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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

TRUCULÊNCIA À VISTA

Não sei com certeza se procede, mas dizem que o poder público municipal está colocando sua tropa de choque em campo, buscando através de fiscalização, intimidar possíveis críticos. Já teve o caso da lanchonete do Bala e agora teria chegado a vez do Jornal Itajubá Notícias.
Fiscalizar é um instrumento legal e obrigação do poder público, mas é inaceitável como instrumento de pressão. Se isso ocorreu ou está ocorrendo, não está correto. Se o crítico ofendeu a autoridade, esta deve buscar os meios legais disponíveis.
As coisas começam assim.
Não creio que o Sr. Prefeito determine ações desse tipo, pelo que o conheço e pelo que ele tem pregado. Pode ser que algum assessor mais dedicado, vamos dizer assim, tenha tomado iniciativa de forma mais afoita, querendo com isso, mostrar serviço.
Temos que ter cuidado para não entrar em questionamentos particulares entre empresas e pessoas, todos (as) são responsáveis pelos seus atos e devem resolver suas pendências entre sí.
Repito, fiscalizações são normais desde que programadas ou existam indícios de irregularidades.
Vide nesse blog outro dia, o texto Cidade dos Intocáveis. Pretendemos nessa trincheira, estarmos atentos, afinal esta Cidade tem dono e os mesmos somos nós Itajubenses, e com mesma intensidade os filhos de adoção. Aqui nascemos, aqui estudamos, aqui casamos, aqui tivemos filhos e será aqui com certeza, que teremos nossa morada final, em se tratando desta vida.
ER

DESAPARECIDOS POLÍTICOS

A imprensa do País está publicando nestes últimos dias, inclusive em forma de publicidade, que ainda temos no Brasil, 140 desaparecidos políticos.
Eu creio que o número é muito maior.
Será que contabilizaram os Deputados Federais e Estaduais que foram eleitos com significativos votos aqui da terrinha e praticamente nunca mais voltaram ou se voltaram foi de forma esporádica e sem apresentar neca de nada.
Aposto que do inicio do ano para frente, vão pulular pela Cidade e região. Não serão mais desaparecidos, mas sim aparecidos.
Xô bichos !
ER

VERGONHA COMO ANTIGAMENTE

Creio que todos, pelos menos os comuns e mortais,já sentiram a sensação de acanhamento, constrangimento, que chega a ser um tipo de vergonha, quando alguém passa por uma situação complicada beirando ao ridículo. Prefiro não ver ou até mesmo faço de conta que não vejo.

Pois é, o Senador Suplicy entra nessa quase que diariamente. A minha pena já está virando um pouquinho de raiva (não costumo ter esse sentimento). Aliás, é terrivel sentir pena.

Agora, incentivado pelo pessoal do Pânico, topou colocar uma cueca vermelha por cima da calça do terno, em pleno Senado. Não que o Senado seja considerado hoje um local pudico. E ainda simulou uma corrida vestido com aquele apetrecho, imitando o Super-Homem. Já não bastou o caso do cartão vermelho ? Não vai dar em nada, pois os seus companheiros de casa o consideram como "café com leite", lembram-se dessa expressão ?

Em pior ou igual situação, está o Mercadante, que depois do irrevogável revogado, caminha pela vida como um cachorro caido de mudança.

E não é que eu tinha (e ainda tenho um pouco), de simpatia pelos dois ?

Não sei não, mas creio que o jeito é começar tudo de novo.

ER

OUTRO QUE NOS DEIXOU

Recebí agora pouco um torpedo comunicando o falecimento do Sergio Miranda. Cronista esportivo do jornal "O Sul de Minas" e homem voltado para o esporte e a educação em Itajubá.
Conheci o Sérgio Miranda em 1966, quando servimos juntos na Cia de Comando do Batalhão de Itajubá. Desde aquela ocasião ele já era voltado para essa área, juntamente com o Sargento Ruy Telles, que posteriormente foi Presidente da Federação de Futebol de Brasília.
Muito ligado ao Rebourgeon, Sérgio teve participação intensa em várias administrações DA Cidade na Liga Itajubense de Futebol e como jornalista esportivo, acompanhou a fase áurea do futebol Itajubense, com o Tri-Campeonato Amador do Estado, conquistado em BH.
Sua coluna no Jornal era muito apreciada, principalmente por resgatar e valorizar craques do passado.
Até breve Sérgio.
ER

