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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

A CARTINHA

Um dia ele criou coragem e se declarou através de uma longa, pensada, reescrita e desenhada cartinha.

Disfarçadamente, se é que fosse possível, passou pelo Correio na Rua Nova, deu uma molhada lambida dos dois selinhos e a depositou no cata-carta.

Subiu em direção a praça principal, na certa esperando cruzar com a donzela, como sempre, nas proximidades da "A Liberty".

Realmente aconteceu. Melhor não tivesse acontecido. 

Não presenciaria a tragédia de vê-la de mãos dadas com aquele bexiguento com a fedida blusa da engenharia nas costas.

A carta ! Meu Deus, a carta !

Voltou correndo e solicitou a sua devolução, negada de imediato pela sisuda senhora.

Drama. 

Foi informado que o malote tinha acabado de seguir por trem para Pouso Alegre.

Só podia ser engano, a moça é daqui mesmo. Mora ali na Miguel Braga, na Boa Vista.

Burocracia e burrice. A distribuição é regional. Precisa ir até Pouso Alegre e voltar para ser distribuída. No ir e vir podem ser contabilizados cinco dias úteis.

PQP ! e agora ?

Continua no próximo capítulo.

Viver é Perigoso

LEITE MOÇA



O leite condensado surgiu quando o americano Gail Borden, tentando desidratar o leite comum, descobriu que, antes de transformar-se em leite em pó, o produto virava leite condensado. A invenção dele, patenteada em 1856, só foi valorizada quando estourou a Guerra Civil Americana, quatro anos depois. Ele ficou rico.

Mas foi somente alguns anos mais trade, em 1867, que surgiu a primeira indústria criada especialmente para a produção comercial do leite condensado. Foi quando o americano George H. Page, proprietário da empresa Anglo Swiss Condensed Milk iniciou na cidade suíça de Cham, a fabricação de leite condensado.

A Sociedade Nestlé, por sua vez, iniciou a fabricação de leite condensado logo a seguir. A concorrência entre as duas empresas terminaria em 1905 numa fusão que deu origem a Nestlé & Anglo Swiss Condensed Milk Co.

A jovem com trajes típicos que aparecia nos rótulos das embalagens do produto era uma camponesa suíça do século XIX. Naquela época, o leite condensado mais popular da Suíça tinha a marca LA LAITIÉRE, que significa “vendedora de leite”. Quando esse leite foi exportado para outros países, procurou-se um nome equivalente na língua de cada região para onde o produto foi levado, nome este sempre associado à figura da camponesa típica com seus baldes de leite. Em espanhol, por exemplo, foi adotada a marca LA LECHERA, e na língua inglesa MILKMAID.

Os primeiros carregamentos de leite condensado chegaram ao Brasil em 1890. O produto era vendido nas drogarias e, inicialmente, comercializado com o nome de MILKMAID. Os os brasileiros tinham dificuldade para pronunciar esse nome inglês e passaram a chamar o produto de o “leite da moça”, referindo-se à ilustração da camponesa em seu rótulo.

Quando a Nestlé abriu sua primeira fábrica no país, em 1921, na cidade de Araras, em São Paulo, e começou a produzir o produto, optou pela solução lógica de utilizar uma designação criada espontaneamente pelos consumidores: LEITE MOÇA.

Viver é Perigoso

E A NOSSA LISTA ?


Três listas compartilhadas pelas redes sociais têm tirado a paz da vizinha cidade de Silvianópolis.

Os textos que viralizaram no município citam a maioria das famílias de lá com adjetivos pejorativos. A prefeitura, Câmara de Vereadores e Ordem dos Advogados do Brasil já se manifestaram e disseram que pretendem acionar o Ministério Público.

Nas ruas, a maioria das pessoas considera as listas ofensivas, mas, há os que levaram na brincadeira. Os termos chato, insuportável, enxerida, macabra, brega, fofoqueiro, louca, acumulador e outros, são atribuídos a homens e mulheres, desde crianças a idosos e até falecidos. Um morador conhecido na cidade foi citado “in memorian”, mesmo estando vivo.

É raro encontrar quem não foi citado ou conheça alguém que teve o nome divulgado nas listas que surgiram no fim de janeiro.

A prefeitura, Câmara de Vereadores e Ordem dos Advogados do Brasil já se manifestaram e disseram que pretendem acionar o Ministério Público.

Alertou o delegado da cidade: “Quem elabora essa lista, quem cria, pratica sim o crime de injúria tipificado no Artigo 140 do Código Penal. É um crime contra a honra. E quem compartilha essas imagens pratica um crime contra a honra também, um crime de difamação.”

Blog:
Caso for merecedor de uma citação na lista de Itajubá, só não me chamem de "chato".

Viver é Perigoso

CARNE E UNHA


Hoje em Brasília.

Viver é Perigoso

DATA VÊNIA


“Abandonei a Faculdade de Direito no segundo ano. Descobri que as causas que davam dinheiro não me interessavam e as que me interessavam não davam dinheiro”.

Carlos Lacerda

Saí engenheiro da Nossa Escola na turma de 1973. Escolhi (naqueles tempos era assim) um emprego em São Paulo. O sonho era me preparar para o vestibular na São Francisco. Talvez não fosse tanta a vontade de ser advogado, mas de frequentar as Arcadas. Não deu. Uma curiosidade. Selecionei 10 amigos advogados. Dois exercem a profissão. 

Viver é Perigoso

RETIRANTES

Na realidade é uma série de pinturas. Retirantes, Criança Morta e Enterro na Rede - Obras de Candido Portinari, de 1944. Estão expostas no Museu de Arte de São Paulo. Expressam a dor de um povo sofrido e marginalizado.





Viver é Perigoso

CURTO E GROSSO !



“Eu não sou de esquerda, sou humano. O Estado deve interferir em menos coisas possível. É garantir saúde, educação e segurança. Sou a favor do empresariado, porque ele gera emprego. Sou a favor da privatização. Rotularam que é a esquerda que cuida de pobre e o rico não tem coração, é idiota, liberal na economia e mata todo mundo de fome. Me fantasiaram de ‘esquerdinha’, que eu não sou e detesto. Porque a esquerda é festiva, defende o pobre no microfone e fuma charuto cubano no banheiro. Aí não dá”.

Alexandre Kalil

Viver é Perigoso


A ÚLTIMA QUE MORRE

 


Viver é Perigoso