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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A VIDA DE KEITH RICHARDS

Matthew Shirts - OESP

"Todo mundo ama música. Mas o que você quer mesmo, diz Tom Waits, é que a música ame você".
"E era assim que me parecia com Keith. É preciso ter um certo respeito pelo processo. Você não a escreve, é ela que escreve você. Você é sua flauta ou trompete; é suas cordas. Isto é óbvio no caso de Keith."
Os dois músicos, lendas da minha geração, trabalharam juntos no disco de Waits chamado Rain Dogs. No livro Life, autobiografia de Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones, escrita com a ajuda de James Fox e lançada há pouco, quem conta a história de colaboração e amizade dos dois é Waits. Este é apenas um pequeno trecho do seu depoimento. É lindo o que Waits escreve sobre Keith.

Comprei Life há duas semanas na livraria Barnes & Noble da pequena cidade praiana de Del Mar, na Califórnia, onde fui criado nas décadas de 60 e 70, justamente quando os Rolling Stones estouraram nos Estados Unidos. Ouvi o disco Aftermath na minha infância, Let it Bleed, Beggar"s Banquet e Sticky Fingers na adolescência. Todos em Del Mar. Ao tirar carta de motorista, em 1975, uma das minhas primeiras iniciativas foi uma pequena viagem até Los Angeles com o carro do meu pai, uma perua Volvo, se a memória não me falha, para assistir ao show Exile on Main Street, dos melhores dos Rolling Stones. Bons tempos aqueles. E fortes. Cada novo disco dos Stones era um evento religioso. Ouvíamos eu e meus amigos sem parar durante dias, quiçá semanas, tal como os discos dos Beatles, do Bob Dylan, do Cream.

Naquele tempo o rock-n"-roll era assombroso. Cada hit novo provava que tudo era possível. Não existiam limites. Era arte aquilo, pelo menos nos seus melhores momentos, e era para as massas. Foi aí, creio, que todo mundo começou a querer ser artista. Eu, inclusive.

Não sei bem o que eu esperava de uma autobiografia de Keith Richards. Faz algum tempo já que não coloco um CD dos Stones na vitrola. Estava de passagem pelos Estados Unidos quando a comprei. Parei na Califórnia para ver meus pais na volta de uma viagem de trabalho ao Japão. Entrei na livraria à procura do último de David Sedaris e ali estavam, logo na entrada, 50 exemplares de Life. É um livro grande, 550 páginas, de capa dura e papel macio. Não iria conseguir sair de lá sem o livro. Soube disso no instante que o vi. Meu velho pai, que estava comigo na livraria, desenvolveu argumentos contrários à compra, é claro. Ele é adepto de novas tecnologias. Ama o Kindle, o leitor digital da Amazon. Tentou me convencer a adquirir a versão digital da obra. "Deve pesar dois quilos isso aí, meu filho", dizia. "E você vai levá-lo ao Brasil! Em 2010! Não tem sentido."

Em termos tecnológicos, meu pai está mais adiantado do que eu. Sem dizer que não morre de amores pelo rock-n"-roll, principalmente na sua versão mais abusada, drogada e louca, ou seja, a versão do Keith Richards.

Terminei o livro há poucas horas. Comecei no aeroporto de Dallas, na viagem de volta para São Paulo. Ontem meu filho caçula Samuel reclamou: "Você não larga esse livro." Já estou no fim, garanti-lhe.

Life é repleto de fofocas que não me interessam tanto. A relação com Mick Jagger perpassa o livro todo. Keith responde ao boato de que teria trocado diversas vezes de sangue na Suíça. Passa anos dolorosos, para mim, viciado em heroína, escapando por pouco da cadeia, graças, e sobretudo, à fama e aos advogados caros. São engraçadas as histórias, mas algumas delas parecidas entre si.

Mas Keith acaba jogando luz própria sobre a era do rock-n"-roll. É esta, acredito, a prova dos noves. O livro é bonito e comovente. O filho Marlon colabora com diversos textos. Ele acompanhou o pai, na sua fase mais drogada, em turnê, sozinho, aos 7 anos de idade. Sua perspectiva é reveladora e carinhosa, tal como a visão do Keith.

Life trata de música e amizade, sobretudo. Keith teve abundância das duas. O que mais se pode pedir da vida?

Matthew Shirts







MOÇA BONITA

SCARLETT JOHANSSON

Atriz, cantora e modelo americana, nascida em 1984. Seu nome foi uma homenagem à protagonista do filme "E o vento levou", Scarlett O´Hara.
Em 2006, foi eleita pela revista "Esquire", a mulher mais sexy do mundo.
Começou a carreira na Broadway. No cinema começou em 1994, num pequeno papel no filme "O Anjo da Guarda".
Consagrou-se no cinema no filme "Encontros e Desencontros", de Sofia Copolla, em 2003. Muito sucesso no cinema.
Moça bonita.

