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terça-feira, 31 de julho de 2018

GERAÇÃO BABY BOOMER


Meninos e Meninas, nós vivemos. Uma geração privilegiada.

Na música, vimos a explosão do rock, os Beatles influenciando o mundo, hippies, amor relativamente livre, Chico Buarque e Caetano ainda fazendo músicas, Roberto Carlos emocionando, Frank Sinatra encantando.

Assistimos o culto ao trabalhista Getúlio Vargas e sua partida abrupta. Carlos Lacerda balançando o país com seus discursos e o conterrâneo jeitoso Juscelino levando os políticos para o planalto central, pelo menos, de terça até quinta.

Jânio prometendo nos livrar dos corruptos com sua vassoura e doidice. O populista Jango cercado de comunistas (ainda existiam) e a esperada e ansiada por todos, família e igreja, intervenção militar. Os militares, na ocasião foram aplaudidos de pé.

Quatro anos acertando, mais ou menos, a casa. Gostaram do poder e foram ficando. Em 1968, os estudantes (sim, existiam e participavam ativamente da vida nacional através da UNE), começaram a se sentir incomodados e botar a boca no trombone.  Alguns, por ideologia comunista, vinda de livros, filmes e notícias do exterior, formaram grupos e parte mais radical optou pela luta armada. Poucos queriam o retorno simples da democracia plena. Muitos, que inclusive estão por aí - alguns na cadeia por corrupção - buscavam simplesmente o poder, ou seja, a ditadura de esquerda.

Guerra urbana e guerrilha rural, esquerda comunista cubana, russa e chinesa. E tome repressão.

O cidadão comum, vibrava com a seleção, com as novelas, TV à cores, empregos, relógio seiko e fusquinha. A mocidade rebelde, experimentando drogas leves, de calça Lee ou Levis, namoros mais ousados e caronas nas estradas. Bom ler semanalmente o Pasquim, lançado em 1969. 

Sobreviveu-se ao General Médici e ainda por via indireta, ao sério Geisel e ao estabanado, mas assessorado, General Figuiredo. Leves, democráticas e forçadas brisas da democracia começam a ser percebidas.

Campanha "Diretas Já" ocupando as ruas. Tristeza com a partida antecipada do Tancredo Neves, decepção total com o Sarney. Esperança absurda com o estranho Fernando Collor e o seu escudeiro financeiro PC Farias.

Marasmo com o Itamar com a volta do fusquinha e a ausência de calcinha.

Bons e maus momentos com o Fernando Henrique. Definição de rumos e equilíbrio da moeda.

Era PT, chegando à toda surfando nas ondas da economia equilibrada e a aceleração do mercado mundial. Ideias boas com a preocupação com o social. De novo, a descoberta do gosto pelo bem bom. Sindicalistas ocupando a direção de empresas e órgãos importantes. Apoios comprados junto aos políticos.

Uma hora a conta tinha que ser paga. Esfacelaram a moral de País, liquidaram a confiança na classe política. A televisão invadiu os lares com apologias absurdas e com noticiário dirigido.

Desemprego em massa. Violência e tráfico nas manchetes. Saúde de primeira para quem tem condições.

Tudo bem, considerando a revolução tecnológica, mas estamos entregando para as outras gerações um País bem pior do que recebemos.

Sem falar do chamado "universitário sertanejo", funks e pagodes mal letrados.  

Hora de reconstrução nacional e sepultamento definitivo daqueles que traíram a confiança do povo. Hora de mudanças. Não só de governadores e presidente, mas principalmente dos deputados e senadores que se aboletaram nos gabinetes e votam sempre de acordo com os seus interesses.

Tarefa dificílima, da qual a privilegiada geração Baby Boomer tem a obrigação de iniciar e participar, mesmo sem a perspectiva de usufruir, uma vez que há muito por fazer e o tempo é curto.

Como plantar uma árvore na beira do caminho, que levará anos para proporcionar sombra para os caminhantes. Quer dizer, para os que virão depois.

É o mínimo.

Viver é Perigoso  
 

CARTA QUE NÃO RECEBI

São Paulo - julho/2018

Meus Prezados,

"Passados os anos e vendo o desastre da administração federal petista, muito mais voltadas as práticas da direita - no campo econômico e, sobretudo, no ético - o escândalo do mensalão que representou a completa negação dos princípios que nortearam a construção do PT. Tudo o que defendíamos parece ter sido esquecido para pôr em prática uma estratégia para conquistar e permanecer no poder.
O partido se envolveu em negociatas para arcar com os gastos de campanha eleitorais e para financiar procedimentos escusos na formação de uma base de sustentação no Congresso. Nada mais em desacordo com a sua história.
O PT caiu na vala comum.
Quando vejo a política social em prática, lembro-me dos coronéis do século passado, que distribuiam botinas para os eleitores. Mas eles faziam com o próprio dinheiro. Hoje o afago ao eleitor pobre e ignorante é feito com dinheiro público.
Descobri que sonhar ficou impossível dentro do PT. Em setembro de 2005, deixei o partido. Foram 25 anos de militância."