TERRENO PARA A TECNÓPOLIS

Parece que ontem se reuniram o Sr. Prefeito, Secretários, Dirigentes de Entidades, Reitor, Professores, Políticos e a comunidade representada pelo Sr. Mafra (pelo menos sem a minha concordância).
Tanto não aguentamos mais ouvir do caso Sarney, quanto ouvir do terreno da Tecnópolis. O BPS não comprou ? Não depositou o dinheiro ? Não transferiu para a Unifei ?
O que mais querem ? Fizeram errado ? Compraram terras erradas ? Com metragem a maior ? a menor ? Façam uma carta pública de esclarecimento. É simples.
No Rádio não dá para esclarecer. Além do custo e da disponibilidade de tempo, fica difícil, pois numa Radio o Prefeito está em casa demais, quase perdendo a isenção e nas outras, quebra o páu no ar !
Itajubá está lascada. O que tem de menos nessas decisões são Itajubenses. Prevalece um punhado de aventureiros do Mississipi, a tentar impor padrões e ditar regras.
E a Câmara Municipal como se posiciona ? Por falar nisso e a Câmara ?
Voltaremos ao tema.
ER

FICA MARADONA

Já é mais que hora da imprensa brasileira começar a campanha "Fica Maradona",visando incentivar a manutenção do baixinho destrambelhado no comando da seleção argentina.
O Chile, o Paraguai e o Brasil nunca estiveram tão a vontade na América do Sul. Se conseguirmos mante-lo a frente dos platinos até 2.010 será uma festa.
ER

SOBRENOME NÃO ESTÁ VALENDO MUITO

Deixou o carro importado para revisão em Guaratinguetá. Como somente iria ficar pronto no dia seguinte, resolveu voltar para Itajubá.
Até Piquete foi gentilmente levado pelo rapaz de vendas da concessionária, que estava mesmo indo para lá. Daí para a frente a suprema humilhação de pegar o catajeca do Pássaro Marron.
Desde que veio a Aparecida pagar uma promessa feita pela mãe por ele ter passado no vestibular de economia (precisava?), jamais voltara a entrar naquele meio de transporte jurássico e democrático em excesso por juntar pessoas de níveis diferentes tão próximas.
Enfim... deve durar só uma duas horas. Fechou a cara e sentou ao lado de um velhinho que estava com um cigarro de palha (apagado) no canto da boca.
Subindo a serra naquele geme-geme, silêncio dentro do ônibus e o velhinho puxa conversa.
O Senhor é de Itajubá ?
Sim respondeu o nosso conterrâneo, curto e grosso, esperando matar a conversa.
De qual família, insistiu o ancião já meio chato.
O Nobre Itajubense, de fina estirpe disse em alto e bom som, para que todos no ônibus o ouvissem e que não parasse mais nenhuma dúvida, encerrando o assunto:
Meu nome é Reinaldo Rennó Junior, repetindo antipaticamente o grande sobrenome Itajubense: RENNÓ, com eco, como Brasillllllllll, nos jogos da seleção.
Silêncio sepulcral por uns longuíssimos dois minutos.
Aí o velhinho matou a páu, lavando a alma de todos, inclusive do motorista, do cobrador e do fiscal que tinha subido no alto da serra.
Simplóriamente sacana, o velhinho perguntou: Por acaso o Senhor não é dos Juniors lá de Piranguçu ?
O nosso amigo desceu na Barreira.
ER
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VERDADE VERDADEIRA

Eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridiculo.

Luis Fernando Veríssimo.

