Antes que me torne um eremita completo, ocuparei este espaço para falar e discutir um pouco, com simplicidade, sobre a vida, com suas alegrias e tristezas. Pode ser que acabe falando comigo mesmo. Neste caso, pelo menos prevalecerá a minha opinião.
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terça-feira, 29 de novembro de 2022
QATAR 2022
EMPREGOS
OUTROS TEMPOS
Espanha no coração:
No coração de Neruda,
No vosso e em meu coração.
Espanha da liberdade,
Não a Espanha da opressão.
Espanha republicana.
Carlos Drummond de Andrade
Outro dia visitando a Festa do Livro da USP, um evento espetacular, levei um tempo admirando o stand da Editora da Universidade de São Paulo. Para se admirar, livros interessantes, esclarecedores e que, aparentemente, não frequentam as prateleiras da livrarias.Entre outros consegui um livro sobre um tema que sempre me atraiu muito. A Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Em intervalos de viagens de trabalho já estive pessoalmente em locais históricos do interior da Espanha (inclusive em Guernica - País Basco).
O livro "A Solidariedade Antifascista - Brasileiros na Guerra Civil Espanhola " - Thaís Battibugli.
Interessante: 16 brasileiros lutaram na Espanha, sendo 14 militares e dois civis. Todos comunistas.
Os militares Alberto Besouchet, Apolonio de Carvalho, Carlos da Costa Leite, David Capistrano da Costa, Delcy Silveira, Dinarco Reis, Eneas Jorge Andrade, Hermenegildo de Assis Brasil, Homero de Castro Jobim, Joaquim Silveira dos Santos, José Gay da Cunha, José Correa de Sá, Nelson de Souza Alves, Nemo Canabarro Lucas.
Os civis Roberto Morena e Eny Silveira.
Também foram para a Europa, porém não combateram, Alcedo Cavalcanti, Carlos Brunswick França, Celso Tovar Bicudo de Castro, Paulo Machado Carrion e Sildio Porto Dias.
Os militares brasileiros comunistas deixaram o País após o fracasso da Intentona Comunista de 1935. Muitos foram presos, condenados e fugiram da repressão do Governo Vargas.
Interessante conhecer detalhes da história.
Viver é Perigoso
FAZER O QUÊ ?
Do nada, comentou que desde o anuncio do resultado do segundo turno da eleição, tem ido diariamente, em horários diferentes, meditar e rogar por intervenção militar, junto ao muro do batalhão.
Já não assusto com mais nada. Apenas atentei-me ao seu desabafo.
- Camarada, tenho que fazer a minha parte. Não posso concordar com uma eleição roubada. Não posso concordar que esse ladrão suba a rampa. Minha bandeira jamais será vermelha. Não posso concordar com a destruição da família, como liberação do aborto e banheiros comuns nas escolas. Não posso concordar que dividam a minha casa com outra pessoas. Não posso concordar com o fechamento das igrejas. Não posso concordar que o Brasil vire uma Argentina, Venezuela e Nicarágua. Não posso concordar com a proibição de ter em casa a minha garrucha.
Perguntei, como evitar tudo isso que amedronta ?
- O exército vai sair nas ruas. Fechar o STF e prender todos os ministros, menos os dois que estão com a gente. Vai suspender o mandato de todos os políticos comunistas. Vai controlar essa televisão e os jornais comunistas. Prorrogar automaticamente por mais quatro anos o governo do capitão, o verdadeiro vencedor da eleição.
Fiquei em silêncio e pensei: Fazer o quê ?
Viver é Perigoso