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terça-feira, 8 de agosto de 2023

VELHOS TEMPOS



Em Pouso Alegre, por um imprevisto e saudosismo, fui pegar um Gardenia.

Pura nostalgia. Lembrando 1973, quando durante o ano todo, embarcamos no Gardenia domingo à noite para Campinas, voltando na quarta, também à noite. Epopeia de estagiário de engenharia.

Bom, hoje quando me dirige ao guichê da empresa procurando saber de horários próximos com destino à Itajubá, o senhor atendente, afastando-se momentâneamente do celular, apontou para um ônibus estacionado na plataforma dizendo:

- Corre lá que ainda dá tempo. A passagem o motorista providencia.

Não precisei correr, uma vez que havia uma fila com seis pessoas aguardando para entrar no ônibus.

Acreditem querendo.

O motorista ia recebendo o pagamento de cada um, sempre extraindo uma passagem impressa de uma maquininha de pagamentos. Pagamentos em dinheiro vivo, alertando a todos que não estava aceitando pagamentos por via eletrônica. Ou dinheiro ou desce.

O problema maior eram os trocos. O valor da passagem anunciado era de R$ 33,60, com o competente funcionário sentado ao volante, rogando a todos que facilitassem o troco.

Como não costumo mais carregar cédulas, tive que procurar na carteira e achei uma de R$ 50 dobradinha. Ufa ! Uma senhora e um jovem tiveram que descer.

Perguntei inocentemente ao motorista sobre número da minha poltrona. Ele respondeu de chofre:

- A que tiver vazia.

Faltou um pequeno detalhe para cena se completar. O motorista cobrador não segurava as cédula dobradas no sentido longitudinal, presas entre os dedos, como faziam perfeitamente os cobradores do Auto Itajubá, do Sr. Max Herren. O do Gardenia usava uma bolsa de mão.

Claro que vem parando pela estrada afora para o pessoal apear. Novos passageiros só embarcaram em Santa Rita do Sapucai.

Com sinceridade, valeu.

Viver é Perigoso

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