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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

SOB A LUZ DE VELAS



"O que você faria se não tivesse medo?"

Richard Bach

DEVIDAMENTE RECOLHIDO

 
O Deputado João Paulo Cunha foi recolhido.
Andava falando e aparecendo demais para um condenado.
De certa forma, tem sido até ingrato com o Ministro Joaquim Barbosa, que o permitiu viver trinta dias extras fora da prisão.
O preso, em carta publicada, reforçou que não irá renunciar ao cargo de Deputado Federal.
Imagino a razão:
Considera-se abandonado pelo Sr. Luís Inácio e Dilma.
Vai descobrar, sangrando o seu mandato em praça pública até a definitiva cassação pelos colegas de Legislativo.
Mais desgaste para a campanha de reeleição da Presidente Rousseff.
Na verdade, os próceres da campanha desejariam de todo o coração, que todos os mensaleiros fiassem quietinhos nas celas até outubro. De preferência, escrevendo as memórias.
Depois das eleições todos receberão os carinhos dedicados aos mártires e heróis.
É a vida.

ER

SÓ FALTA !

CANTINHO DA SALA

Gustav Klimt - 1905

FRANCAMENTE !

 
Ouvido hoje na Feira Livre da Boa Vista:
 
- Ô Cumpadre, estou sentindo no ar que alguma coisa boa, ou mesmo grandiosa, está para acontecer na terrinha até na sexta-feira.
 
- Uai Cara ! agora deu para fazer previsão do futuro ?
 
- Atente para o detalhe: O Prefeito Rodrigo iria hoje na Jovem FM ser entrevistado pelo Mafra e responderia todas as perguntas formuladas.
 
- Peraí ! onde estaria a coisa boa ou grandiosa ?
 
- É que ele adiou a ida na Rádio para a próxima sexta-feira.
 
- Batata ! Tem coisa boa acontecendo. Ele vai aguardar para dar a notícia nos microfones do próprio Mafra.
 
- Faz sentido. Será que vai dissolver a Câmara ?
 
ER  

MOÇA BONITA

Ava

PENSANDO NISSO...

 
"Antes eu não entendia porque não recebia nenhuma resposta à minha pergunta, hoje não entendo como podia acreditar que era capaz de perguntar. Mas realmente não acreditava, só perguntava."         

Franz Kafka

ESPECIALIDADE

 
Um estudo da Comissão Europeia mostra que a corrupção custa cerca de 120 bilhões de euros por ano (quase R$ 390 bilhões) à economia do bloco, o que é equivalente a quase todo o orçamento anual da União Europeia.
 
Para efeitos de comparação, um estudo de 2010 da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) mostrou que a corrupção custa ao Brasil entre R$ 49,5 e R$ 69,1 bilhões por ano.
 
Seríamos mais modestos ou mais corretos ?
 
Não !
 
O valor da corrupção da União Europeia equivale a 1,04% do PIB do bloco, de US$ 15,5 trilhões, segundo dados de PIB do Banco Mundial.
 
No caso do Brasil, tomando o valor mais alto (69,1 milhões) e fazendo a correção cambiária atual, o montante de valores desviados dos cofres públicos brasileiros equivaleria a 3% do PIB de US$ 2,3 trilhões do país - três vezes maior, portanto, que a corrupção europeia.
 
Ainda poderemos chegar lá.

ER (dados BBC)

CARTÃO POSTAL



Cartão Postal: Em passado recente eram fotos do Edifício Copam, Martinelli, Parque Ibirapuera, Estádio do Pacaembu, Viaduto do Chá e Av. Paulista.
Hoje, dispensa-se maiores comentários:
São Paulo !

ER

SPONHOLZ

Muitos amigos, anônimos ou não, perguntam sobre o sumiço do Roque Sponholz, também amigo do Paraná, que nos honra diariamente com sua presença, desde há quase cinco anos, quando inauguramos a casa.
O Sponholz passou por uma cirurgia e encontra-se recuperando, graças a Deus. Nos informou que logo estará de volta.
Se demorar muito começaremos a republicar as suas charges. Naturalmente estarão atualizadas. Afinal, está difícil vislumbrar alguma mudança positiva no país.
Segue uma descrição dele por ele. 
 
