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domingo, 22 de março de 2020

CANTINHO DA SALA


Gertrude Abercrombie -  1954.
Viver é Perigoso

JUÍZO MOÇADA


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pediu neste domingo (22) que a população brasileira não use o medicamento cloroquina como medida de prevenção ao coronavírus.

A cloroquina e um derivado seu, a hidroxicloroquina, são medicamentos usados para outras doenças, como a malária, e estão em fase de testes para uso contra o novo vírus.

A corrida de pessoas sem doenças que precisam de uso contínuo dos remédios, como lúpus e artrite, às farmácias fez com que a cloriquina sumisse das prateleiras. Neste domingo, o ministério alertou contra a automedicação e disse que não há benefícios de uso preventivo da medicação contra a Covid-19.

"Continuamos com indícios. Foram poucos pacientes, não sabemos se o medicamento foi decisivo ou não", disse Mandetta. "Esse medicamento tem efeitos colaterais intensos e não devem ficar na casa para serem tomados sem orientação médica. Vão fazer uma série de lesões [se automedicando]. Leiam a bula, não é uma Dipirona", afirmou o ministro.

Blog: Enquanto isso, da Boa Vista, é claro. Leiam:


Viver é Perigoso

DUREZA


Como Fernando Henrique disse ao lhe ser cobrado coerência:

- Esqueçam o que escrevi.

Como declarou hoje o Dr. Dráuzio Varella:

- Esqueçam o que falei e postei sobre o coronavírus.

Viver  é  Perigoso

PORQUE HOJE É DOMINGO


Hoje, completa uma semana que estou de quarentena, na Boa Vista, é claro. Como todo mundo, imagino eu, pensando que esse negócio vai demorar, separei alguns livros novos e outros para reler.

Deu um total de 45. E já comecei. Costumo ler de dois. Um sério e outro mais ameno. No meio da semana, peguei um aleatoriamente. Presente de uma grande amigo, dado no final do ano passado.

"Uma vida com própósitos" - Rick Warren - Um best-seller, com mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos. Não se trata de auto-ajuda. Mas acaba ajudando é muito.

Interessante é que o autor recomenda a leitura de um capítulo por dia, durante quarenta dias. Estou no terceiro capítulo.

A procura pelo propósito da vida tem intrigado o ser humano há milhares de anos. Isso porque erramos já no ponto de partida - nós mesmos.

" A menos que se admita a existência de Deus, a questão sobre propósito de vida não tem sentido. " -Bertrand Russel 

Qual a razão dos 40 dias ou 40 capítulos (coincidentemente e atual, uma quarentena)

- A vida de Noé foi transformada por 40 dias de chuva.
- A vida de Moisés foi transformada nos 40 dias que ele passou no Monte Sinai.
- Elias foi transformado quando Deus o sustentou durante 40 dias com uma única refeição.
- Jesus foi fortalecido durante 40 dias no deserto.
- A cidade de Nínive foi transformada quando Deus concedeu 40 dias para que o povo se convertesse.
- Os discípulos foram transformados nos 40 dias em que estiveram com Jesus, após a ressurreição.

Diz o autor: Os próximos 40 dias vão transformar a sua vida.

Espero sair da quarentena bem melhor do que entrei. O que não será difícil, pois em alguns aspectos, entrei bem por baixo.

Viver é Perigoso

PANDEMÔNIO


PANDEMÔNIO:

Tumulto, confusão, balbúrdia.
Reunião de indivíduos que se associam para praticar o mal, promover desordens, dilapidar o patrimônio público etc.,(tipo congre$$o nacional, PT et caterva....)

Viver é Perigoso

GRATO SÉRGIO MORO !



Alexandre de Moraes determinou que R$ 1,6 bilhão do fundo da Lava Jato seja usado no combate ao avanço do novo coronavírus.

Viver é Perigoso

POIS É...


Não restará outra alternativa. O Brasil terá que adiar as eleições municipais marcadas para outubro próximo. Todas as datas estabelecidas no calendário eleitoral, com certeza, não poderão ser cumpridas .

Sonhos adiados. Estabilidade garantidas.

Para aqueles que almejam mudanças: tristeza. Para aqueles que buscam a manutenção da situação: alívio.

Suspensão de obras eleitorais: acontecerão.

Reanálise das contas preparadas para outros pagarem...

Poderá acontecer o que já deveria ser uma realidade no País há séculos. Unificação das datas das eleições no País. Deverá ficar tudo para 2022. Presidente, Congresso, Câmaras Legislativas, governador e prefeito.

