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sábado, 1 de dezembro de 2012

É O QUE TAMBÉM PENSAMOS

Escrveu Ricardo Kotscho
 
...o PSDB e seus aliados na mídia e em outras instituições nacionais agora partem para o vale-tudo na tentativa desesperada de eliminar por outros meios o adversário que não conseguem vencer nas urnas.
Nada disso, porém, exime o ex-presidente Lula e o PT de virem a público para dar explicações à sociedade porque não dá mais para fazer de conta que nada está acontecendo e tudo se resume a uma luta política, que é só dar tempo ao tempo.
A bonita história do partido, que foi fundamental na redemocratização do país, e a dos milhões de militantes que ajudaram a levar o PT ao poder merecem que seus líderes venham a público, não só para responder a FHC e às denúncias sobre a Operação Porto Seguro publicadas diariamente na imprensa, mas para reconhecer os erros cometidos e devolver a esperança a quem acreditou em seu projeto político original, baseado na ética e na igualdade de oportunidades para todos.
Chegou a hora da verdade para Lula e o PT.
É preciso ter a grandeza de vir a público para tratar francamente tanto do caso do mensalão como do esquema de corrupção denunciado pela Operação Porto Seguro, a partir do escritório da Presidência da República em São Paulo, pois não podemos eternamente apenas culpar os adversários pelos males que nos afligem. Isso não resolve.
Mais do que tudo, é urgente apontar novos caminhos para o futuro, algo que a oposição não consegue, até porque não há alternativas ao PT no horizonte partidário, para uma juventude que começa a desacreditar da política e precisa de referências, como eu e minha geração tivemos, na época da luta contra a ditadura.
Conquistamos a democracia e agora precisamos todos zelar por ela.
 
Ricardo Kotscho é jornalista. Trabalhou nos principais veículos da imprensa brasileira como repórter, editor, chefe de reportagem e diretor de redação. Foi correspondente na Europa nos anos 70 e Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ganhou os prêmios Esso, Herzog, Carlito Maia e Cláudio Abramo, entre outros.

MOMENTOS MÁGICOS


PRINCÍPIO DO FIM


Ter doze anos no final dos anos 50 e começo dos 60, não foi moleza.
Coisa para gigantes.
Colégio Itajubá fervendo, com o Padre Mário na direção, Dona Lourdinha na Administração, Neide do Professor Surica na Secretaria. Nas salas de aula, mestres inigualáveis como os Professores Júlio dos Santos, Estácio Tavares, Dr, Olavo, Dona Alcina e Nélio Tenório.
Primeira grande paixão, não correspondida. É lógico, que nem ela e nem ninguém nunca soube. Quase nem ele mesmo, que só veio a identificar anos mais tarde a razão daquela batedeira descontrolada do coração, o rubor inexplicável e momentânea confusão mental que o acometia ao vê-la na hora do recreio.
Sonho Inalcançável.
Ele no primeiro ginasial atrasado (existiam duas turmas. Os adiantados e os atrasados) e ela na quarta série, logicamente adiantada.
Sonhos até acontecer o pesadelo.
Hora do recreio, multidão caminhando pelo pátio e a fatídica bolinha de papel, atirada por não se sabe quem e nem de onde, caiu bem a sua frente. Para fazer bonito para a sua amada que passava por perto, ele pegou-a (a bolinha) de sem-pulo, na veia, atirando-a para uns 20 metros adiante.
Pesadelo ?
No chute, o já gasto sapato vulcabrás (o pai de todos os chulés do mundo) foi junto, deixando ao léu o dedão unhudo aparecendo solitário na meia de nylon preta furada.
Ela viu tudo. E como todos os outros, riu.
O dedão recuou de imediato expontâneamente para dentro do buraco da meia. Tarde demais.
O sapato, sendo atirado de um lado para o outro, custou para voltar.
Foi capturado pelo fiel zelador, Sr. Zé Secreto.
A paixão juvenil morreu ali.
Até entendível as gargalhadas alheias. Mas não o riso incontido dela.
Ele só veio perdoá-la na semana passada num encontro no Café do Vadinho.
Do perdão, ela também não soube.
Registro: A neta parece com ela.
 
ER     

CÓDIGO DE BARRA

Para evitar confusões, ficou determinado que os escândalos públicos objetos de investigação pela Polícia Federal,  doravante serão identificados por códigos de barra.

Clarin da Boa Vista

NOTA QUASE OFICIAL

O ódio por termos colocado este país nos eixos, colocou-nos na mira de uma oposição fanática no Congresso Nacional. Pressões terríveis e mentirosas da grande mídia. Movimentações escusas das elites dominantes e atuações direcionadas do próprio judiciário.
Estamos sendo vítimas por ter tirado 20 milhões da linha de míséria e alçados 30 milhões à classe média.
Não bastasse, fica claro e nítida a intervençaõ americana por de trás de mais um escândalo envolvendo deslealmente nossos líderes que lutaram pela implantação da democracia no país.
Ficou claro, na operação "RoseGate", a presença das mãos enluvadas do americano imperialista, Sr. Alexander Graham Bell.
Sem a invençaõ do seu maquiavélico artefato, também chamado de telefone, nenhuma conversa de fôro pessoal teria sido captada e não aconteceria a operação Porto Seguro.
Não irão nos intimidar. Nosso mandato foi concedido pelo povo.
Vamos para as ruas.
 
Executiva do Partido