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sábado, 26 de fevereiro de 2022

MOMENTOS MÁGICOS



"Kansas City" é uma canção da dupla Jerry Leiber e Mike Stoller, de 1952. Curioso: nenhum deles tinha estado em Kansas City.

Kansas City" é uma das músicas mais gravadas de Leiber e Stoller, com mais de trezentas versões.

Little Willie Littlefield gravou a música em Los Angeles em 1952. Em 1955, Little Richard gravou duas versões bastante diferentes de "Kansas City".

No domingo, 18 de outubro de 1964, durante um dia de folga de sua turnê no Reino Unido de 1964, os Beatles gravaram "Kansas City", canção que já tocavam desde 1961 em Hamburgo.

Em 2005, Kansas City adotou "Kansas City" como sua canção oficial,

Viver é Perigoso

VOLTOU


 Viver é Perigoso

MORDAÇA

Livro, presente de amigo. Interessante o livro Mordaça - História de Música e Censura em Tempos Autoritários - João Pimentel e Zé McGill - Editora Sonora (335 páginas).

O livro reúne alguns dos casos mais emblemáticos sobre o incessante embate entre música e censura, arte e autoritarismo, no Brasil. Escrito a partir de depoimentos exclusivos de alguns dos nomes mais importantes da música brasileira, colhidos pelos autores entre 2018 e 2021, Mordaça é um registro amplo e contundente.

Recheado de personagens marcantes e casos surpreendentes, dramáticos, trágicos ou até engraçados, mas sempre narrados com uma linguagem leve, o livro demonstra como artistas foram perseguidos e silenciados e como fizeram para burlar os absurdos impostos pela censura.

O livro, como não poderia deixar, fala da temida famosa Dona Solange Hernandes, de forma correta, Solange Maria Chaves Teixeira Hernandes, que chefiou em Brasília a Divisão de Censura de Diversões Públicas - DCDP. Solange, que tomou o barco aos 75 anos, em 2013, em Ribeirão Preto, sempre evitou qualquer contato com jornalistas, historiadores e até ex-colegas de trabalho.

Foi localizada pelo Correio Braziliense em 2010. Não concedeu entrevista, dizendo apenas: "eu não sou feroz, eu não mordo".

Um relatório de atividades de 1981 guardado no Arquivo Nacional de Brasília sobre a DCDP e as superintendências regionais da PF mostra um pouco do perfil da censora. A divisão tinha na época 279 funcionários, sendo 87 lotados em Brasília e o restante espalhados pelos estados. Ao longo daquele ano, foram analisadas 56.877 letras musicais.

Ganhou até música, Solange, de Léo Jaime. uma versão esculhambada de So lonely(1) do grupo inglês The Police.

Blog: Tempos que podem voltar mais.

Viver é Perigoso

STOP WARS

 

Eduardo Kobra - Stop Wars - Wynwood (Miami-Flórida)

Situado no distrito de Wynwood, o muro de um quarteirão inteiro, compondo 80 metros de composição, entre os painéis "Dê uma chance à paz", com o retrato de John Lennon e Yoko Ono; a série "Artistas", com Salvador Dalí, Jean-Michel Basquiat, Frida Kahlo e Andy Warhol; e o grafite "O anjo caído", encontra-se o painel Stop Wars.

Feito em 2015 e protagonizado por mestre Yoda, um dos personagens mais queridos da saga de filmes Star Wars, o painel apresenta uma troca de palavras interessante. A mensagem “parem as guerras” é o pedido que o mestre Jedi faz a todos que observam a obra.

Quem não conhece no Brasil o Eduardo Kobra - muralista paulista de 1975 ?

Carlos Eduardo Fernandes Léo, simplesmente Eduardo Kobra. Muralista que se tornou conhecido pelo projeto Muro das Memórias na cidade de São Paulo em 2007, onde retratou cenas antigas da cidade. Além da capital paulista, diversas cidades brasileiras contam com suas obras. Também tem obras em outros países, como Inglaterra, França, Estados Unidos, Rússia, Grécia, Itália, Suécia e Polônia.

Ganhou, ainda garoto, o apelido Cobra (escrito com “c” mesmo), pois, de acordo com seus colegas, o garoto era “cobra” na arte de desenhar.

Em 2011, foi premiado no Sarasota Chalk Festival, o maior evento de arte 3D no mundo. Suas obras figuram no Museu de Street Art, com graffitis de todo o mundo, e em exposições de vários países como na Dorothy Circus Gallery, em Roma.