Hélio Bicudo

O Prof. Hélio Bicudo tomou o barco hoje em São Paulo. Nasceu em Mogi das Cruzes em 1922. Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em 1947.
Um brasileiro de valor.

Viver é Perigoso

NEM VEM QUE NÃO TEM



Viver é Perigoso

PRÁ PENSAR


Mais de 80% dos brasileiros que irão em outubro às urnas são de fé cristã, entre católicos e evangélicos. Os ateus quase não existem neste país. Os candidatos às eleições presidenciais ou são de origem cristã ou fingem, pois todos eles procuram igualmente neste momento as bênçãos de bispos e pastores, prostrando-se em templos e catedrais, já que um punhado de votos bem vale uma missa.

Mas esses mesmos políticos que procuram proteção sob os altares talvez não gostassem de escutar algumas frases, duras como pedras, pronunciadas há quase 2.000 anos por Jesus Cristo contra “os falsos profetas”, de quem dizia: 
“Vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores”. 

Como reconhecê-los? Não só por suas promessas que podem ser vazias ou repletas de hipocrisia, mas por seus feitos.
“Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos?” (Mt.7,16)

O cristianismo primitivo se inspirava nas atitudes que haviam guiado a pregação do Mestre, sobretudo em sua insistência contra o farisaísmo, a hipocrisia e os que enganam as pessoas simples. Jesus gostava do sim ou do não.
“Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te”, recorda o Apocalipse (3,15).

Se analisássemos essas afirmações taxativas das Escrituras e as aplicássemos a muitos dos candidatos que se dirigem às pessoas em busca de seu voto, veríamos que continuam atuais. Continuam vigentes os disfarces, por exemplo, de candidatos que cresceram e prosperaram na velha guarda do conservadorismo, do patrimonialismo, do caciquismo, e hoje se apresentam disfarçados de “políticos renovados”, de novos redentores. Acaso os espinheiros podem dar uvas?

Os representantes das igrejas católicas e evangélicas deveriam estar atentos ao oferecerem acolhida e apoio em seus templos, às vezes no anonimato da noite, àqueles políticos que em vez de irem se inspirar na fonte dos Livros Sagrados comparecem como mercadores de votos. Para eles há também uma passagem dura do Evangelho: quando Jesus, ao entrar no templo de Jerusalém e ver os vendedores fazendo comércio com os fiéis pobres, depois de ter jogado as mesas no chão os repreendeu e lhes disse:
“Minha casa é uma casa de oração, mas vós fizestes dela um covil de ladrões” (Mt.21,12). 

Às massas de cristãos que vão aos templos e escutarão neste período de seus pastores religiosos os chamados para votar nos políticos, a essas massas de gente pobre sempre à espera de um milagre que redima suas penas, a elas é preciso recordar que nessa Bíblia que está nas mãos de seus guias espirituais há uma passagem do profeta Ezequiel, dirigida aos governantes e que hoje parece de uma pungente atualidade. Sobre eles, diz:
“Vós não fortaleceis as ovelhas fracas; a doente, não a tratais; a ferida, não a curais; a transviada, não a reconduzis; a perdida, não a procurais; a todas tratais com violência e dureza. Assim, por falta de pastor, e em sua dispersão foram expostas a tornarem-se presa de todas as feras.” (Ez.34,4)

O Brasil precisa com urgência encontrar alguém capaz de sentir o clamor dos que procuram quem possa reconciliar o país, que seja guia sobretudo dos que sofrem o abandono, dos mais expostos aos perigos de serem devorados por uma política capaz de olhar só para o próprio umbigo, esquecendo-se do que realmente esta sociedade, embora irada e dividida, parece estar procurando em vão.

Juan Arias - El País

Viver é Perigoso

NÓS MINEIROS



É o que mostra a última pesquisa DataTempo/CP2, para o Senado, realizada entre os dias 15 e 18 de julho, com 1.823 eleitores do Estado. 

Dilma - 27,8% 

Aécio Neves 20,9% 

Mauro Tramonte - 16,5% 

Jô Moraes  10% 

 Carlos Viana  9,9%. 

Bruno Siqueira - 6,9% 

Jaime Martins  4,8%
Dinis Pinheiro - 7% 

Não votarão em ninguém - 39,6%. 

Não souberam opinar ou estão indecisos - 18,5% na segunda escolha.

Viver é Perigoso

CLARIN DA BOA VISTA


Se alguém tinha alguma dúvida sobre o Bolsonaro, não tem mais, depois do programa Roda Viva, ontem, na TV Cultura.

Clarin da Boa Vista

Viver é Perigoso

NÃO ESCAPA UM !

Viver é Perigoso