onde estudou, realizou pesquisas em bibliotecas e visitou museus. 

Em setembro de 2000, conclui o Curso de Doutorado, voltando a ensinar na pós-graduação da UFMS.

Recebeu os seguintes prêmios em pintura: Primeiro Prêmio no Salão de Artes do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia de Itajubá-MG (1972); primeiro prêmio Turma Iniciação no X Festival de Inverno de Ouro Preto ( 1970); terceiro Prêmio “Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul-FIEMS”,no X Salão de Artes Plásticas de Mato Grosso do Sul (1997); e Segundo Prêmio “Governo do Estado de MS”, no XI Salão de Artes Plásticas de MS (1998).

Em 2008, depois de 35 anos de trabalho como professor (em todos os níveis de ensino), voltou a sua terra de origem, o povoado da Barra, onde tem um ateliê e continua pintando, escrevendo, preservando uma floresta e atuando na Comissão de Moradores do bairro.

Blog; Uma vida !

Viver é Perigoso

AGORA,COM MAIS DEFINIÇÃO

 

Viver é Perigoso