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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

VALEU A PROVOCAÇÃO


Corra para lá ! O aleivosiascomlimao.blogspot.com.br voltou. E voltou com tudo. E o Zelador atuou de comentarista pela primeira vez.

Viver é Perigoso

ÊPA !


Viver é Perigoso

AS PESSOAS E SEUS LIVROS


Interessante a coluna da Ruth Manus no O Estado de São Paulo. Aliás, todos os seus escritos são interessantes.

"...Foi então que eu descobri que as pessoas têm relações absolutamente distintas com seus livros. O que parece normalíssimo para alguns, parece um verdadeiro sacrilégio para outros. Temas como emprestar ou não emprestar, doar ou não doar, anotar ou não anotar, dobrar ou não dobrar, tornam-se dilemas tão shakespearianos quanto ser ou não ser.

Eu confesso que realmente adoro anotar coisas nos meus livros. Puxar setas, grifar frases, colocar asteriscos. Eu não tenho qualquer problema em fazer isso a  caneta. Até com caneta vermelha, se for preciso. Meus livros frequentemente se parecem com a bandeira do orgulho gay. No entanto, tenho a mais profunda aversão a pessoas que dobram a pontinha da página para marcar algo que julguem relevante. Isso sim me tira do sério.

Minha mãe faz algumas anotações, mas sempre a lápis. Meu pai é absolutamente incapaz de interferir nas linhas. Quando muito coloca seu nome na primeira página. Minha tia compra o livro, lê e doa. Acho a coisa mais linda do mundo. E não tenho a menor capacidade de fazer o mesmo. Preferia doar dinheiro vivo para bibliotecas públicas do que doar os meus livros. Simplesmente não consigo evitar esse sentimento egoísta de amar prateleiras gorduchas.
Outro dia minha irmã me perguntou por que eu tinha um Kindle. Eu antes de lembrar daquele aparelho para ler livros digitais, confundi Kindle com Kinder e me perguntei por que minha irmã que eu deveria ter ovos de chocolate recheados com surpresas nessa fase da vida. Mas depois que entendi, respondi quase ofendida, "Ué Nina, porque eu gosto de livros!". Ela me olhou com aquela cara de administradora hi-tech e disse "os livros não deixam de ser livros por serem digitais". Até hoje não sei bem o que pensar, me mantendo no conservadorismo do papel.
Soma-se a isso a traumática experiência de emprestar livros. Quantos livros foram e não voltaram ? Quantos livros ficaram nas nossas prateleiras sem que saibamos exatamente quem nos emprestou? Trata-se de uma prática cujos índices de insucesso rondam os 98%.
Ninguém dá atenção para esse assunto, mas a relação das pessoas com seus livros é tão íntima quanto uma vida de casal. Há pormenores, traumas, manias. Há sutilezas, pânicos, bloqueios. Prefiro que mexam no meu queijo do mexam nos meus livros. Eu hein ? vai que dobram a pontinha da página. " 

Blog: Penso diferente no tocante a emprestar livros. Fico feliz com empresto livros. Às vezes voltam e outras não. Não me preocupo. Estou tentando avançar com o Kindle. É prático mas não é gostoso como o livro. Também tenho mania de fazer anotações e não me importo com o dobrar de pontinhas. Mas que me apego a eles, sem dúvida.

Viver é Perigoso

A DESGRAÇA CHAMADA REELEIÇÃO


Creio que todos concluíram que que uma das saídas, talvez a principal delas, é a renovação ampla e irrestrita do Congresso Nacional.

Difícil, ou melhor, quase impossível. 

Segundo os jornais, o PP e o PR decidiram dar, de R$ 2,5 e R$ 2,2 milhões para cada deputado da sigla que irá disputar a reeleição. O PSD, que pretendia dar R$ 1,0 milhão para cada um dos seus deputados disputar a eleição, corre o risco de perder parte substancial da sua bancada. O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, no entanto, confirmou que reservou para cada deputado do partido cerca de R$ 2 milhões da fatia do fundo eleitoral a que o seu partido terá direito. Para não ficar para trás, o MDB bateu o martelo esta semana e divulgou seus valores: vai repassar, para cada deputado com mandato, R$ 1,5 milhão para a campanha. Os senadores que disputarem a reeleição terão R$ 2 milhões".

Os deputados e senadores poderão negociar seus passes, trocando de camisa, sem risco de perder o mandato, com a abertura da temporada de compra e venda,também chamada de janela partidária, que deve durar 30 dias, iniciando-se no próximo dia 7 de março.

O clima em Brasília está para grandes negócios.

 A principal moeda de troca usada pelos partidos tem sido o dinheiro público que bancará as campanhas. Além do fundo eleitoral, estimado em R$ 1,7 bilhão, mais R$ 888 milhões do Fundo Partidário poderão ser distribuídos aos candidatos.

Como um candidato novo pode concorrer ? Jamais.

A campanha funciona mais ou menos assim: O deputado buscando a sua reeleição, "contrata" um cabo eleitoral da cidade, normalmente, um político exercendo cargo e com avaliação razoavelmente positiva na praça. Acerta com ele o apoio, com a distribuição de propaganda no município, o que inclui entrevistas, citações, bolas, medalhas para torneios de futebol, remédios, adiantamento de exames médicos, pagamentos de contas de água e luz e pessoas balançando bandeiras nos cruzamentos movimentados.
  
O mercado estima o custo de um voto entre R$ 20 e R$ 50 reais. A meta de 5.000 votos, custará ao candidato a bagatela de R$ 250 mil.

E quem pagará ?  Nós.

É a vida...

Viver é Perigoso