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domingo, 5 de março de 2017

SOB A LUZ DE VELAS


Elogio da Dialética

A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.
Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.
Só a força os garante.
Tudo ficará como está.
Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.
No mercado da exploração se diz em voz alta:
Agora acaba de começar:
E entre os oprimidos muitos dizem:
Não se realizará jamais o que queremos!
O que ainda vive não diga: jamais!
O seguro não é seguro. Como está não ficará.
Quando os dominadores falarem
falarão também os dominados.
Quem se atreve a dizer: jamais?
De quem depende a continuação desse domínio?
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
E o "hoje" nascerá do "jamais".

Bertolt Brecht

Viver é Perigoso

CANTINHO DA SALA

Chaim Soutine
Viver é Perigoso

HORA DO ACERTO


"Fazer tudo errado esperando que sempre dê certo é um risco. A tal história: o crime compensa até o dia em que a legalidade vai buscar a sua recompensa e desorganiza o cenário, aturde os personagens, desnorteia a direção. Assim está o ambiente no Planalto Central, adjacências ou em qualquer parte por onde circulem excelências da política e habitantes do mundo de negócios escusos."
Dora Kramer - Veja

Blog: Visível hoje, para qualquer observador, a mudança de comportamento de poderosos detentores do poder. Em passado recente se situavam acima do bem e do mal. Pouco se importavam com as medrosas e discretas observações sobre os seus comportamentos (não) éticos. Atropelavam tudo através de ameaças, pressões diversas, segurança jurídica e desprezo.
Hoje, ainda tentam, nos estertores, exibir ao público, o que resta dos músculos autoritários. Puro engôdo. Tremem em sua bases e na intimidade, certamente, apavoram-se na perspectiva de investigações e comprovação das suas distraídas transações.
Assustam-se ao menor som de sirenes de ambulância, confundindo-as com os sons abafados de camburões. Sequer se lembram que hoje, os investigadores oficiais se utilizam de silenciosas e potentes caminhonetes importadas. Ninguém mais, com a mínima culpa no cartório, dorme sossegado. Já fazem, inclusive, reservas pecuniárias para abastecer os gulosos advogados especializados.  É tarde.

Viver é Perigoso

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE


Mata Hari, Anna Karenina e Ninotchka. Todas elas foram Greta Garbo (Södermalm, Suécia; morreu com 84 anos em 1990) e todas elas decidiram que estavam fartas de mostrar seu rosto nas telas quando tinha 36 anos e uma promissora carreira no cinema. Desapareceu por seu caráter enigmático e um tanto intratável –renunciou a ir buscar seu Oscar honorário para evitar “a tortura da publicidade”–, assim como os rumores constantes sobre sua homossexualidade, contribuíram para criar um mito em torno da atriz. Permaneceu reclusa e sem contato com a mídia até sua morte em 1990. (El País)

Viver é Perigoso

SEM TRAVAS NA LÍNGUA


Fernando Chiarelli é um político que foge ao figurino tradicional. Ele não tem trava alguma na língua.
Em 1995, foi cassado pela Câmara de Ribeirão após ser acusado de chamar um colega de "aleijado".
Assumiu a vaga de deputado federal após a morte de um parlamentar e, num discurso, declarou que o "Judiciário é o poder mais corrupto que existe".
Na tribuna também afirmou que um ministro merecia cadeia – Wagner Rossi, que posteriormente deixou o cargo para se defender de acusações de irregularidades.
Chamou os líderes partidários de "líderes de quadrilha" e disse que a Câmara dos Deputados "funcionava à base da extorsão".
Dilma Rousseff, recém eleita para o primeiro mandato, era, nas palavras do orador, "a abobada que acaba de ser eleita presidenta".

No dia 2 de agosto do ano passado, momentos antes de ter sua candidatura a prefeito de Ribeirão Preto oficializada pelo PT do B, Chiarelli foi detido por três agentes da Polícia Federal.
O motivo da prisão: O ex-deputado havia sido condenado a um ano e oito meses de detenção pela Justiça Eleitoral (semiaberto) porque, quatro anos antes, chamara a então prefeita da cidade, Dárcy Vera de "desonesta", entre outros termos nada lisonjeiros ("ave de mau agouro", "criatura maldita" etc).

