Portinari |
Antes que me torne um eremita completo, ocuparei este espaço para falar e discutir um pouco, com simplicidade, sobre a vida, com suas alegrias e tristezas. Pode ser que acabe falando comigo mesmo. Neste caso, pelo menos prevalecerá a minha opinião.
"A busca dos partidos por candidatos a deputado federal passa longe da afinidade ideológica ou programática. Dirigentes das siglas nos Estados fazem leilão para atrair nomes com bom potencial e oferecem até dinheiro. O valor do "passe" pode chegar R$ 1 milhão. fota o que será destinado à campanha. Mesmo candidatos sem chance de vencer, mas com alguma capacidade de atrair votos, estão na mira das legendas. Se antes os partidos podiam se coligar e a soma de todos os votos dados ao grupo ajudava a conquistar uma vaga na Câmara, a partir desta eleição a sigla só poderá contar com seus próprios candidatos. Assim, os votos dos que não ganham eleição são fundamentais para as "estrelas" da chapa conseguirem uma cadeira de deputado federal." O cara não tem expressão, tem alguns mil votos, não ganha eleição em partido nenhum. E diz "quero vender esses votos". Vou para o seu partido, quanto você me dá em dinheiro? " Esse tipo de candidato é conhecido como "escadinha": aquele que entra na disputa só para empurrar as estrelas do partido para cima, para alcançarem na soma final os votos necessários para se elegerem. "
A corrida para deputado federal é a mais importante para as siglas. A cada 4 anos o TSE define quanto elas tem para receber de Fundo Partidário com base na quantidade de deputados federais eleitos.
O União Brasil (nasceu do casamento DEM + PSL), já recebeu R$ 66,8 milhões entre janeiro e maio deste ano. Juntos emplacaram 81 deputados na disputa de 2.018.
A conta é simples. Quem eleger mais deputados federais terá uma fatia maior. O fundo bilionário financia luxos pessoais de políticos, como viagens de jatinho e despesas gerais das siglas.
(Estadão)
Viver é Perigoso