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terça-feira, 20 de setembro de 2022

TOMOU O BARCO

Tomou o barco no último dia 14/9, Irini Lelekou, Atriz e cantora grega nascida em 1926, região do Peloponeso. Em 1943 ela se casou com o ator e escritor Alkis Papas, de quem adotou o sobrenome artístico.

Irene atuou em mais de setenta filmes numa carreira de mais de cinquenta anos. Seus mais célebres trabalhos foram as películas ''Antígona'', ''Zorba, o Grego'' e ''Elektra'', do diretor Michael Cacoyannis, e ''Z'', de Costa-Gavras. 

Em 1967, teve início a ditadura militar na Grécia, que a atriz não aceitou, razão por que partiu primeiro para Itália e depois para Nova Iorque. Durante o exílio, em Roma e em Hollywood, colaborou com realizadores como Franco Zeffirelli, Franco Rossi e Costas Gavras.

Em Portugal, chegou chegou a fazer teatro, além de ter colaborado pontualmente com Manoel de Oliveira em títulos como Inquietude (1997) e Um Filme Falado (2003), este último o filme que marcou a sua despedida das telas.

Após a queda da junta militar em 1974 pôde regressar ao seu país, e em 1995 foi condecorada com a insígnia da Ordem da Fénix, que lhe foi atribuída pelo então Presidente da República, Konstantinos Stephanopoulos.

A atriz, que sofria de Alzheimer, tomou o barco na Grécia aos 96 anos de idade. 

Viver é Perigoso

O FIEL RUSLAM


Georgi Vladimov (1931-2003), é o autor ucraniano do Faithful Ruslan”, ou Fiel Ruslan, história de um cachorro feroz que ajudava a guardar um dos campos siberianos de prisioneiros.

Um devastador retrato sobre o crente político quando é abandonado pelo seu dono.

Na União Soviética de Nikita Kruschev. Os crimes do camarada Stálin já foram denunciados e o país conhece uns ares de abertura e 8 milhões de prisioneiros do gulag são libertados.

Voltando ao Ruslam: É através dos seus olhos crédulos, confusos, animalescos que toda a história é contada.

Certo dia, Ruslan acorda e encontra o campo silencioso e coberto de neve. Estranha aquela paz. Não há gritos, não há choros, não há disparos. O que aconteceu?

Sai do barracão e vê os portões abertos. Pensa o óbvio, os prisioneiros fugiram. É hora de os perseguir e despedaçar, sem misericórdia.

Mas o seu dono, que é um dos guardas do campo, está estranhamente calmo, quase resignado, como se tudo aquilo fosse normal. Ruslan não entende a passividade.

Com a sua inteligência de cachorro fiel, ele é incapaz de perceber que o seu dono, em rigor, já não é dono de nada. E que ele, Ruslan, só por um vago sentimento de piedade não foi abatido no bosque, como aconteceu com todos os outros cachorros sem préstimo.

Escorraçado do campo prisional, Ruslan está condenado a uma vida de errância, como um vira-lata. O velho sistema que ele serviu já não existe. Mas ele recusa-se a aceitar a mudança, ou seja, a sua própria irrelevância no novo esquema das coisas. Ele ainda tem uma missão: encontrar os fugitivos, servir o dono, servir a causa. É essa obstinação que ditará o seu funesto destino.

O livro oferece uma lição gélida aos seguidores caninos de qualquer líder oportunista - um cachorro é útil enquanto é útil. Quando seus latidos e sua ferocidade não são mais necessários, o que resta é uma vida de vira-lata.

Ler “Faithful Ruslan” vacina qualquer um contra os entusiasmos políticos.

Depois das próximas eleições no Brasil, milhões de Ruslans vão acordar sem dono. E alguns, os mais lúcidos, vão entender finalmente que o dono já virou a página, procurando uma outra vida, longe daqueles que tão fielmente o serviram.

Esses serão os casos felizes. Os casos infelizes estarão na prisão, fazendo o luto pelas famílias que destroçaram, e perguntando às sombras da madrugada: “Valeu a pena?”.

João Pereira Coutinho (Folha) - resumido

Viver é Perigoso

KING, MY CONDOLENCES

 


Viver é Perigoso

SEI NÃO !

 


Confesso que há muito foge da minha parca capacidade de entendimento , grande parte dos projetos e decisões tomadas pelo pessoal que ocupa a linha de frente da terrinha.

O primeiro grande baque foi com os estudos anunciados para construção do canal Centro-Parque Municipal para circulação de gôndolas. Não consegui captar o raciocínio.

Ontem, em São Paulo, tomei conhecimento do contrato firmado pelo Hospital (ex-escola) de Itajubá e o Fluminense. Isso mesmo, o Fluminense, clube do Rio de Janeiro. De imediato julguei ser uma "pegadinha".

Procede. O HCI tornou-se o novo patrocinador do tradicional clube carioca. A instituição assinou contrato para estampar sua marca nos uniformes do futebol profissional, onde aparecerá na parte frontal dos shorts, e do vôlei, onde ocupará a propriedade da barra inferior frontal da camisa.

A vigência do contrato de patrocínio ao futebol profissional será até o fim deste ano, e a marca estreia no uniforme tricolor no clássico deste domingo (18/09), contra o Flamengo, no Maracanã, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Já para a equipe do vôlei, o vínculo se estende até abril de 2023, quando se encerra a temporada da Superliga feminina da modalidade.

Declarou em entrevista publicada na imprensa, o Diretor do HCI, Dr. Rodolfo Souza Cardoso:

Assim como temos a missão do ensino, somos formadores de médicos e demais profissionais de saúde. Para a divulgação da marca HCI, nada melhor do que nos tornarmos parceiros de um gigante do esporte nacional chamado Fluminense Football Club, que presta serviços na educação, inclusão social e desenvolvimento da saúde. Afinal, esporte é saúde.

Os valores envolvidos no inusitado contrato não foram divulgados.

Sinceramente ? A nossa Faculdade de Medicina já foi vendida. Colocando as contas em dia (?), não seria difícil também passar o hospital nos cobres, possivelmente para o mesmo grupo.

É do conhecimento geral que o ensino médico e hospital, tornaram-se um atrativo negócio.

Sabendo da história heroica que foi a implantação do Hospital e Faculdade, sou tomado por sentimentos, possivelmente arcaicos.

Enfim, poderemos ter um FlaxFlu, com a Santa Casa.

Viver é Perigoso

CAMPANHA

 


Viver é Perigoso