(eu também desconfio - ER)

CONTINUA VALENDO

A carta abaixo foi publicada no jornal "O Sul de Minas" no final de 1998, portanto há 11 anos e continua valendo. Feliz é aquele pode dizer: Publiquem o que escrevi ou repitam o que falei. Mudar de opinião é normal e bem fundamentada é um ato de coragem.
Não copiem FHC que disse: esqueçam o que escrevi, bem como Lula: Esqueçam o que eu disse.
Itajubá, 16 de dezembro de 1998
Regilena Carvalho,
Um enorme sentimento de não ter feito o que devia, assolou-me na tarde do último sábado quando lia o nosso "O Sul de Minas".
Não bastasse o texto simples e cortante, as fotos do Lúcio e do Jayme nos chamaram à responsabilidade e questionaram o nosso comportamento no difícil 1968.
Parcialmente alienados pelo ano do vestibular, ainda assim estaríamos mentindo se disséssemos não saber o que se passava. Tinhamos informações sobre a luta armada e vagamente sobre os porões da ditadura.
Naquele período negro da nossa história, muitos outros agiram de forma diferente. Alguns pegaram as armas, outros se manifestaram timidamente nas tribunas e outros como nós, acanhadamente nas mesas dos bares, bancos de jardim e na segurança das repúblicas.
Mas certamente, ninguém com tanta coragem e tanto despreendimento como os PETIT, dotados de espírito rebelde, constante ânsia pela liberdade e sede de justiça social pelos quais também gostaríamos de ter sido possuidos.
ER

PARA DAR UMA PENSADA

Segundo Marcel Proust, são as seguintes as razões que impedem as pessoas de serem felizes:
a) Estão sempre vendo o futuro melhor do que ele será.
b) Estão sempre vendo o presente pior do que ele é.
c)Estão sempre vendo o passado melhor do que foi.
ER
Pior, mas pior mesmo é o que assola um grande número de pessoas. "Saudades do que não aconteceu". Isso é sério e triste. (minha observação)

SEXTA FEIRA - É HOJE

Como dizia meu amigo Wellington Etrusco, nada na sexta -feira me tira o bom humor. Mas nada mesmo.
Não querendo cortar, mas cortando, o Wellington é cara que ia ser multado pelo, na oportunidade, único guarda de trânsito de Itajubá, o famoso "Meu", que fazia o policiamento de bicicleta, com aquela famigerada presilha no tornozelo para evitar que a barra da calça ficasse presa na corrente.
A multa foi suspensa quando atendendo ao pedido do "Meu", com o bloco de multas na mão, o Wellington soletrou o seu nome. O "Meu" se enroscou com as letras e disse a famosa e sábia frase: Desta vez passa.
Mas o assunto mesmo é a famosa sexta-feira livre de paletós, gravatas e ternos, instituida nos Estados Unidos e copiado pelas empresas de São Paulo. Isso aconteceu tempos atrás.
Nas primeiras, vexame total. Principalmente os engenheiros de Itajubá. Só num departamento da CESP, apareceram oito camisas iguais, todas oriundas da Joka ou Meri.
E a combinação de padrões e cores ? Era xadrez com listras, bolas marrons, calças farwest pega-frango e até uma camiseta com propaganda do Euclides Cintra para Deputado Estadual.
Lamentávelmente o RH foi obrigado a se reunir com o pessoal para uma orientação geral. Pegou mal .
Pior do que isso é quando do primeiro emprego. O recém formado engenheiro, vai trabalhar com o mesmo e solene terno de formatura, de forma ininterrupta por mais de um mês (até sair o primeiro salario que quase todo vai para as Lojas Colombo).
Camisa social ele ainda tem duas, lavando uma hoje e a outra amanhã.
Tudo bem que o último botão do colarinho não fecha e os modelos sejam antigos, com dois bolsões no peito, para levar jogos de caneta, calculadora, celular e caixinha de pastilhas de menta para disfarçar o bafo.
Tenho um conhecido, também engenheiro eletricista, homem de um terno só, que deu aquela tradicional engordadinha pós-formatura e numa mudança de cadeira em uma reunião fora da firma, sua calça se descosturou, literalmente de cabo a rabo.
Enquanto ele continuava na reunião só de calção (mineiro adora usar um calçãozinho adidas vermelhinho falsificado no lugar da cueca), um prestativo e habilidoso colega levou a calça para ser grampeada na sala ao lado. Isso mesmo. grampeada (grampos de escritório). Ficou boa, bastante ventilada, embora creio eu, um pouco desconfortável.
Acho que a Universidade poderia dar um treino nesse segmento, antes do pessoal sair para a vida.
ER