Chiarelli foi, então, levado para a penitenciária de Tremembé e lá ficou por 45 dias, até obter um habeas corpus. O ex-parlamentar perdeu o direito de participar das eleições.

Quase três meses depois, veio a redenção. Chiarelli preparava-se para fazer uma caminhada quando a televisão noticiou a prisão de Dárcy Vera numa operação da PF intitulada "Mamãe Noel".
De acordo com o Ministério Público, a hoje ex-prefeita participou de um esquema de fraudes em contratos da ordem de R$ 203 milhões.
"A investigação indica que Dárcy era a chefe, tinha proeminência, atuava na organização dessas fraudes, desses crimes", afirmou, à época, o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio.
Dárcy permaneceu 11 dias na cadeia e, desde então, vive reclusa em sua casa. Seus bens estão bloqueados.

No processo em que o juiz Luís Augusto Freire Teotônio condenou Chiarelli por calúnia, difamação e injúria por ofensas à ex-prefeita de Ribeirão, há outro episódio inusitado.
Segundo o relato do magistrado na sentença condenatória, Chiarelli chegou a desafiar um juiz para um duelo após a concessão de um direito de resposta à sua adversária no programa eleitoral.

Professor de inglês e tradutor, Chiarelli, 55 anos, diz que nasceu pobre e que ainda mora na mesma casa construída pelo seu pai. Ao falar sobre a temporada que passou na penitenciária, ele se diz muito indignado. "Se tivesse cometido um homicídio. Se tivesse roubado ou cometido peculato. Mas preso por calúnia?".

O ex-deputado corre o risco de voltar para a cadeia. No final do ano, foi novamente condenado (sete meses de detenção em semiaberto) em um outro processo por difamação, pelo mesmo juiz, contra a mesma ex-prefeita -  (Deu na Folha)

Viver é Perigoso

TOMOU O BARCO

Foto Nilda Bitencourt
Tomou o barco, hoje em Itajubá, o estimado por todos, Sr. Mario Corrêa. Participação ativa na vida empresarial e social da cidade. Um homem de bem. Cordial, solicito e para todos que o procuravam, um bom conselheiro.
Deixa o filho Marinho, com ele na fotografia e uma família numerosa e bonita.
Ficamos mais pobres.

Viver é Perigoso  

GENTE DA GENTE


O Sr. João Martinez Ripol casado com a Sra. Francisca Martinez Riera, nascidos em Barcelona, na Catalunha, vieram para o Brasil em 1895.
Vieram com os filhos Jayme e Josepha. O filho Mariano já havia tomado o barco para a viagem definitiva na Espanha.
Ainda no navio, durante a travessia do Atlântico, nasceu Elvira.
No Brasil, nasceram Francisca, José e  Loreto. 
Jayme, o filho mais velho, chegou com nove anos e a família fez de tudo um pouco no caminho para o Sul de Minas.
Saíram pela região construindo casarões e igrejas. 
Na histórica fotografia, conseguida pela prima Sandra Silva:
Em pé e no centro, o Bisavô João Martinez Ripol.
No centro, sentada, a Bisavó Francisca Riera. 
Em pé à direita, olhando para a fotografia, o Vô Jayme Martins Riera.
Sentada na sua frente, a Vó Térça Tredicce Riera 
Em pé à esquerda, olhando para a fotografia, o Senhor Antonio Tenório, casado com a Tia Josepha.
Tia Josepha está sentada com o seu filho bebê, Benedito.
O menino José, está de pé ao lado do Vô Jayme.
O menino de boina é o Tio Loreto.
A menina de pé ao lado da Vó Francisca é a Tia Francisca.
A mocinha de pé na extrema esquerda, olhando para a fotografia, é a Tia Elvira.

Foto tirada em Cachoeira de Minas.

Seguiremos com a saga da família Riera ou seria Ripoll, que deverá se tornar um pequeno livro, com personagens recém-chegados.

Viver é Perigoso 


PORQUE HOJE É DOMINGO



Porque ele vive
eu posso enfrentar o amanhã
Porque ele vive
Cada medo se foi
Eu sei que ele segura a minha vida, o meu futuro em suas mãos

Viver é Perigoso

DEPOIMENTO


Viver é Perigoso