Sponholz
Meu pai me registrou como Roque Sponholz.
Portando este é meu nome.
Sou uma porção de já fui e outras tantas de pretendo ser
e continuar sendo.
Já fui piá de andar descalço, estilingue no pescoço,
na minha pequena grande Imbituva.
Já mijei em vidro, que meu Vô Eduardo mandou para o
laboratório de análises, como se fosse o mijo dele.
(Claro que os médicos não o proibiram de continuar bebendo
e comendo tudo o que lhe aprazia).
Gosto de estudar. Ainda não consegui me livrar de
universidades. Numa delas, a Federal do Paraná, em
arquitetura e urbanismo me formei. E desde então, em outra,
a Estadual de Ponta Grossa, ministro aulas de planejamento
urbano para o curso de engenharia civil, e de desenho
técnico para o curso de engenharia de alimentos.
Já ganhei concursos de logomarcas, símbolos, cartazes,
pinturas, cartuns, arquitetura e até de frases.
Milito na Política, (com "P" maiúsculo), com mandato ou sem
mandato, desde a infância.
Atuei em diretórios acadêmicos, fui vereador, presidente
de autarquias de habitação popular e urbanismo, e de
pesquisa e planejamento urbano.
Tive a satisfação de ser eleito por duas vezes presidente
da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de P. Grossa,
a qual vi nascer, forte crescer e para a qual, criei
sua logomarca, fiz seu projeto e construí sua sede.
Em dezembro de 2005, completo 30 anos de exercício profissional,
e nestes trinta, já projetei quase de tudo em arquitetura e urbanismo.
com obras espalhadas por alguns estados.
Exalto o traço do Loredano, o cérebro do Millôr, o trabalho
e o caráter do mestre Niemeyer.
Acho o automóvel a praga deste e do passado século.
O transporte individual é o cancro de nossas cidades.
Abomino áulicos e covardes.
Sou criativo: Crio brigas, confusões e não fujo delas.
...Enfim, não tenho nada. Só tenho o que me falta.
E o que me falta, é o que me basta.
Sem lenço e sem documento, nada nos bolsos e só grafite nas mãos,
eu quero seguir vivendo pelos campos, cidades, em pequenas
ou grandes construções, caminhando, desenhando,
projetando e seguindo a canção.
 
Sponhols

RETRATO DA TERRINHA

 
 
Ver  "o copo meio cheio ou meio vazio" não deveria, em principio, servir para separar pessimistas de otimistas. Deveria ser somente uma questão de perspectiva. Ou seja, simplesmente remete à profundidade, ângulo de visão, enquadramento, dentre outros conceitos de cada um em um dado momento.
Afinal de contas, a altura da água no copo tende a variar e, considerando que cada um tem uma perspectiva diferente e perpetuamente mutante da realidade, o mesmo copo, com água pela sua metade, pode ser visto como meio cheio ou meio vazio.
Em algum momento, parece que ver o copo meio vazio virou pecado. Coisa de pessimista. De quem vê as coisas pelo lado negativo. Ser pessimista parece ter virado defeito. E ser otimista, qualidade. Independente da situação, ambiente, momento, ou perspectiva.
De repente, a virtude passou a morar na mente daqueles que veem o copo meio cheio. Naqueles que têm disposição para encarar tudo pelo seu lado positivo e esperar sempre por um desfecho favorável, mesmo em situações muito difíceis, e sem qualquer ação ou razão concreta que contribua para a melhoria. 
Dai que, dia sim, dia não, alguém é acusado de ver o copo meio vazio. E, como ver o copo meio vazio não é qualidade, discute-se a percepção do interlocutor, ao invés de se investigar as razões pelas quais a água esta na metade do copo.
São rios de tinta, muito esforço, e bastante tempo são gastos discutindo um paradigma que, afinal, não tem qualquer valor prático. Enquanto isso, a água dentro do copo continua onde sempre esteve: na metade do copo.
Valeria mais a pena abordar as questões de outra maneira. Focar no problema, e não nos interlocutores. Não perder tempo determinando se o copo está meio cheio ou meio vazio.
Mais que tudo, o importante é saber o que o nível da água no copo significa. Basta começar simplesmente reconhecendo que o copo está pela metade. E na metade ficará se nada for feito.
E, após o reconhecimento do fato, adicionar a perspectiva. Perguntar se, afinal de contas, estamos ou não satisfeitos com um copo pela metade.
Pessimista não é quem vê o copo pela metade. É quem fica satisfeito com a metade copo. Sem aspiração, sonho a ambição de melhora. Pessimista faz pacto com a mediocridade.
 
Elton Simões (Para o Noblat)