Canal do Panamá talvez a 1ª grande adaptação as mudanças climáticas
O Canal do Panamá. 80 km de extensão. Média de 1.200 navios mensais, Um ponto de encontro entre dois oceanos. Pacífico e Atlântico. Através do Canal do Panamá circulam 3,5% do comércio mundial. Esse trajeto permite transações entre a Ásia, Europa e as costas leste dos Estados Unidos/Canadá.
A administração do canal está bloqueando a passagem de navios de grande tonelagem/calado. E motivando também atrasos/filas a navios menores. Motivo? Falta de água doce para o funcionamento das eclusas. Em 2023, choveu 41% menos do que o habitual na região.
Entendendo: O Oceano Atlântico é 24 centímetros mais baixo que o Pacífico e o canal é 26 metros mais alto que os dois oceanos. Para vencer esse desnível, os navios precisam passar por três eclusas que funcionam como elevadores de água. A água para essas eclusas vêm de lagos artificiais em terra. Acontece que o Panamá (um país onde normalmente chove muito) enfrenta uma seca severa. A maior em 80 anos. Motivada pelo El Nino e pelas mudanças climáticas. E os lagos (que também fazem abastecimento humano e geração de energia) estão secando. Então não há água bastante para as eclusas. Navios grandes estão dando a volta no continente Sul Americano. Ocasionando fretes mais caros/mais gastos com combustíveis fósseis. Governos e grandes empresas estão acompanhando a situação com crescente preocupação. Conscientes de que a resolução desta crise exigirá uma ação coordenada e sustentada. Cadeias mundiais suprimentos já estão sendo afetadas. Lembram delas na pandemia?
Canal do Panamá uma engenhosa e monumental obra de mais de 100 anos sendo posta à prova como uma das primeiras e urgentes/necessárias adaptações ás mudanças climáticas.
Mercado-Lógico
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