Temos ouvido e lido sobre o projeto dos barramentos da Copasa. Hoje, mexendo nas gavetas achei uma, bem feita, edição do Jornal da Copasa, de junho de 2008, explicando detalhadamente o assunto.
Resumindo:
O informativo foi produzido para revelar detalhes e esclarecer dúvidas sobre o sistema de contenção das cheias no Vale do Sapucaí.
Trata-se de um empreendimento em que o Governo do Estado, por intermédio da Copasa, vai atender uma demanda histórica da população dos municípios de Itajubá, Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre e região afetada pelas enchentes, no período chuvoso.
Os estudos começaram em 1960. Os projetos foram elaborados na década de 70. Em 1991, a Fepi e Unifei produziram estudos chegando a mesma conclusão. Em 1999 o Igam indicou a construção do sistema. Em 2000 a Copasa concluiu que era a solução mais viável.
40 anos se passaram.
Na época, diz o informativo, pensando no menor impacto social no caso de remoção/desapropriações de moradores das áreas afetadas pelas obras, a Copasa contratou (?) profissionais em Itajubá das áreas jurídica, psicológica, de serviço social e engenharia, para prestar assessoria e apoio a população.
Para manter a transparência sobre o empreendimento e esclarecer dúvidas da população, a Copasa montou um escritório em Itajubá, localizado na rua Cel. Francisco Braz, 185, sala 101, e disponibilizou o endereço eletrônico enchentesapucai@copasa.com.br. (creio que nada disso existe mais - deve ter sido por volta de 2007/2008).
Seriam três barramentos. O primeiro a ser construído no Rio Sapucaí (se não me falha a memória, no Bairro dos Freires), com projeto, relatórios de controle ambiental e projeto de assistência social já concluídos. Decreto de utilidade pública para desapropriação já publicado. Edital de pré-qualificação das empresas publicado e edital de concorrência de preços em fase de elaboração. Tudo isso em 2008.
Fazem parte também do projeto, os barramentos do Lourenço Velho e do Ribeirão Vargem Grande.
O empreendimento total envolveria recursos da ordem de R$ 310 milhões.
Tão somente o barramento do Rio Sapucaí, que nos interessa mais diretamente, custaria R$ 85 milhões em obras e R$ 12 milhões em desapropriações, num total de R$ 97 milhões.
Por razões que a própria razão desconhece, como disse o poeta, o projeto, tão importante, vem se arrastando há quase 45 anos.
Hoje, Secretário Adilson Primo anunciou que estaria praticamente definido a liberação de R$ 146 milhões para o projeto, que imagino ser os 97 milhões de 2008 corrigidos (inflação, etc) para R$ 146 milhões.
Palpite:
Se não sair agora, com o Dep. Bilac, parceiro direto da atual administração, ocupante da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e com a Copasa sob sua responsabilidade, dificilmente sairá mais para frente.
Este sim, é um projeto fundamental para Itajubá. Praticamente resolverá a preocupante questão das enchentes, que nos assolam de tempos em tempos.
Não interessa quem começou, quem armou e quem comemorará o gol. O importante é que o placar saia do zero.
ER