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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

DE SÃO LOURENÇO DE VOLTA PARA BRASÍLIA

 


Presidente do STF, Rosa Weber recebe do ministro Flávio Dino (Justiça) réplica da Constituição roubada por radicais nos ataques no DF.

Viver é Perigoso

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Enedina Alves Marques nasceu em Curitiba, em 13 de janeiro de 1913. Formou-se em Engenharia Civil em 1945 pela Universidade Federal do Paraná, entrando para a história como a primeira mulher a se formar em engenharia no Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil.

Filha de doméstica, foi criada na casa da família do delegado e major Domingos Nascimento Sobrinho, para quem sua mãe trabalhava. Enedina tinha a mesma idade da filha de Domingos e, para que pudessem fazer companhia uma a outra, ele a matriculou nos mesmos colégios da filha. Assim, Enedina Alves foi alfabetizada na Escola Particular da Professora Luiza Dorfmund, entre 1925 e 1926. No ano seguinte, ingressou na Escola Normal, onde permaneceu até 1931. Entre 1932 e 1935, passou a trabalhar como professora no interior do estado.

Entre 1935 e 1937, voltou a Curitiba para fazer o curso intermediário (equivalente a um supletivo ginasial, exigido para o magistério). Em 1938, fez curso complementar em pré-Engenharia e, em 1940, ingressa na Faculdade de Engenharia da Universidade do Paraná, graduando-se em Engenharia Civil no ano de 1945.

Em 1946, tornou-se auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas. No ano seguinte, foi descoberta pelo governador Moisés Lupion, que a transferiu para o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica. Trabalhou no Plano Hidrelétrico do Paraná e atuou no aproveitamento das águas dos rios Capivari, Cachoeira e Iguaçu. Para muitos, a Usina Capivari-Cachoeira foi seu maior feito como engenheira. Dentre outras obras, destacam-se o Colégio Estadual do Paraná e a Casa do Estudante Universitário de Curitiba (CEU).

Apesar de vaidosa em sua vida pessoal, durante a obra na Usina ficou conhecida por usar macacão e portar uma arma na cintura para se fazer respeitada. Enérgica e rigorosa, impunha-se sempre, pois, além de ser mulher trabalhando num ambiente majoritariamente ocupado por homens, era negra.

Estabelecida no governo e com carreira estruturada, entre os anos 1950 e 1960, Enedina dedicou-se a conhecer o mundo e outras culturas. Nesse mesmo período, em 1958, o major Domingos faleceu, deixando-a como uma de suas beneficiárias no seu testamento. Sua casa, onde Enedina viveu com a mãe durante a infância, foi desmontada e abriga o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Em 1962, Enedina se aposentou e recebeu o reconhecimento do governador Ney Braga, que, por decreto, admitiu os feitos da engenheira e lhe garantiu proventos equivalentes ao salário de um juiz. Enedina faleceu em 1981. Em 1988, uma importante rua no bairro Cajuru em Curitiba recebeu o seu nome. No ano de 2000, foi imortalizada no Memorial à Mulher, localizado na capital do Paraná, ao lado de outras 53 mulheres pioneiras do Brasil. Em 2006, é fundado o Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques, em Maringá-PR.

Dica: Perlustrador da Mantiqueira

Facebook: O Google homenageou hoje (13/01/2023) Enedina Alves, a primeira mulher negra a se formar em engenharia no Brasil. Pois há vários anos ela já faz parte do maravilhoso muro da Unifei.
Dagoberto Almeida

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OH ! MINAS GERAIS !

 


Sempre foi do conhecimento geral que o pessoal do Sul de Minas sempre foi apegado na Constituição. Coisa de paixão. Mas não se esperava tanto.

Por ocasião da invasão e quebra-quebra no STF no último domingo pelos "patriotas", foi levada uma réplica da Constituição Federal de 1988.

Um golpista entusiasmado pousou para fotos levantando o exemplar da Carta, como se um troféu fosse. Estava cobrindo a cabeça com a bandeira do Brasil e imaginem...vestindo uma camiseta da Fetim - Feira de Tecnologia do Inatel - Santa Rita do Sapucaí.

Com imagens das fotos pululando na redes sociais, o "homem da constituição", Sr. Marcelo Fernandes Lima, de São Lourenço, deve ter se tocado, e providenciou a devolução do exemplar, para a Polícia Federal em Varginha.

O Senhor da constituição, que é designer, com 50 anos de idade e com trabalho em Campinas, disse a Polícia Federal que ficou de posse do exemplar para protegê-lo.

Informou que assim que a situação ficou fora de controle ele e os companheiros de viagem, tomaram o ônibus fretado direto para São Lourenço, onde chegaram no dia seguinte.

O manifestante não ficou detido, mas deverá responder processo.

A presidente do STF, ministra Rosa Weber, receberá, amanhã, sexta-feira (13), a réplica da Constituição Federal de 1988 às 14h30, das mãos do ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino.

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