A médica Luana Araújo, infectologista que ocupou por 10 dias o cargo de secretária de enfrentamento da covid-19 no Ministério da Saúde, apontou o diagnóstico precoce dos pacientes com suspeita do novo coronavírus como principal urgência no combate à pandemia no país.
"Existe uma dificuldade das pessoas compreenderem a diferença entre abordagem precoce de um paciente e o tratamento precoce.
Um paciente com suspeita de covid precisa se abordado precocemente. E o que significa isso? Ele precisa ser abordado precocemente, ter acesso ao diagnóstico imediato. E a gente sabe que existe uma dificuldade sobre isso. Ele precisa do diagnóstico imediato, ser educado sobre as medidas de isolamento social, quanto à evolução da doença e precisa ser monitorado, principalmente, contra uma situação que é a queda da saturação nos níveis de oxigênio do sangue da pessoa sem que ela perceba.
Sobre o tratamento precoce:
"Se o senhor (em respostas ao Senador Eduardo Girão do Podemos -CE), não quiser levar a OMS em consideração, é de direito, mas, aí, a gente vai precisar ignorar o NIH, que é o serviço de saúde britânico; a gente vai precisar ignorar o CDC, que é o Centro de Controle e Prevenção de Doenças; a gente vai precisar ignorar o FDA, que é a agência americana de alimentos e drogas; o EMA, que é a agência europeia de medicações; a IDSA, que é a Sociedade Americana de Doenças Infecciosas”. Todas essas instituições têm exatamente a mesma posição contrária sobre o tratamento precoce.
Essa é uma discussão delirante, anacrônica, esdrúxula e contraproducente. Estamos na vanguarda da estupidez mundial em vários aspectos, porque estamos discutindo algo que não tem cabimento. É igual discutir de qual borda da terra plana vamos pular”.
Viver é Perigoso