Quando da famosa audiência pública sobre o número de vereadores, o Caro Professor Wilson Ribeiro de Sá (foi meu professor de português em priscas eras), com muita propriedade, fez um rápido e vibrante discurso sobre o tema, estendendo-se sobre a notícia postada a seguir. Concordo com o Professor Wilson. Não dá para entender.
Carolina Delboni escreveu:
"Tem casal indo pra Miami ter filho. Pra ter cidadania americana. Pra poder ter o famoso Green Card. O passaporte da alegria. São escolhas de vida, escolhas de futuro. A gente deve respeitar. Respeito. Mas impossível não questionar. Questionar o porquê. O que leva uma pessoa a achar que um filho americano é a salvação de sua condição de vida? Achar que isso garante a ela um futuro estável economicamente e uma boa aposentadoria? Claro que não vamos negar os benefícios de uma cidadania americana. Inegável, também. Mas desistir do seu próprio país? Será que o motivo é forte o suficiente? Cada um cada um. Porém, ainda tendo a dizer que não. Mas parece que Miami é o desejo de 7 em cada 10 brasileiros com acesso às terras norte-americanas.
Mas já estão montando esquema por lá. Em Miami. Existe serviço especializado pra brasileira ter bebê de forma “profissa”. Isso quer dizer ter acompanhamento com médico particular, o que o sistema americano não te dá, porque atende quem estiver disponível. O serviço garante também a cesárea, caso seja um desejo da mãe. Porque no sistema americano, o mesmo de que essa pessoa quer poder se beneficiar depois, não disponibiliza cesáreas pra quem quer. Não é o desejo que conta, e sim as condições médicas. Mas esse é o serviço que se vende aos brasileiros que sonham com um futuro melhor. “Ser mamãe em Miami” chama. Fofo.
Em matéria recente no Globo online, médico e pediatra contam por que lançaram o serviço, e divulgam seus pacotes. Veja bem como pode ser interessante. “O natural sai por US$ 9.840 (cerca de R$ 37.800); a cesárea, US$ 11.390 (R$ 43.700); e o múltiplo (gêmeos ou mais), US$ 14.730 (R$ 56.600)”, divulga a matéria. Mas vamos ser justos. Nada de culpar o serviço desses profissionais. Ele só existe porque existe a demanda.
Trecho pinçado do escrito pela Carolina Delboni
Viver é Perigoso