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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

LINHAS DE DESMONTAGEM


Jânio de Freitas, para a Folha
Nada do que Renan Calheiros levou a Dilma, como proposta contra a crise, tem a ver com a crise ou pode nela influir para dissolve-la, em seu aspecto econômico ou no político. Não é mais do que um amontoado de manjadas propostas sem nexo entre si, e quase tudo sujeito a fácil identificação com intenções subalternas, em benefício de diferentes áreas de poder econômico –logo, também financeiro. Se fossem propostas isentas de interesses escusos, não seria Renan Calheiros a levá-las à Presidência.
As fanfarras e a louvação com que a própria Dilma recebeu Renan, e as tais propostas, explicam-se por utilidades que independem do teor do presente. Aos dois lados convinha a reaproximação.
Renan não é político que viva de costas para o poder. Dilma precisava da contribuição de Renan para encarar no Senado as bombas de Eduardo Cunha aprovadas na Câmara. De quebra, ter Renan em seu círculo é distanciá-lo de Eduardo Cunha e atrapalhar a recente fraternidade a ele dedicada por José Serra, Aécio Neves e outros do opositor PSDB. Afora isso, em um dizer antigo, é questão de estômago.
Mas talvez seja o caso de lamentar que as sugestões de Renan Calheiros não ofereçam alguma utilidade contra a crise. O otimismo expresso por Dilma, com a ideia de que "vivemos uma transição e em breve vamos retomar o crescimento", não encontra nem o mínimo apoio em parte alguma da realidade. Muito ao contrário, são dados objetivos, e não meras especulações do quanto pior mais impeachment, que sugerem estarmos no último estágio econômico e social em que ainda é possível deter a degringolada geral. E reverter os danos mais perigosos ou absurdos.
O país está parando. Os eventos e providências que Dilma anuncia, nas andanças para a pretendida e improvável reanimação do país, não tocam nos problemas da crise. Olham para um futuro impreciso e não condizem com o presente do governo. Mas são já os avanços do número de empregados, da remuneração do trabalho, de várias faces da ascensão econômica que regridem, que se perdem sob as vistas indiferentes dos mestres de ajustes que desajustam. A jornalista Flávia Oliveira, de múltiplas competências, formulou uma síntese precisa: "Crise é tempo de promover ajustes, não o desmonte".
Se o governo persiste no rumo do tal "ajuste fiscal", como se alheio ao que se passa com e no país, pode-se desde logo desacreditar que Dilma e Joaquim Levy consigam o tal ajuste fiscal que pensam buscar –quanto mais a retomada do crescimento, difícil e longa até em caso de êxito da atual suposição de política econômica e de governo.
Jânio de Freitas

Viver é Perigoso

TRAPALHADAS


Vamos lá, na certeza que tudo fique claro: O Prefeito através do Secretário Rodrigo Melo, pede a demissão da Gerente das Incubadoras, Geanete. Como é a Prefeitura que banca o investimento, queria indicar o novo gerente, possivelmente alguém ligado ao Deputado Bilaquinho. A Geanete também é ligada ao Bilaquinho. Os outros parceiros não concordaram com a demissão. O Prefeito disse que a Prefeitura é que banca e não manda e que Itajubá é uma boa madrasta mas não tão boa mãe e que gosta do trabalho da Geanete e se ela quiser poderá vir trabalhar na prefeitura. Quer também incubadoras para panificação. A prefeitura descobre que não pode continuar pagando o investimento e corta o convênio. A Geanete sai dizendo que é admiradora do Prefeito e não aceitaria trabalhar na prefeitura porque foi o Rodrigo Melo que foi informar da sua demissão e não o Prefeito. Nesse meio tempo o Secretário ameaça a pedir demissão da Prefeitura. O Prefeito disse que aconteceu uma divergência entre eles mas foi sanada. A Geanete saiu e o assessor dela assumiu a gerência da Incubadora.
Tudo tão simples. Atentem que não se trata de custo e sim de investimento.
Se podem complicar...por que facilitar ?

Viver é Perigoso

POIS É ...


Com queda na arrecadação, a Prefeitura de Andradas (MG) está tomando medidas para cortar gastos. Um decreto autorizou a redução espontânea nos salários do prefeito, secretários e gerentes, proibiu a contratação de novos servidores e a ordem para as secretarias é enxugar o que for possível no orçamento. Segundo a prefeitura, se os gastos gerais do município não caírem, podem acontecer novos cortes e demissões.
O decreto, que entrou em vigor esta semana, proíbe a contratação de novos servidores até o fim do ano e suspende as férias daqueles com cargo comissionado. O documento ainda abre a possibilidade de renúncia espontânea de percentuais nos salários dos agentes políticos.
O prefeito que tem remuneração líquida de R$ 8.560 pode abrir mão de até 15% e passaria a receber pouco menos de R$ 7,3 mil. Já o vice-prefeito, secretários e gerentes de segundo escalão, que ganham entre R$ 3.597 e pouco mais de R$ 4 mil podem autorizar o desconto de 10%.
A proposta de diminuir os salários até dezembro foi feita para todos os 36 servidores que ocupam estes cargos.
Disse o Prefeito Rodrigo Lopes:
"Todos aderiram a essa possibilidade, estão conscientes neste contexto. Os cortes estão sendo de cima para baixo, justamente porque nós temos essa preocupação com o servidor que tem as suas responsabilidades e também com a população que não pode ter o seu serviço prejudicado"
G1
Viver é Perigoso.