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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

DESCARRILHOU

Atenção: Aconteceu literalmente hoje.
 
O Metrô de São Paulo pediu aos passageiros que não utilizem a linha 3-vermelha na noite desta segunda-feira. Em nota divulgada no Twitter, a companhia orientou os passageiros a usarem trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
O pedido ocorre seis horas após um trem descarrilar na estação Barra Funda, na linha 3-vermelha. A composição ainda não foi retirada da via.

Web

ALGUÉM DA TERRINHA ?


Os primeiros voluntários para realizar uma viagem sem volta a Marte se reuniram no sábado em Washington para assistir a uma apresentação da missão privada que visa a colonizar o planeta daqui a alguns anos.
Quarenta pessoas vindas de várias partes dos EUA e do mundo participaram, na Universidade George Washington, a apresentação do cientista holandês Bas Lansdorp, presidente e cofundador da empresa Mars-One.
Essa iniciativa privada sem fins lucrativos foi lançada em abril passado e pretende enviar uma equipe de desbravadores a Marte em 2022.
"Estabelecer uma colônia permanente em Marte implica ir sem voltar. Isso parece impressionante, mas não se pode esquecer que na história de nosso planeta, as pessoas que partiram em viagens de exploração deixaram para trás suas famílias", explicou Lansdorp.
A Mars-One disse que os quatro primeiros voluntários chegarão a Marte depois de uma viagem de sete meses, em 2023. A colônia deve ser abastecida a cada dois anos.
A primeira missão terá um custo de 6 bilhões de dólares, que a empresa ainda não conseguiu arrecadar. Doações estão sendo feitas para o projeto, mas Lansdorp não indicou o montante atual.
"A primeira missão terá como objetivo trabalhar no sistema de suporte de vida", afirmou ainda o responsável, admitindo que o meio ambiente em Marte é muito hostil, carece de oxigênio e tem temperatura média de 63ºC.
Cerca de 78 mil voluntários se candidataram para a aventura, que dará origem a novos processos de seleção.
Uol

Blog: Alguém da terrinha esteve fora do Brasil no último sábado ?

ER

PASSA QUATRO



Terra natal do Aldo, do Oswaldão do Araguaia, do Zé Dirceu e do meu amigo Bonani, que tomou o barco com muita antecedência (fui no casamento dele).
Não sei se procede, mas diz a lenda que a origem do nome Passa Quatro vem da existência na região de um rio muito tortuoso. O nobre e valente bandeirante, Antônio Gonçalves, quando desbravava a região, deparou com o obstáculo. Com sacrifício, seu pessoal construiu sólida jangada para atravessar o caudaloso curso dágua, após o que, descansaram dois dias.
Em seguida, depararam com outro rio e tomaram a mesma atitude. Centenas de metros após, encontraram outro e em seguida outro.
Do mesmo modo superaram e conseguiram realizar as quatro perigosas travessias. Trabalho hercúleo.
Posteriormente descobriram que se tratava do mesmo rio.
Fico pensando na terra do também grande amigo, Múcio Rezende: Passa Vinte.
No começo foi tudo complicado.
 
ER
 

E SEGUE O JOGO !

Complementando o assunto que toma conta da terrinha.

O maior direcionador de concorrências no país é a própria administração pública. Começa na elaboração do Edital. A existência, proposital ou não, de direcionamento ou eliminação de possíveis concorrentes é cristalina.
Exigem experiência de tantos anos naquele fornecimento. Estabelecem características únicas para os bens e serviços a serem adquiridos. Tempo de execução da obra, obrigatoriedade do empreiteiro possuir determinado tipo (e quantidades) de máquinas. E segue por aí afora.
Até se justificariam determinadas preferências demonstradas pelos administradores públicos: 
O pessoal sabe que determinado fornecedor terá dificuldades em atender o fornecimento dentro dos prazos necessários. Quando de expansão, por exemplo do Metrô ou de Usinas, a padronização é questão quase fundamental. Você ter parte do equipamento de origem japonesa e o novo vencedor propor o fornecimento de material de origem europeia. Surgirão naturalmente dificuldades de acoplamento e desempenho. Sem falar na obrigatoriedade da existência no almoxarifado de peças de manutenção das diversas origens. Isso custa e muito.  
Em todo o processo participa obrigatoriamente o ser humano. Aí a porca torce o rabo.
Têm-se que buscar total transparência. Tornar todos os eventos públicos. Escancarar as disputas. Leis e recomendações para esse modo de proceder, existem e muitas. Lamentavelmente, na maioria das vezes, não são consideradas.
Quando a imprensa, os blogs e facebook se manifestam...são derrotistas, negativistas, velhos despeitados e invejosos, oposição e por aí afora.
Sequer passa pela cabeça das administrações públicas, que possam ter pessoas apenas preocupadas com a Cidade, o Estado e um País, melhor para se viver.
É a vida.
 
