Penso que o balanço deve ser feito toda a noite antes de dormir. Como o presidente decidiu e a justiça questionou, não é necessário a sua publicação na imprensa. Balanços pessoais feitos no final do ano são afetados pelo clima, pelos sons, pelos sorrisos e infelizmente, até pelas mesas postas.
Mas vamos lá, questionado que fui por uma pessoa querida.
A melhor coisa que a Administração de Itajubá fez nesses 7/8 anos, foi o Restaurante Popular. Embora creia que possa ser ainda mais popular, disponibilizando o acesso, quase gratuito, a uma sopa com pão. Não deve ser fácil dormir num chão duro, sem cobertas e com o estômago vazio.
A reforma do Calçadão ficou muito boa, exceto pela feiura do palco caixote e pelas contas de empreiteiras não explicadas.
O Teatro foi extraordinário. O sistema de parceria entre os compradores do prédio industrial da Cabelte e Prefeitura deu certo. Conheci-o na semana passada (piso superior) numa rápida passada para assistir exclusivamente a apresentação da Sofia, artista da família.
O Parque Municipal ficou bonito. Causa apreensão a proximidade do público com o privado.
Presumo que as contas da Prefeitura andam em dia. Salários e 13º, bem como fornecedores. Hoje no Brasil é muito difícil. Sinal que o encarregado do cofre e responsável pelos compromissos é compromissado.
A Administração falhou feio no desenvolvimento e criação de empregos na cidade. A ideia de uma empresa expandir ou investir na cidade é um tipo de venda. Criatividade e principalmente credibilidade, com perspectivas de continuidade é fundamental. A fuga da PKC (mão de obra intensiva) foi uma bobeira sem precedentes.
O fechamento do Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia foi de uma burrice política sem precedentes na história da cidade. Terá que ser revista.
O não atendimento de pedidos de informações (ou demora em conceder) vindas de vereadores independentes da Câmara, provocando pedidos de ajuda junto ao Ministério Público tem sido um erro. O agrupamento de maioria de vereadores tornando-os cativos de ideias é anti-democrático.
A paralisação das obras do Laboratório de Extra-Alta Tensão do Senai poderia ser contornado, ou mesmo evitado, se as autoridades locais não jogassem todas as suas fichas no desgastado grupo cni/fiemg. Falta de aviso é que não foi.
Faltou jogo de cintura e ajuda à Helibrás para a continuidade da construção do aeroporto, que precisa ser considerado fundamental para pista de testes. Lembrando da construção e inauguração do Catarina Aerporto Executivo, em São Roque, às margens da Castelo Branco, que possibilitará o fechamento do Campo de Marte, onde a Helibras tem uma unidade.
Sem comentários a insistência no aterro da Várzea do Ribeirão Piranguçu. Sem falar na intervenção ambiental, torna-se indefensável o direcionamento empresarial. Será impossível conquistar novos investimentos, principalmente de Mahle.
O gasto com distração em valores elevadíssimos, poderia ser melhor empregado, por exemplo, com investimentos na infra-estrutura do Parque Tecnológico em área cedida pela Unifei.
Pelo que se comenta, a chapa para concorrer em 2020, formada pelo Christian Gonçalves e Prof. Nilo Baracho, terá dificuldades na eleição. São pessoas educadas, bem formadas e leais. A lealdade ao prefeito que os indicará, não permitirá que, no programa de governo a ser apresentado, mudarão o "estado das coisas". Quem está satisfeito e feliz com o "status quo" seguirá junto. Quem não, buscará alternativa. É a vida.
Como se vê, tudo possível de ser discutido, tratado e alcançado a necessária harmonia.
Pessoalmente, com raríssimas exceções, continua prevalecendo o respeito e a aceitação que pensamentos diferentes levam ao crescimento.
É muito difícil mudar os passos quando se ouve a mesma música entoada pelo círculo próximo, normalmente formado por músicos que têm algum interesse.
Viver é Perigoso