Se conseguirmos sobreviver (e conseguiremos) sobreviver a pandemia, também conseguiremos sobreviver a essa prorrogação de mandatos.

Em tempo, poderá pegar até a mudança de reitoria na nossa Escola.

No aguardo.

Viver é Perigoso 

EXPLODE CORAÇÃO


Concordo que a imprensa em geral anda pegando (desde às vésperas das eleições presidenciais em 2018) com vontade nos pés do Bolsonaro, filhos e em alguns membros do governo.

Para quem não gosta de dirigismo foi fácil. Depois de séculos cancelei a assinatura do Jornal "Folha de São Paulo". Leio alguns cronistas e reportagens, pela internet. Desde o final de 2018 não assisto nada da Globo News e há uns 10 anos, sequer ligo a Globo com sinal aberto.

Uma Opção. 

Da mesma forma, leio pela internet alguma coisa do "O Globo". Simplesmente, não me aporrinho.  

De maneira alguma leio alguns sites, revistas (Carta Capital), etc. Têm outros interesses além das notícias.

Tenho aprendido, mesmo depois de velho, a ler, pensar e respeitar, mesmo que parcialmente, opiniões contrárias. Aceito até discutir idéias, exceto, comunismo, nazismo, fascismo, ou qualquer outra forma de autoritarismo. Tenho posição sobre temas polêmicos que envolvem a sociedade, porém não as discuto.

Estou de quarentena, mas de forma alguma de quarentena quanto às ideias. Não creio que seja fácil, mas estou dispostos a mudá-las .

Vejo, desde as eleições passadas, um certo exagero e até desconhecimento mínimo nas manifestações, que pretendem ser políticas, no Facebook. A  chamada Rede se transformou num reduto de radicais.

Culto a pessoas é um caminho rápido para a desilusão. Aconteceu com o  Collor, com o Lula e já está acontecendo com o Bolsonaro.

Nesse momento inimaginável em que vivemos, cheio de incertezas, desconhecimento, temores fundados no presente  e no futuro, tem nos faltado no controle do leme, uma liderança, firme, serena, que agregue forças e transmita confiança. Não estamos tendo.

Nos últimos meses, nada do foi afirmado pelo Presidente e familiares (que não deveriam nem estarem próximos), deixou de ser corrigido e/ou desmentido. Uma insegurança absoluta, que tenta transformar os questionamentos, para questões pessoais. 

Triste, "eu contra eles".

É sabido que parte dos milhões de votos que elegeu esse governo, veio de eleitores que não aceitavam mais o descalabro que assolava o País. A vitória foi provocada pela perspectiva de mudanças (que vem acontecendo em diversos setores), somada ao extraordinário desempenho da Lava-Jato.

Uma equipe de alto nível foi montada. Mérito para o Presidente. Enfrentamento com os outros poderes (ainda sem sucesso) necessárias.

Crises como a que estamos começando a viver, o baque que todos sofreremos, a necessidade posterior de uma quase reconstrução nacional, exigirão muito mais que bananas, "lives" estranhas e inoportunas e a difusão por grupos especializados, de verdades internetianas de corruptos derrotados e em fase acelerada de esquecimento popular.

Exigirão grandeza. 

Viver é Perigoso
       

PRATO PREDILETO


Do Fabrício Carpinejar:

O prato predileto do mineiro não é o feijão tropeiro, não é o fígado com jiló, não é o leitão a pururuca, não é galinha a molho pardo ou ora-pro-nobis. Assim como não é o queijo ou a goiabada e os seus derivados. 

Incrivelmente a iguaria indispensável que ninguém abre mão aqui é o arroz, o simples e prosaico arroz. 

Pode faltar qualquer coisa na mesa, menos arroz. Combina com peixe, com frango, com carne de gado. Ele é a base das misturas, o fundo da fome, o início da gula, os alicerces do sabor. 

Sem arroz, o mineiro não existiria mais. 

Tutu não tem sentido sem arroz. Bambá de couve não tem sentido sem arroz. Vaca atolada não tem sentido sem arroz. Até o angu não tem sentido sem arroz. 

Nos restaurantes, ele sequer é cobrado como guarnição à parte, já vem com os pratos e talheres. 

O arroz é item obrigatório para a composição gastronômica. É mais do que um acompanhamento, desfruta de privilégios de um soberano. 

Nem a cultura oriental é tão devota. 

O povo já nasce sabendo dourar a cebola e o alho e matando a sede dos grãos. Atingiu o doutorado na arte de fazê-lo soltinho, farto, branco, que não gruda no fundo do ferro. Mesmo quem não cozinha, aprende a fazê-lo. 