ER 

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

(A Rainha)

LIVRO, PRESENTE DE AMIGO.

Terminei de ler o livro 1808 de Laurentino Gomes
Confesso que apesar de ser um livro bem jornalístico fiquei impressionada com a aventura e a audácia de D. João Vl e a família Real.
O livro encanta pela forma deliciosa de narrar acontecimentos históricos tão importantes.
Ele prende a atenção não só pelo conteúdo, mas por despertar-nos para a historia fascinante da Corte Portuguesa e nos faz entender o Brasil de 200 anos atrás e sua importância para a nação que somos hoje.
É um livro empolgante!
Com uma linguagem cinematográfica o livro nos faz viajar junto com a realeza e conhecer em detalhes a viagem que mudou a história do Brasil.
A obra é importante para sabermos como se deu o processo da primeira etapa de modernização do país.
O livro tem mais de 400 páginas e nelas o autor nos coloca a par das mudanças culturais e econômicas que alavancaram a colônia.
Passei a ver D. João Vl como um estrategista brilhante que fez com que a Casa Real de Portugal se tornasse a unica da Europa Ocidental, a fazer frente à Napoleão Bonaparte.

Quem ainda não leu, vale a pena conferir!

Bah




EU SO QUERO UM XODÓ

Dominguinhos completará em fevereiro 70 anos. Pernambucano de Garanhuns, tocou muito com o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Dominguinhos, que tem sérios problemas de saúde, continua se apresentando pelo País afora. Músico, cantor e compositor de muito sucesso, nunca aprendeu a ler partitura musical.
Conterrâneo do presidente Lula, tem uma posição bem diferente do imaginado.
Dominguinhos fale sobre Lula:
"O papel dele é este: é o novo coronel do voto de cabresto. Tudo aconteceu nesse sentido. A gente vê menina nova tendo filho para ter dinheiro. Não gosto disso. O nordestino é muito trabalhador se não tiver moleza. Se tiver, não trabalha mais. Hoje em dia nem roupa usa mais. A moçada bota um short, uma camiseta, fica de sandália: só quer a mixaria alí para sobreviver."

(Plínio Fraga - AFSP)

ER  

SARNEY DESINTERESSADO ?

(Benett - Gazeta do Povo)

GANGORRA DO MUNDO


No período entre 1845-1852 aconteceu a "Grande Fome" na Irlanda. Um milhão de irlandeses emigrou e outro um milhão de pessoas morreram. Em 2004, a Irlanda encabeçou a lista da revista "Economist" sobre os melhores 100 países para viver. Muitos jovens itajubenses estiveram ou ainda estão estagiando por lá.
A coisa voltou a se complicar de forma assustadora. O desemprego já beira a casa dos 15%. Na crise mundial de 2008, o governo ofereceu  400 bilhões de euros para socorrer o setor financeiro. Quatro dos cinco maiores bancos do país foram estatizados.
O País espera para hoje o socorro financeiro vindo do FMI e da União Europeia, no montante de 100 bilhões de euros.
Dizem os próprios irlandeses: " O tigre celta está morto e enterrado".
Como estamos em uma gangorra, os que estão lá em cima hoje, têm grande possibilidade de estar lá embaixo amanhã.

Me preocupa "trem bala", caças franceses, submarinos nucleares, e blá, blá, blá...

ER

COM VIAGEM AÉREA PROGRAMADA ?

Preparem-se para o "sufoco" nos aeroportos em dezembro. O bicho vai pegar. Na segunda quinzena de dezembro/2009, passaram pelos aeroportos brasileiros, 3,5 milhões de passageiros.
A infraestrutura não melhorou grande coisa desde então. Previsão de passageiros para a segunda quinzena de dezembro/2010: 5 milhões de passageiros.
Vão faltar até carrinhos para transportar malas.
E olhem que o aeroporto de Itajubá ainda não foi inaugurado (Está praticamente pronto. Só falta definir onde vai ser).
Que tal fazer reservas no Gardenia ou no Marron ?