Conhecido como um dos mais influentes muralistas do mundo, Eduardo Kobra carrega a arte e a sua paixão pelo grafite brasileiro por todos os países por onde passa, registrando suas obras em diversos espaços ao redor do mundo.

Stop Wars !

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CAMISAS VERDES DE ITAJUBÁ

Integralistas em Itajubá

A Ação Integralista Brasileira (AIB), dos camisas-verdes, era formada principalmente por setores conservadores da classe média urbana: padres, bispos e intelectuais católicos de direita, ao lado de militares, comerciantes, funcionários públicos e profissionais liberais. Inspirados no fascismo italiano, os integralistas tinham uma estrutura rigidamente hierarquizada sob o comando de Plínio Salgado.

Com o lema “Deus, pátria e família”, defendiam o patriarcalismo, a disciplina, a hierarquia e um ideário nacionalista, antiliberal, anticomunista e antissemita. Seus adeptos usavam uniformes verdes (daí serem chamados de camisas-verdes) e, a exemplo dos nazistas e fascistas, costumavam promover grandes manifestações públicas, de caráter quase militar, em que marchavam carregando estandartes com a letra grega Σ (sigma), símbolo do movimento. Com o braço direito erguido, desfilavam gritando “Anauê!”, uma saudação assemelhada ao “Heil Hitler!” da Alemanha nazista.

A Ação Integralista Brasileira foi criada em outubro de 1932 como um desdobramento da Sociedade de Estudos Políticos, fundada em São Paulo no início do ano por intelectuais de tendências políticas autoritárias. O Manifesto Integralista sintetizava o ideário básico da nova organização: defesa do nacionalismo, definido mais sobre bases culturais do que econômicas, e do corporativismo; combate aos valores liberais; e rejeição do socialismo como modo de organização social.

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FALOU E DISSE !

 


Solda

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ZFM FERIDA DE MORTE



Ontem (25) pela manhã, numa dessas andanças (campanha eleitoral) pelo País, o Jair declarou que à tarde haveria uma excelente notícia para a industrialização brasileira.

À tarde foi publicado no Diário Oficial a redução 25% o IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados para todos os produtos, incluindo bebidas e armas. A exceção, claro, continua sendo o cigarro.

A pancada na ZFM -Zona Franca de Manaus foi enorme e oxalá, salvo não surja algum atenuante, definitiva.

Como todos sabem, os benefícios fiscais concedidos na ZFM são constitucionais (quer dizer, imexíveis) e entre eles está a fundamental isenção do IPI.

Simples, desde sempre. Como produzir em Manaus eletroeletrônicos na Amazônia ?  Com todas as dificuldades de logística no deslocamento de insumos  colocação do produto final no mercado ? O incentivos foram criados como um instrumento para desenvolver a região.

Um problemão ? Sem dúvida.

Sempre estive envolvido com a ZFM. Fui para lá, em 1978, para montar uma regional da Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. O objetivo era lutar para a nacionalização gradativa dos produtos montados na região. No princípio, tudo era importado e enviado para outras regiões. Nada era agregado em Manaus. E claro, nem a mão de obra.

Batalhamos por lá por cinco anos, parte significativa deles, colaborando na implantação e direção de indústria.  

Como ouvi em 1978 do Sr. Aluísio Campelo, Superintendente da Suframa na época, os incentivos funcionavam como uma muleta. Gradativamente, com providencias, eles seriam diminuídos e a ZFM caminharia por pernas próprias.

Não aconteceu.

A pancada de hoje (redução do IPI) em todo o País, tira abruptamente o poder de competição das empresas lá instaladas. Como justificar a produção der um eletrônico doméstico naquela distância do mercado consumidor, com todos os custos de logísticas envolvidos ?  

Desde a sua posse, o Ministro Paulo Guedes, deixou claro seu posicionamento contrário à ZFM e seu possível artificialismo. Como, legalmente, seria impossível mexer diretamente no IPI da ZFM, a saída, com a justificativa de estimular a industrialização no País e elevar o número de empregos, foi diminuir o IPI das demais regiões.

Aprendi a gostar do Amazonas e em especial de Manaus. Morando lá com a família foram cinco anos. Depois, indiretamente através de negócios e projetos, durante quase a vida toda. Conheci e convivi com a vida de luta dos amazonenses.

Em tempo, nosso filho Pedro Riera nasceu em Manaus.

Estamos diante de mudanças complicadas e muito custarão.

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