Ano passado, mais precisamente em maio, levei um susto ao ler sobre a tomada de barco do jornalista e escritor, Gilberto Dimenstein. Partiu com 63 anos no dia 20 de maio. Publicou sua coluna na Folha de São Paulo por 28 anos. Sempre acompanhei. Muitas vezes concordei e outras tantas, não. Indiferente nunca consegui ficar.
Foi o fundador do portal Catraca Livre". Recebeu o Prêmio Esso, Prêmio Jabuti, Menção honrosa do Prêmio Moors Cabot, da Universidade Columbia.
Como sabem, Dimenstein era também totalmente envolvido com causas sociais. Recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, e o Prêmio Criança e Paz, da Unicef.
Dimenstein ficou sabendo, meio assim do nada, em 2019, que estava com câncer no pâncreas.
Terrível mal.
Lembrando: Acompanhei em 2018, com conversas diárias pelo whatsApp e visitas presenciais, o drama idêntico vivido pelo grande amigo Marcos Carvalho. O moço de Santa Rita de Caldas. Falamos desde a descoberta até o desenlace final.
Como quase sempre acontece, a batalha pela vida durou quase um ano. Ele perdeu, ou melhor, nós perdemos.
Fiquei sabendo sobre tratamentos, operações, sintomas, etc. Compartilhei e sofremos juntos.
Terminei de ler ontem o livro escrito pelo Gilberto Dimenstein, em parceria com sua mulher, a também jornalista, Anna Penido. "Os últimos melhores dias da minha vida" - Editora Record.
No livro, Gilberto e Anna, relatam o dia a dia do último ano vividos juntos. Experiências, providências e a luta. Muita luta.
Não se trata, como já imaginaram, uma leitura amena, agradável. Interessante.
As ilustrações do livro foram feitas pelo Paulo von Poser. Muito bonita.
A solidariedade, amor e carinho da esposa Anna Penido é qualquer coisa de emocionante.
Na última página do livro, Anna Penido registra agradecimentos as pessoas que estiveram próximas. Citado o Dr. João Paulo Nogueira, formado aqui na Faculdade de Medicina de Itajubá.
Viver é Perigoso