ER

RIO DE JANEIRO OLÍMPICO

Modelo de carro ideal para uma visita ao Rio de Janeiro.
A Polícia está ocupando os morros e desalojando o pessoal do crime, que passa a atuar de forma mais presente em outras regiões.
Ontem á tarde na Linha Vermelha, os "elementos" puseram fogo em três carros. Atacaram com granada um veículo da Aeronáutica. Pintaram e bordaram, proporcionando pânico geral.
Mais à noite, na Via Dutra, três homens armados com fuzis atacaram motoristas na altura do Km164, no sentido de São Paulo. Onde? Em frente a Superintendência da Polícia Federal. Um tiro atingiu a cabeça de um motorista que viajava com a mãe.
Na rua Presidente Carlos Campos, em frente ao Palácio Guanabara, nas Laranjeiras, quatro homens armados com pistolas fecharam o trânsito e fizeram um arrastão. Foi o décimo desde setembro.
Na Rua Bogari, na Fonte da Saudade, criminosos roubaram pertences de seis motoristas. As chaves dos carros foram levadas pelos bandidos.
Copa do Mundo e Olimpíadas ? Vai ser uma festa.
Para quem tem filhos, familiares e amigos morando e trabalhando na cidade maravilhosa, tédio não existe.

ER   

NÃO ADIANTA FUGIR DO ASSUNTO

A questão volta às manchetes dos jornais e da TV, face as absurdas violências homofóbicas cometidas diariamente.
Sobre o assunto, em abril de 2007, o posicionamento da Igreja Presbiteriana do Brasil, foi publica pelo Reverendo Roberto Brasileiro, Presidente do Supremo Concílio da Igreja:


"...Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica e caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.
...Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada Lei da Homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática da homossexualidade não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas as orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.
Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo.

Blog: É uma questão que tem que ser pensada. Não adianta simplesmente afirmar "cada um no seu quadrado".

ER

SITUAÇÃO INCÔMODA


Escreveu Ricardo Noblat:

"...Lula faz de conta que não se mete com a formação do novo governo. Afinal, pegaria mal junto ao distinto público aparecer como tutor da presidente eleita. Mas é só o que ele tenta ser.
Outro dia cometeu o ato falho de dizer que Dilma deveria se sentir à vontade para montar seu governo como bem o desejasse.
Por falta de cabimento, jamais se ouvira algo parecido da boca de outro presidente em fim de mandato.
OK, Lula é diferente de todos. O fato é que na história recente do país, a situação de Dilma lembra a de José Sarney, o vice que com a morte de Tancredo Neves se tornou o primeiro presidente civil depois da ditadura militar de 64.
Sarney herdou um ministério nomeado de véspera por Tancredo. Governou com ele durante mais de um ano. E mesmo quando reformou o ministério, seguiu até o desfecho do seu mandato como refém do PMDB, o partido de Tancredo e de Ulysses Guimarães, na época o condestável da Nova República.
Do fim da eleição para cá, saiu de cena a Dilma que fazia tremer os colegas de governo – e que um dia fez chorar o presidente da Petrobras. Sim, esse mesmo que Lula quer manter no lugar.
A Dilma briguenta, do “vamos à luta” contra José Serra e aqueles empenhados em interromper a reinvenção do Brasil, foi arquivada quando prometeu governar para todos os brasileiros.
Entrou a Dilma que chora em público. Que rende homenagens ao PT. E se diz decidida a governar com todos os partidos que a ajudaram a se eleger – e mais aqueles que se ofereçam para apoiá-la daqui para frente.
A nova Dilma é um personagem ainda em construção. Sem dúvida, muito mais atraente e complexo do que o outro.
Cultiva uma preocupação que faz sentido. Enquanto Lula não quer ser visto como o mandão contumaz, ela não quer ser vista como a ingrata, a desleal, aquela que mal foi eleita deu logo as costas para o principal responsável por sua eleição.
Outro dia, Dilma também incorreu num ato falho ao dizer que “presidente não precisa ser celebridade”.
Feita por Serra, por exemplo, a observação soaria como uma crítica a Lula, que persegue os holofotes e terá dificuldades para viver longe deles.
Feita por Dilma foi entendida como a antecipação de um novo estilo de governar. Mais para o recato do que para o exibicionismo. Para a modéstia do que para a arrogância. Tomara que assim seja.
Não existe almoço grátis, costumam repetir os economistas. Alguém sempre paga a conta.
Também não existe eleição grátis. É o que parece querer dizer Lula quando se apressa em indicar aspirantes a peças chaves do governo Dilma – Guido Mantega, Palocci, Henrique Meirelles, Paulo Bernardo, Nelson Jobim e Gilberto Carvalho, entre outros.
Pobre Dilma.
Ganhou o direito de suceder a Lula. Agora luta em silêncio e com uma habilidade insuspeitada para ganhar também o direito de governar. Assim como aconteceu com Sarney, que um dia afirmou: “Você governa o governo. Mas você não governa o tempo que governa”.

A Era Lula está longe de acabar.

ER

BELA HERANÇA