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sábado, 8 de fevereiro de 2020

HOJE É DIA DE ROCK



Viver é Perigoso

FALOU E DISSE ! (FOTOGRAFIA PERFEITA DO MOMENTO)


O Partido dos Trabalhadores sempre foi uma legenda à frente do seu tempo. Aos 25, quando exalava a doce fragrância do poder, viveu a crise etária dos 40. Trazia na cara aquele jeitão ávido de quem perdera muito tempo na vida. 
Sucumbiu com naturalidade singular às relações plurais. 
Hoje, ao atingir de fato os 40, padece os males de uma velhice precoce. 
Enfrenta dissabores típicos de quem esqueceu de maneirar. Com deficiência neurológica, o PT não consegue compreender sua própria realidade.
Ainda não se deu conta de que tem um enorme passado pela frente.
Acorrentado a Lula e à fábula da perseguição, o partido se confunde com a imagem do dono.
Mantém os pendores hegemônicos. 
Mas já não consegue liderar o que se convencionou chamar de "esquerda". 
Batizada de 'Festival PT 40 anos', a festa de aniversário do PT oferece três dias de tédio. Exibe algo que Cazuza chamaria de museu de grandes novidades. 
Lula discursará neste sábado como principal atração do evento, que ocorre no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Despejará sobre o microfone ideias que não correspondem aos fatos. 
Não é que Lula tenha se tornado igual aos políticos que atacava. O problema é que Lula ficou diferente do personagem que ele dizia ser.
Sua piscina está cheia de ratos. 
A "esperança" foi derrotada pelo dinheiro. Tomado de assalto por vivaldinos, o partido "vivo" flerta com o pior tipo de morte: a irrelevância. 
Lula nunca soube de nada. Mas as nove ações penais que coleciona indicam que, no seu caso, nada é um vocábulo que ultrapassa tudo. Como não enxerga no espelho a figura de um desbravador do Código Penal, Lula recusa a ideia da autocrítica. Admite, no máximo, que o PT "cometeu erros". 
Ao usar a palavra "erro" como eufemismo para corrupção, Lula revela uma desconexão voluntária com a realidade. Virou paródia grotesca do herói idílico do PT. 
Lula vendeu os ideais para financiar sua aventura. Trocou o ascetismo pela propina. 
Daquele sonho de 40 anos atrás só sobrou o esboço de um epitáfio: 
"Cometemos erros."

Josias de Souza

Viver é Perigoso

ÊPA !


A presidente do PT, Gleisi Hoffman, afirmou neste sábado (hoje) que a decisão da direção do partido é não ter alianças com DEM e PSDB nas eleições municipais de outubro, mas admitiu que essa aproximação poderá, sim, acontecer em casos excepcionais. 

Membros do PT ouvidos pelo jornal Valor, na última sexta-feira, durante a reunião da executiva nacional, afirmaram que há municípios, como os do interior de Minas Gerais, onde essas alianças poderão surgir.

Blog: Em Itajubá, mesmo com a admissibilidade de coligação, seria difícil, por parte do Deputado Ulysses Gomes (PT) caminhar, durante a campanha, de braços dados com o Secretário Bilaquinho, o pré-candidato Christian, atual vice-prefeito, e claro, com os demais próceres da Administração. 
Mas...o Centrão é o centrão.

Viver é Perigoso  

E O OSCAR VAI ...

Viver é Perigoso

VERTIGEM DA ESQUERDA

Pedro Pomar
O Petra vem de uma homenagem dos pais ao Pedro Pomar.

Nome que estará em evidência no final de semana do Oscar. A diretora mineira Petra Costa. Seu filme/documentário sobre o impeachment da presidente Dilma Roussef - Democracia em Vertigem - produção original da Netflix, disputará a estatueta na categoria.

Ana Petra Costa, nasceu em Belo Horizonte em 1983. Artes Cênicas da Universidade de São Paulo, onde permaneceu por dois anos. Graduou-se em Antropologia no Barnard College, uma faculdade livre de artes da Columbia University, em Nova York, e fez mestrado em Comunidade e Desenvolvimento, na London School of Economics, em Londres

É filha de Manoel Costa e da jornalista e socióloga Marília Andrade. É também neta de Gabriel Donato de Andrade, um dos fundadores da construtora Andrade Gutierrez.

Nos anos 1970, seus pais foram militantes de esquerda ligados ao PCdoB, especialmente, a Pedro Pomar, a quem homenagearam dando o nome de Petra à sua filha.

Um pouco sobre Pedro Pomar:

Pedro Pomar nasceu 1913 em Óbidos. Aos 5 anos se mudou para Nova York com sua família, a mãe Rosa de Araújo Pomar, natural do Maranhão, os irmãos Roman e Eduardo, e o pai, o peruano Felipe Cossío del Pomar escritor e pintor. A família viveu nos Estados Unidos entre 1918 a 1920, até que o casal se separou e Rosa voltou a Óbidos com os três filhos, sustentando-os com seu trabalho de costureira. 

Felipe del Pomar, seria no final dos ano 1920, um dos fundadores da Aliança Popular Revolucionária Americana (movimento político de centro-esquerda peruano). 

No Pará, Pedro Pomar entrou na Faculdade de Medicina, no Pará, aos 19 anos. Nessa época, ele também jogava futebol profissionalmente pelo Clube do Remo.

Em 1932 participou da revolução  constitucionalista por São Paulo. Em 1935 casou-se com Catharina Patrocínia Torres. O casal teve quatro filhos.

Pedro foi preso pela primeira vez em janeiro de 1936, quando estava no terceiro ano da faculdade, e solto apenas em junho 1937. Pomar resolveu viver na clandestinidade, abandonando o curso de medicina e tornando-se militante profissional do PCB.

Foi preso novamente em setembro de 1939, conseguindo fugir e agosto de 1941.

Em 1947, foi eleito com mais de 100.000 votos para a Câmara Federal, na legenda do PSP - Partido Social Progressista, terminando seu mandato em 1950.

Pomar voltou à clandestinidade. Foi morar no Rio Grande do Sul, onde atuou em lutas populares e operárias sob o codinome Ângelo. Nesse período, participou da organização da guerrilha de Porecatu ao lado de João Saldanha (técnico da seleção brasileira de futebol) e Gregório Bezerra.

De 1953, já morando no Rio de Janeiro, foi estudar na União Soviética até 1955.

Entre 1957 e 1962, fez parte da luta interna no PCB. Depois de muitas divergências, foi expulso do partido, e criou, em fevereiro de 1962, o PCdoB.

Em 1964, com o golpe militar, a polícia vasculhou e depredou a casa de Pomar, no bairro do Tatuapé, na cidade de São Paulo, e decretou sua prisão preventiva. Pomar se retirou para um esconderijo e viveu com sua família na clandestinidade.

Pedro foi morto, em dezembro/1976, no episódio conhecido como Chacina da Lapa, a última grande operação de aniquilamento de opositores políticos feita pelos regime militar através de seus órgãos de segurança. 

O corpo de Pomar foi atingido por aproximadamente 50 tiros. Pomar foi enterrado sob nome falso em Perus, no Cemitério Dom Bosco. 

Em 1980 seu corpo foi localizado por sua família, que fez o traslado dos restos mortais para Belém do Pará.

Viver é Perigoso