ER

É A VIDA...

Depois de séculos afastado, ontem fui dar uma caminhada pelo centro da cidade. Na realidade, confesso que fui tentar encontrar com o Dr. Aldo, sentar num banco no meio da praça, sob um solzinho gostoso, e ouvir sua sempre ponderada, tranquila e apaziguadora opinião.
Não foi possível. Soube que ele está curtindo o  seu aconchegante apartamento no Quartier Latin, bem próximo à margem esquerda do Sena. Faz muito bem.
Conversei com muitos amigos que há muito não encontrava.
Como não podia deixar de ser, o assunto principal que vem despertando a curiosidade geral, é o caso Siemens/Alstom.
O assunto não é novo. Já foi objeto de denúncias e reportagens na imprensa nacional em 2009. Inexplicavelmente, pelo que sei, as investigações não foram levadas adiante.
Pois bem. Todos sabemos que não existe malfeito que não venha à tona. É questão de tempo. Nesse caso, com certeza, não voltou à mídia pelo interesse do órgão federal (Cade) em defesa da livre concorrência.
Trata-se de guerra política partidária. O PSDB está no poder em São Paulo, desde à época dos bondes circulando pela Brigadeiro Luís Antônio. O PT acuado pelo mensalão e possibilidade da diáspora dos aliados, precisa descolar de si o rótulo de pai e mãe de todas as corrupções.
Lembraram -se do Cade, órgão diretamente ligado ao Secretário eterno da Presidência da República, Gilberto Carvalho e mais diretamente ao Ministro da Justiça, Dr. Cardozo. Ambos, fiéis e valentes oficiais petistas.
Não nos esqueçamos que o governo paulista é o sonho de consumo do petismo.
Por caminhos estranhos e não confiáveis, o Cade tomou a atitude certa: abrir investigações. 
Processo sigiloso ? OK. Vazamento seletivo de informações ? Impossível não acontecer.
Blá, blá, blá...
O que acontecerá ?
Formação de cartéis no Brasil, principalmente nos fornecimentos público, sempre foi corriqueiro e usual. Até papelarias de cidades do interior se reúnem em torno de uma mesa para dividir fornecimentos. Na maioria das vezes nem é praticado o superfaturamento. É o preço normal, com uma gordurinha a mais, necessária para dar um agrado para alguém. Entenda-se como agrado, um vinho, uma agenda ou um panetone.
Em outros casos, como temos acompanhado pela imprensa, não praticam agrados. Praticam corrupção. Nesses casos, parte dos valores "cobrados à maior", são (devidamente legalizados ou não) encaminhados como contribuição aos partidos e candidatos para bancar os altíssimos custos de campanhas eleitorais. Logicamente que no decorrer do processo escapem algumas quirerinhas para pessoas físicas. É possível. 
O Brasil está mudando e muito. O povo irá exigir todos os esclarecimentos e o fim da impunibilidade.
Trazendo para o varejo. Temos instalada na terrinha a francesa Alstom. A unidade local, pelo que me consta não é fornecedora de equipamentos ferroviários. Mesmo sendo, quero crer que os diretores e gerentes locais não têm nada com isso. São negociações de alta cúpula comercial. Seria bom.
No caso da alemã Siemens, que tinha previsto a instalação de uma unidade na terrinha e desistiu, só temos que observar.
Sim, o Adilson Primo era o Presidente da empresa no período em que aconteceram os fatos. Com certeza se confirmados os fatos que teriam sido admitidos e  denunciados pela própria empresa, deveria saber das negociações.
Poderia ser voz discordante ou não. Mas com certeza, face aos números preliminares divulgados, impossível desconhecer.
Aposentado, tranquilo e tecnicamente competente, caso seja mencionado no processo se defenderá com todo o apoio legal.
Para nossa cidade, nesse momento de início de turbulência (deve piorar muito), possivelmente acontecerá muito desgaste, face o inédito e alto cargo que ocupa. Super-Secretário responsável pela administração.
Ficará difícil o seu dia a dia e contatos externos.
Mais previdente seria o seu afastamento, mesmo que temporário e aguardar o desenrolar dos fatos. Melhor para o Adilson e para o Prefeito.
Terminando: Praticamente todos guerreiros, que finda a batalha vieram repousar na terrinha, dentre os quais modestamente ouso a me incluir, já vivenciaram, participaram ou observaram, em grau maior ou menor, a ocorrência desses absurdos.
Não aceitamos, mas entendemos.
 
