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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

ALGUMA COISA ACONTECE...


No meu primeiro emprego como engenheiro, trabalhei por quatro anos no centro antigo de São Paulo. Comecei ali em janeiro de 1974 e fui até o final de 1977. Bons tempos, bons amigos e muita aprendizagem. Perdi o medo natural que nós mineiros tínhamos da Capital Paulista.

Com um mês de São Paulo, mais exatamente no dia 01 de fevereiro, presenciei ao vivo, das janelas do prédio onde trabalhava, o incêndio do Joelma, na Praça das Bandeiras. Cerca de 200 pessoas tomaram o barco. Aconteceu numa sexta-feira, antes do almoço. Catei minha bolsa, fui caminhando para a rodoviária, que ficava também no centro, tomei o primeiro Transul para a terrinha, com o firme propósito de não voltar mais.

Não deu. Na segunda-feira já estava lá de volta.

Diariamente almoçava com os amigos do trabalho nos restaurantes das proximidades das Praças da Sé, João Mendes, Patriarca, em ruas periféricas. Batia ponto nas livrarias e sebos da João Mendes.

Era tranquilo. Vez por outra uma correria provocada por um rapa da polícia e fiscais e por, novidade na época, ação de um trombadinha.

Estive durante a semana passada, levado por obrigações, circulando pelo centro velho da cidade. Assustador e escreveria sobre isso, quando leio o que Carlos Alberto Di Franco escreveu no Estadão:

"Você, amigo leitor, tem ido ao centro antigo de São Paulo ? Faça o teste. É um convite à depressão. É uma cidade assustadora: edifícios pixados, prédios invadidos, gente sofrida e abandonada, prostituição a céu aberto, zumbis afundados no crack, uma cidade sem alma e desfigurada pelas cicatrizes da ausência criminosa do poder público."

Voltando: Não existe mais a presença da Bandinha do Exército da Salvação recolhendo donativos e mesmo, pregadores evangélicos com rápidos sermões e distribuição de conselhos impressos.

É a vida...Creio que desistiram.

Viver é Perigoso
   

É DISCO QUE EU GOSTO



"Quando parecer que a noite vai durar para sempre
E não houver mais nada a fazer a não ser contar os anos
Quando as cordas do meu coração começarem a se romper
E pedras, em vez de lágrimas, caírem dos meus olhos 
Caminharei só ao longo do rio lamacento
E sonharei um sonho só meu
Caminharei ao longo do rio lamacento 
E cantarei para mim um canto só meu."

Jerome John Garcia, simplesmente Jerry Garcia, um dos maiores símbolos da contracultura em todos os tempos. Líder por 35 anos do Grateful Dead. 
Garcia, nasceu em 1942 e tomou o barco em 1995, tudo acontecendo na Califórnia. Seu corpo foi cremado e as cinzas lançadas, parte no Rio Ganges, na Índia e parte no oceano, de cima da Ponte Golden Gate.

Viver é Perigoso

ÊPA !


Art. 196 - Constituição Federal

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Viver é Perigoso