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domingo, 16 de dezembro de 2018

CARTA QUE NÃO ESCREVI


Só tu me ensinaste que tenho coração - só tu deixaste uma luz intensa para as profundezas e para os picos de minha alma. Só tu me revelaste a mim próprio; pois, sem o teu auxílio, o melhor que teria logrado conhecer de mim próprio teria sido meramente conhecer a minha sombra - vê-la a tremular na parede, e tomar erradamente as suas fantasias por verdadeiras ações minhas...

Agora, caríssima, compreendes o que fizeste por mim ? E não é um tanto assustadora a ideia de que uma ou outra diminuta circunstância podiam ter impedido o nosso encontro ?

Carta de Nathaniel Hawthorne para Sophia Peabody - em 1840

Viver é Perigoso

"Nathaniel, grande escritor americano, casou-se em 1840 com Sophia Peabody, com quem teve três filhos. O casal foi viver em Concord, onde Hawthorne conviveu com os transcendentalistas Ralph Waldo Emerson e Henry David Thoreau."

FECHANDO O ANO NO AZUL


Que a administração pública de Itajubá é a mais fechada à informações, não pode restar a menor dúvida. De uma forma outra, exceto por um tradicional, heroico e sobrevivente jornal da cidade, nenhuma ou raríssima observação/questionamento (às vezes escapa) se publica, nada se comenta e nada se esclarece.

Basta tomar conhecimento sobre as dezenas (ou seriam centenas) de pedidos de informações solicitados pelos Senhores Vereadores Independentes da Câmara Municipal ao Executivo. E mais, o números de ações em andamento no Ministério Público. Isso é fato e ponto.

Mas uma coisa assusta e anima: O jornal "Estadão" afirma hoje em manchete, que uma em cada três cidades no País fechará o ano no vermelho, de acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios.

Apesar de Itajubá, como Boituva-SP, tenha decidido, encerrar o ano mais cedo (aqui, como lá, apenas os serviços essenciais serão mantidos), na terrinha têm-se a impressão que as contas estão em dia e inclusive, obras não teriam sido paralisadas. 

Não se ouve reclamações por atraso de salários e atraso na quitação do 13º salário. Em raras entrevistas aos órgãos controlados, os administradores e os poucos assessores que têm acesso a mídia, confirmam, até entusiasticamente, que tudo vai bem.

Tudo bem, que se fecham em copas quando é abordada a questão geração de empregos. Passou a fase das famosas indústrias que estariam chegando na cidade (uma chinesa, outra americana e uma européia). O entusiasmo também já se esvaiu sobre a explosão de startups, painéis solares e laboratórios. 

Como que compensando, alguns secretários e o próprio chefe do executivo, derrapam ao chamar para a administração investimentos particulares, como abertura de supermercados e cinemas. Mas até entende-se.

Finalizando: Como costumeiramente parcos em elogios, não restará a alguns endereços "incabrestáveis" da internet, admitir e até, num esforço supremo, aplaudir a gestão econômica da cidade.

Até aqui, tudo indica, diferente do que se passa na grande maioria de municípios do Brasil, sobreviveremos com méritos.

Continua faltando apenas a necessário transparência.

Viver é Perigoso          

MELHOR FOTOGRAFIA DO ANO


A revista National Geographic anunciou os vencedores deste ano de seu tradicional concurso das melhores fotografias.

A grande vencedora foi a imagem feita por Jassen Todorov de um avião na pista ao lado de milhares de carros da Volkswagen e da Audi, no deserto de Mojave, na Califórnia. 

Os modelos fabricados entre 2009 e 2015 tinham um software que permitia fraudar os testes obrigatórios de emissão de poluentes nos EUA. O escândalo obrigou a Volkswagen a recolher milhares de carros.

Viver é Perigoso

PORQUE HOJE É DOMINGO



O marinheiro não teve dúvidas. Quando aquela mulher – a senhora Alberta Cadwell, passageira da primeira classe, que acabara de embarcar no Titanic no porto inglês de Southamptom – perguntou se era verdade que o navio não podia mesmo afundar, ele respondeu:

– Minha senhora, nem Deus poderia afundar esse navio.

O iceberg tinha 30 metros de altura. 

A senhora Cadwell sobreviveu.

O maior navio até então construído no mundo. O mais luxuoso. O mais rápido. O mais seguro. Cidade flutuante. Palácio marítimo. Insubmersível. O maior.

O Titanic tinha 268 metros de comprimento, 28 metros de largura, dez andares. Pesava 46.382 toneladas. Sua âncora central pesava 15 toneladas. Podia transportar 3.547 pessoas. Velocidade de 22 nós e meio – ou seja, 22 milhas náuticas, ou 41 quilômetros por hora. 

Uma vez lançada ao mar, a lenda durou cinco dias. 

O Titanic saiu de Southampton, em sua viagem inaugural para Nova York, no dia 10 de abril de 1912, uma quarta-feira; fez sua única escala em Cherbourg, na França, e rumou para Oeste. No quarto dia da viagem o nome do Titanic aliou-se a mais um superlativo – a maior tragédia –, submergiu 3.600 metros no Oceano Atlântico e entrou definitivamente para a História.

A orquestra de Wallace Hartley tocava. 

Tocou até o fim. E tocou o conhecido hino, “Nearer, My God, to Thee”, Mais perto, Senhor, de Ti. (Sérgio Vaz)

Muitas vezes nos achamos um Titanic.

Viver é Perigoso