ER 
 
 
 


BOM PARA A BOA VISTA


Muitas cidades de renome tem um arquiteto que desejaram ter em suas ruas um estilo particular. Assim como Gaudi constitue um símbolo em Barcelona, ou Calatrava da Valência mais moderna, Friedensreich Hundertwasser, nome inventado por Friedrich Stowasser é o arquiteto da Viena mais vanguardista.
O arquiteto austríaco, nasceu em Viena em 1928 e tomou o barco, na mesma cidade, em 2000. 
Comprometido com o meio ambiente e com a busca harmônica de curvas e cores, rechaçava as linhas retas do autoritarismo.
Hundertwasser fundou uma corrente que ele mesmo denominou de transautomatismo, uma espécie de surrealismo centrado na interpretação subjetiva do espectador.
El País

ER

MOÇA BONITA


HILDA HIST & JOHN LENNON



Hoje na Ilustríssima - Folha - Do Alcir Pécora

"..Dos tantos relatos incríveis que ouvi de Hilda, repasso um, na qual tive um pequeno papel e, temo dizer, também um papel pequeno. Certo dia, ela me contou que, num disco de John Lennon que ela ouvira, numa rádio local, uma voz dizia em português de Portugal: "E se eu dissesse que Deus era o Amor".
"Que disco é esse, Hilda? Você se lembra ao menos do título da música?", lhe perguntei. Tudo que ela recordava era que chegara a ligar para o DJ da rádio de Campinas pedindo-lhe para tocá-la novamente e que ele mencionara tratar-se de um disco de Lennon em parceria com outro cantor. Não tinha ideia do nome, mas acudiu-lhe um pormenor: o DJ dissera que a faixa estava no lado B do LP.
Não me ocorria nenhum álbum inteiro que Lennon partilhasse com outro cantor, a não ser um, que eu tinha em minha coleção: "Pussy Cats", de Harry Nilsson. Tão logo deixei Hilda, fui direto para casa e me pus a ouvir o lado B do disco, com os ouvidos colados no aparelho de som.
Não precisei esperar muito para levar um susto: já ao fim da primeira faixa do lado B, ouvi a tal voz sussurrar qualquer coisa próxima de "Se eu dissesse...", com sotaque português. Não entendia bem o resto, mas aquele início de frase soava mesmo espantosamente lusitano.
Tratava-se do cover de "Save the Last Dance for Me", um velho R&B de autoria de Doc Pomus e Mort Shuman, que alcançara o topo das paradas, em 1960, com The Drifters. Manejando o equalizador, fui tentando separar o som instrumental e os backing vocals dessa voz ao fundo, que finalmente se revelou bem clara.
Desgraçadamente, não havia português algum, mas sim as palavras que davam título à canção, escandidas de um modo particular. "Save the Last Dance for Me" soava próximo de "Sei/di/lés/déns/fer/m´ou", graças a um "o", que finalizava a vocalização. Ou seja, a sequência guardava coincidências fonéticas com "S´eu/di/sés/deus/ér´/mor".
O que faltava para ser exatamente "E se eu dissesse que Deus era o Amor" era um nada para a fina sintonia de Hilda, acostumada a distinguir frases inteiras nos chiados entre as estações do rádio.
No dia seguinte, tomado menos pela emoção do espírito científico do que pela do espírito de porco, contei-lhe a minha descoberta que, a bem dizer, anulava a dela.
Ela ouviu tudo pacientemente, duvidou aqui e acolá, me explicou tudo de novo, como se eu não tivesse ouvido bem, e, enfim, menos desconsolada do que consolando a mim, gentilmente mudou de assunto.
Meses depois, ela me contou a mesma história sobre John Lennon e a frase lusa, sem qualquer menção ao meu reparo anterior. Me senti perdoado.
 
Alcir Pécora, é professor de teoria literária da Unicamp, autor do livro "Máquina de Gêneros" (Edusp) e organizador de "Por Que Ler Hilda Hilst" (Globo).
 
ER

NAU SEM RUMO