Legislativo e Executivo Brasileiros e a COP 28
Chegam a COP 28 de maneira bem diferentes os poderes brasileiros.
O Legislativo (Câmara) pela sua direção bem que tentou apresentar algo para levar à Conferência. Não conseguiu. Mercado Regulado de Carbono aprovado no Senado ainda não foi votado na Câmara. Traz a contribuição negativa do Agro Brasileiro que conseguiu no Senado ficar de fora.
Conforme já falamos aqui o setor é responsável por mais de 40% de todas as nossas emissões!!!. O marco das usinas eólicas no mar avançou mas cheio dos famigerados “jabutis”. Pasmem. Tem um até com incentivo ao contínuo uso do carvão! O combustível mais sujo.
Já no Executivo é outra história. Sob a batuta da Marina e do Haddad estamos surpreendendo o mundo com 2 propostas:
1- FLORESTAS TROPICAIS PARA SEMPRE INICIATIVA DE PAGAMENTO POR FLORESTA TROPICAL CONSERVADA
Um mecanismo moderno, desburocratizado, inovador para a manutenção e restauração das florestas tropicais, que esteja em consonância com o Artigo 2.1.C, do Acordo de Paris (2015):
a. Aplicação global de forma simples e clara;
b. Baseado em área de florestas conservadas/recuperadas e não em cálculo de valor em carbono, biodiversidade ou serviços ambientais;
c. Simplicidade para verificar e monitorar;
d. Desincentivo ao desmatamento e à degradação florestal;
e. Garantia de um fluxo de recursos por um longo prazo;
f. Possibilidade de implementação imediata, sem necessidade de estudos e discussões metodológicas sobre linha de base apropriada.
Na mosca! Incentivando que um dia a floresta em pé valerá mais que a floresta deitada.
Pode beneficiar de imediato Brasil, Congo e Indonésia. Detentores de vastas áreas florestais. E mais nossos conterrâneos sul americanos limítrofes da Amazônia.
2 - PLANO DE TRANSFORMAÇÃO ECOLÓGICA
Trata-se de uma proposta que apresenta a região. O Sul Global. Como centro da economia verde ao defender uma globalização ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva.
Primeiros estudos da iniciativa privada indicam que a transformação ecológica poderia gerar de 7,5 a 10 milhões de empregos em todos os setores. Com enfoque no segmento de bioeconomia, agricultura e infraestrutura. E oportunidades de geração de renda.
E temos o que mostrar: o Brasil é um gigante das energias renováveis. A rede de hidrelétricas. O sistema elétrico unificado e interligado. A produção de etanol, biodiesel e a possibilidade do hidrogênio verde. A energia eólica e a solar a todo vapor.
Manchou um pouco a ação do executivo a adesão a OPEP+. Mas no geral fomos muito bem até aqui.
Reconheçamos um feito após 4 anos de desmonte do sistema ambiental brasileiro e desinformação do governo anterior. E hoje somos merecedores do reconhecimento internacional.
Voltamos à cena.
Mercado-Lógico
Viver é Perigoso