Possui atributos mágicos de uma farofa, podendo se metamorfosear em diferentes ingredientes, dependendo do cardápio. 

Em uma comparação regional, o arroz é para o mineiro o que a farinha é para o pernambucano. 

Fundamental. Inadiável. 

Ainda que se ofereça um banquete, diante da ausência dele, parece que não veio tudo da cozinha. As pessoas ainda estarão olhando, esperançosas, para a porta. 

Como o arroz, o mineiro não gosta de chamar atenção. É discreto por vocação. Oferece passagem para os outros se destacarem primeiro. Espera o momento certo para se posicionar. Sua resiliência é convicção. Aguarda os desdobramentos da situação adversa em vez de se precipitar com as suas opiniões. Resolve inimizades e oposições com uma audição incansável. 

Como o arroz, dá valor ao essencial, não gasta à toa, dedica-se a cumprir o básico com capricho dentro de casa e no trabalho, não conta vantagem, muito menos ostenta, economiza para não sofrer depois, mantém poupança e fundos em caso de necessidade de saúde. 

Como o arroz, mantém os laços com a grande família. Mesmo adulto, continua saindo de mãos dadas com os velhos. Todos devem permanecer juntos, se possível em casas próximas ou em igual bairro. Sobrinhos são filhos. Tios são pais emprestados. Primos são irmãos de segundo grau. 

Como o arroz, não enxerga diferenças entre o papel principal e o do coadjuvante, acredita na força das poucas mas sinceras palavras. 

Como o arroz, acha que sempre há espaço para mais um, só depende de mais água na panela. 

Como o arroz, aposta na força do conjunto, na solidariedade, para superar tragédias. 

Como o arroz, a culpa nunca é dele, e sim de quem salgou demais.

Viver é Perigoso

CAMPEÃO DE AUDIÊNCIA


A rapidez com que o novo coronavírus se multiplica no país acende o alerta para a incapacidade do sistema de saúde brasileiro atender, no curto prazo, a todos os casos graves decorrentes da epidemia.

A corrida dos governos estaduais e do Ministério da Saúde para aumentar a disponibilidade de leitos de UTIs tem obstáculos adicionais, já enfrentados por países com aumento exponencial de infecções: conseguir, em tempo recorde, os insumos e equipamentos necessários para o atendimento, principalmente ventiladores mecânicos.

O temor é faltar velocidade na aquisição de novos respiradores — considerados essenciais no tratamento de uma doença que ataca os pulmões e provoca insuficiência respiratória - e na compra de equipamentos de proteção individual, como máscaras.

Os ventiladores são, sem dúvida, o maior gargalo.
No país, há 65 mil ventiladores, segundo dados do Ministério da Saúde, o que equivale a três equipamentos para cada dez mil habitantes. Desse total, 46,6 mil estão no SUS.

Minas Gerais tem 6.263 unidades.

Parte deles já é usada para atender a outros casos. A taxa de ocupação dos ventiladores disponíveis nos hospitais particulares é de 20%. No SUS, é de 50% a 60%.

 O problema é que esses pacientes permanecem longo tempo em ventilação. Um paciente fica em média seis dias na UTI; o com Covid-19 fica duas semanas, chegando a até 20 dias em alguns casos. 

O mundo inteiro está comprando respirador neste momento. Antes da crise, a demanda brasileira por ventiladores era de duas mil unidades por ano, número irrisório frente à explosão na demanda por causa do coronavírus.

Apenas quatro empresas fabricam esses equipamentos no Brasil: 
Vyaire (Cotia-SP)
Takaoka São Paulo)
Leistung (Jaragua do Sul -SC) 
Magnamed (Cotia-São Paulo). 

Além delas, multinacionais como GE, Philips e Medtronic distribuem aparelhos importados, pouco acessíveis no momento, em face da demanda global.

Nesta semana, autoridades médicas da Itália pediram quatro mil unidades a fabricantes internacionais, mas só conseguiram 400. Cada aparelho custava antes da crise entre R$ 40 mil e R$ 200 mil.

Sem os ventiladores, e a considerar a evolução de infecções no Brasil similar à de países como Itália e Espanha, equipes de emergência poderão se ver obrigadas a escolher, em um futuro não tão distante, quais pacientes ocuparão os leitos disponíveis com ventilador mecânico — enquanto outros acabarão deixados com cuidados paliativos ou à própria sorte. (dados O Globo)

Blog: É a vida...ou não. Estima-se que em Itajubá estariam disponíveis cerca de 40 unidades. Claro, que para atender toda a micro-região.

Oremos.

Viver é Perigoso