O presidente de Bolívia, Evo Morales, cobrou da Petrobrás, uma das mais importantes operadoras na Bolívia após a espanhola Repsol, uma dívida pendente pelo “gás rico” incluído nas exportações ao Brasil.
O chefe do Estado inaugurou, na sexta-feira, a planta de processamento de gás natural no campo de San Alberto do município de Caraparí, no sul boliviano. A planta do Itaú é operada por uma sociedade integrada pela francesa Total, com quarenta e um por cento das ações; pela Petrobras –trinta por cento-, British Gás, com 25 por cento, e a estatal YPFB Chaco com quatro por cento das ações.
Morales destacou a continuidade dos investimentos, que estão todas garantidas, no discurso de inauguração que abriu um parêntese para lembrar que “A Petrobras do Brasil tem uma dívida conosco. Que nos paguem a dívida”.
No ato de inauguração, participaram os executivos da Petrobras Bolívia, Erick Portela, da Total Bolívia, Ignacio Sanz, e da British Gás, Orlando Vaca. Olhando a Portela, Morales assegurou que “para uma empresa tão grande, o que nos deve é seu cabelo branco, colega”.
“Quanto nos deve? Não é muito. Não é possível que a Petrobras nos pechinche 20, 30, 40 milhões de dólares; se eu fosse a Petrobras, já teria pago isso”, assegurou o presidente boliviano.
A Petrobras deve para a Bolívia o pagamento de gás rico (com conteúdos de etano, butano, propano, pentano, hexano e heptano) que exportava com o gás natural até a instalação de onze plantas de processamento de gás em território boliviano.
El País