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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

MARIA DA PENHA

 

Marco Antonio Heredia Viveros *

Em vigor desde setembro de 2006, a Lei Maria da Penha (11.340/2006) foi criada para reprimir a violência doméstica e familiar contra a mulher e prevê, além de mecanismos para a proteção da mulher - como medidas restritivas -, punições para os agressores, que vão de três meses a três anos

Nascida em 1945 em Fortaleza, no Ceará, Maria da Penha Maia Fernandes é uma farmacêutica brasileira que lutou para que seu agressor, o professor universitário Marco Antonio Heredia Viveros, que foi seu marido, viesse a ser condenado

Em 1983, época em que estavam casados, Heredia era constantemente violento e tentou assassinar Maria da Penha duas vezes. Na primeira tentativa, usou uma espingarda, e o tiro a deixou paraplégica. Depois de meses em recuperação no hospital, quando retornou à sua casa, a farmacêutica sofreu uma nova tentativa - dessa vez, seu marido tentou eletrocutá-la enquanto ela tomava banho.

Apesar de passar por dois julgamentos diferentes, o professor continuou em liberdade. Maria da Penha lançou um livro contando sobre as violências que sofreu e procurou organizações que pudessem ajudá-la, até que seu caso chegou à OEA (Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos), em 1998

* Marco Antonio Heredia Viveros, com quem Maria da Penha se casou em 1976, foi preso somente em 2002, 19 anos após o crime, tendo sido condenado a 8 anos e seis meses de prisão. Ele já cumpriu a pena.

Viver é Perigoso

VIVA LA LIBERTAD

 

Viver é Perigoso

MERCADO LÓGICO



A continuada marcha da Insensatez

"Pensar no futuro é pensar nas ações de hoje. Não deixar que se esvazie o significado da palavra emergência é um dever de todos nós." 

Lunetas
Pegando um gancho no livro de sucesso A Marcha da Insensatez. Da historiadora Barbara W. Tuchman, duas vezes laureada com o Prêmio Pulitzer. Tomou o barco em 1989. 

Ela escreveu sobre a insistência dos governos em adotarem políticas contrárias aos próprios interesses. Eu iria sob esse prisma para além dos governos. Iria a nós seres humanos. A crise climática chegou muito mais cedo do que esperávamos. E ainda nos comportamos como se fosse uma coisa longínqua. Coisa que “alguém” “um dia” vai tomar uma providência para combatê-la.

Senão vejamos.

- Informa o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia: 2023 tem o 6º mês consecutivo a quebrar um recorde histórico de calor. A temperatura média global para o período de janeiro a novembro foi 0,13°C mais alta do que a média para o mesmo período em 2016. Atualmente o ano mais quente registrado. Já na primavera brasileira estamos literalmente sentindo na pele. E o verão nem chegou!

E o que estamos fazendo individualmente? Muito pouco ou quase nada. Em boa parte da população continuamos com nosso consumismo exagerado. Continuamos privilegiando o poluente transporte individual. Não cuidamos adequadamente do descarte correto dos nossos resíduos. Desmatamentos na Amazônia e no cerrado? Coisas longínquas que não nos incomodam. E por aí vai.

Mas o que é pior! Não escolhemos com responsabilidade os políticos realmente preocupados com a questão ambiental. Aqueles que podem influenciar políticas públicas. Em todos os níveis. Basta ver o que aconteceu nas eleições presidenciais de 2016 e 2018 aqui e nos Estados Unidos. E agorinha mesmo na Argentina. Um dia algum estudo vai nos trazer o que os governos desses eleitos contribuíram para o acirramento da crise climática.

Negacionistas sem nexo por todos os lados ainda hoje. E com milhões de seguidores!

O tema mudanças Climáticas será objeto das campanhas municipais do ano que vem? Duvido!

Mas não é só nos cargos majoritários. Elegemos bancadas legislativas expressivas que defendem o Agro nocivo. Velho. E ultrapassado. Os agrotóxicos já banidos em boa parte do mundo. A mineração desenfreada e provocadora de acidentes. O extermínio dos indígenas. O crime organizado na Amazônia. A continuidade dos incentivos aos combustíveis fósseis!

É a democracia falhando.

Falta de informação para nós eleitores? Pelo menos para grande parte não! 

Peguemos por exemplo as crianças. Elas já sabem. Representam 1/3 da população mundial. Estão sendo afetadas na sua saúde segundo o Unicef. Principalmente por doenças de veiculação hídrica. E por desastres naturais. E o que é pior: altos níveis de ansiedade A chamada ansiedade climática ou Ecoansiedade. 

Um informe da Associação Americana de Psicologia afirma que de 25% a 50% das pessoas expostas a um desastre climático extremo têm risco de desenvolver problemas de saúde mental. O material também mostra que 45% das crianças sofrem de depressão após um acontecimento como esses.

Mercado- Lógico

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