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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

MEUS CAROS AMIGOS


Decididamente, sou contrário às quase ofensivas manifestações verbalizadas que estão acontecendo em ambientes públicos com pessoas, de alguma forma, ligadas a corrupção.
Mas entendo.
O governo petista e seus apoiadores estão no olho do furacão. 
Com condenados por formação de quadrilha  cumprindo pena no processo do mensalão e, agora, com alguns mais alguns dos seus dirigentes, amigos chegados e financiadores recolhidos  às prisões. 
Pior é que vem mais por aí.
Durante a semana, aconteceu um estardalhaço com o bate-boca entre anti-petistas e o compositor Chico Buarque, com o indevido destaque dado pela imprensa. 
Logicamente, imaginando que o artista ainda fosse uma unanimidade nacional, o PT, Dilma e Lula, de imediato, tentaram pegar um rabinho na onda e, junto à mídia, se solidarizaram com o ex-combatente de passado remoto.
Erro crasso.
Primeiro porque o Chico Buarque deixou, há séculos, de ser uma unanimidade de aprovação nacional. Os ares de Saint Germain des Prés, à margem esquerda do Sena, no 6º Arrondissement, inebriaram-lhe a alma e o distanciaram de questões "menores".
Nada como ver os pobres e sofridos brasileiros lá de Paris.
Como saber, através de ecos distantes, que a Pátria está sendo subtraída em tenebrosas transações. 
Segundo, porque qualquer ato de solidariedade vindo de pessoas que levaram o país à beira da ruína, provoca efeito inverso. 
Quanto ao Chico, fica-nos difícil  entender todo o seu esforço para se divorciar de suas obras primas dos tempos universitários.
Alguém mais chegado tem obrigação de dizer ao Chico que um passarinho avisou que vem por aí maus tempos.

Nota: Assumo, humildemente, uma pitadinha de inveja. Dividiria sim, com a  terrinha, vivendo a metade do ano em Paris. Aliás, também daria preferência pela margem esquerda do Sena.

Viver é Perigoso    
       
     

O INVEJOSO