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domingo, 5 de maio de 2024

GUARDANDO O ESTILO



Em sua tese de doutorado, Caio Marcondes Barbosa, doutor em ciência política e pesquisador do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania da USP, afirma que o ex-presidente Jair (PL) herdou os votos dos simpatizantes do malufismo na capital paulista.

Na sua pesquisa, Barbosa baseou-se em estudos do sociológo Antônio Flávio Pierucci no período pós-redemocratização. Partindo das eleições de Jânio Quadros para prefeito em 1985 e de Maluf para governador em 1986, Pierucci entrevistou cabos eleitorais desses candidatos e encontrou o que ele chamou de "nova direita".

Observando a concentração de votos na capital, o sociólogo delimitou geograficamente onde se localizava esse grupo conservador: na região do começo da zona leste, como os bairros da Mooca e do Tatuapé, até a zona norte, como Santana e Tucuruvi.

"Essa região histórica foi onde os imigrantes inicialmente se estabeleceram no começo do século 20", diz Barbosa. "Era uma região mais de classe média baixa, tradicional. De um conservadorismo moral, menos alinhado, pelo menos até aquele momento, a uma pauta liberal econômica", afirma.

Analisando o mapa eleitoral da cidade nas eleições presidenciais de 2018, Barbosa notou que esse mesmo reduto janista e malufista deu mais de 50% dos votos para Jair já no primeiro turno. O pesquisador foi então às ruas para entrevistar os eleitores do ex-presidente nesses bairros e entender se havia continuidade com a "nova direita" identificada por Pierucci. A conclusão de Barbosa foi positiva.

"Eu encontrei eleitores mais velhos que também eram malufistas, ou ouvia muito que os pais eram malufistas. Tinha um elo entre essa base do Maluf e a direita bolsonarista", diz ele. "Houve uma permanência grande das gerações nesses bairros, que foram ficando na região e passando esses valores", afirma.

O conservadorismo moral permaneceu, segundo Barbosa. O que mudou é que a direita da região hoje se alinha a valores mais liberais na economia, que não eram tão presentes na década de 1980.

Pierucci, o sociólogo que estudou o malufismo, dizia que os eleitores de Maluf queriam um Estado realizador, que fizesse muitas obras e garantisse a segurança. E que eles eram anti-igualitários —se sentiam ameaçados pelos migrantes nordestinos, por pessoas em situação de vulnerabilidade, pelos homossexuais, entre outros grupos marginalizados. Uma descrição que não dá conta de explicar o jairzismo, mas que também é observada neste grupo.

Nas redes sociais, com frequência surgem comparações entre Tarcísio e Maluf. Ambos compartilham um discurso duro no campo da segurança pública e trabalham o marketing político em torno da ideia de que fazem acontecer – que conduzem grandes obras e projetos.

"Esse combo de realizador com foco na segurança é malufista. Só tira o elemento da corrupção", diz Barbosa. "Tarcísio conseguiu formar essa imagem de realizador, foi ministro de Infraestrutura. Essa imagem também era a de Maluf, a de um engenheiro sempre realizando grandes obras. Esse aspecto de colocar o capacete e verificar as obras remete muito, mexe com esse imaginário malufista."

A direita bolsonarista, inclusive o próprio ex-presidente, exalta frequentemente a capacidade de Tarcísio de realizar projetos. O governador também costuma publicar nas redes sociais conteúdos gravados em visitas às obras, muitas vezes vestindo capacete e colete. 

Uol

Viver é Perigoso

PORQUE HOJE É DOMINGO


Viver é Perigoso

COMO ANTIGAMENTE

 


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DREAM IS DEAD



" Rock in Rio terá hora sertaneja com Chitãozinho e Xororó, Ana Castela, Luan Santana e Simone Mendes. Definitivamente, o sonho acabou. "

Carlos Castelo

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MOMENTOS MÁGICOS


Klaus Mäkelä é um maestro e violoncelista finlandês nascido em 1996. Atualmente é regente titular da Filarmônica de Oslo, diretor musical da Orquestra de Paris, parceiro artístico e regente principal nomeado da Royal Concertgebouw Orchstra e diretor musical designado da Orquestra Sinfônica de Chicago.

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AO QUE TUDO INDICA...



Ao que tudo indica, Zema estará em Itajubá durante a campanha para a prefeitura. Ou seja: O partido Novo não deverá ter candidato a prefeito na cidade, mas certamente terá inimigo comum.
 
No fim de abril, durante o café da manhã com jornalistas, o governador Zema havia declarado:
“não vou subir em palanque nenhum” e “eu quero distância da eleição municipal”.

Ontem (4) durante evento do partido em BH, Zema pediu para que os filiados sejam candidatos nas eleições deste ano em suas cidades e afirmou à imprensa que vai participar das campanhas do partido, apenas. A exceção, segundo ele, será nas cidades onde a esquerda tiver chance de vitória: “Para os candidatos do Novo, vou sim apoiar as campanhas, e onde nós tivermos um inimigo comum à esquerda, muito provavelmente”.

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