Em 2012 andei lendo o escritor húngaro Sandor Marai. Poeta, dramaturgo, um dos maiores escritores da língua húngara, autor de mais de sessenta livros. Um homem triste, que tomou o barco por iniciativa própria em 1989.
Postei (27/9/2012) - já lá vão 10 anos - um pensamento dele, que no momento me pareceu próximo do real.
"Um dia acordas e esfregas os olhos: já não sabes porque acordaste. O que o dia te traz, conheces tu com exatidão: a Primavera ou o Inverno, os cenários habituais, o tempo, a ordem da vida. Não pode acontecer nada de inesperado: não te surpreende nem o imprevisto, nem o invulgar ou o horrível, porque conheces todas as probabilidades, tens tudo calculado, já não esperas nada, nem o bem, nem o mal... e isso é precisamente a velhice."
No mesmo dia recebi um comentário da grande amiga culta, Gilda Riera
" Um dia nunca é igual ao outro, as estações estão cada vez mais diferentes a cada ano que passa. E, tudo é inesperado e te surpreende. E, para mim, envelhecer é se tornar mais doce como as ameixas, as passas e os damascos. A vida não é uma ciência exata. Aí está a beleza da vida . A vida é acima de tudo: SUPERAÇÃO "
Resultado: caí na real e agradeci a Gilda.
Viver é Perigoso