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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

SÓ BLUES !

ESQUERDA E DIREITA


Olin-Pin, abastado negociante de óleos e arroz, vivia numa imponente mansão em Kin-Tipê. A sua posição social e a sua mansão só não eram perfeitas porque, à direita e à esquerda da propriedade, havia, há algum tempo, dois ferreiros que ferreiravam ininterruptamente, tinindo e retinindo malhos, bigornas e ferraduras. Olin-Pin, muitas vezes sem dormir, dado o tim-pin-tin, pan-tan-pan a noite inteira, resolveu chamar os dois ferreiros, e ofereceu a eles 1000 iens de compensação, para que ambos se mudassem com suas ferrarias. Os dois ferreiros acharam tentadora a proposta (um ien, na época, valia mil euros) e prometeram pensar no assunto com todo empenho.
E pensaram. E com tanto empenho que, apenas dois dias depois, prevenidamente acompanhados de oito advogados, compareceram juntos diante de Olin-Pin. E assinaram contrato, cada um prometendo se mudar para outro lugar dentro de 24 horas. Olin-Pin pagou imediatamente os 1000 iens (que a essa altura já eram 10.000) prometidos a cada um e foi dormir feliz, envolvido em lençóis de seda e adorável silêncio. Mas no dia seguinte acordou sobressaltado, os ouvidos estourando com o mesmo barulho de sempre. E, quando ia reclamar violenta e legalmente contra a quebra de contrato, verificou que não tinha o que reclamar. Os dois ferreiros tinham cumprido fielmente o que haviam prometido. Ambos tinham se mudado. O ferreiro da direita tinha se mudado pra esquerda e o da esquerda tinha se mudado pra direita.

MORAL: CUIDADO QUANDO A ESQUERDA E A DIREITA ESTÃO DE ACORDO.

Millor

Viver é Perigoso

PONTO FINAL

Nosso Diretório 
DESAPROPRIAÇÃO DO DIRETÓRIO ACADEMICO - NOTA DA REITORIA DA UNIFEI
assunto sobre a possível desapropriação da sede do Diretorio Acadêmico (DA), atual Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), tem sido objeto de manifestações variadas tanto nas redes sociais, quanto em matéria recente no Jornal O Sul de Minas, com notas do próprio DCE e da Associação de Ex-alunos da Unifei (ADUNIFEI) e mesmo da Prefeitura Municipal de Itajubá.
De fato, em minha condição de Reitor da Unifei, assim como na de ex-aluno, a mera possibilidade de que uma desapropriação da sede histórica de nosso Diretório Acadêmico possa ocorrer, provoca-me genuíno espanto e consternação. Pelas reuniões que tenho participado e pelas manifestações que tenho conhecimento ouso dizer que essa percepção é compartilhada pela grande maioria dos ex-alunos da Unifei, bem como por parte da nossa comunidade acadêmica.
Para bem expressar um pouco sobre a importância dessa belíssima história que foi o esforço coletivo para construção da sede do DA e sua existência ao longo dos anos e décadas em nossa cidade, gostaria de apresentar alguns dados que podem ser úteis àqueles que possivelmente aventem a possibilidade de uma desapropriação.
A sede do DA foi construída em meados do século passado com doação de terreno e sua construção realizada pelo esforço conjunto de alunos, ex-alunos com a participação efetiva de parte da própria comunidade itajubense. Apenas para registro, foi na gestão de Aureliano Chaves – nosso caro ex-aluno e Vice-Presidente da República – a quem coube finalizar a construção e inaugurar a sua sede em 1951 e que, junto com uma comitiva de estudantes, foi recebido por Getulio Vargas, então Presidente da República, para uma reunião que iniciou as tratativas para a federalização do IEI (Instituto Eletrotécnico de Itajubá)para se tornar EFEI (Escola Federal de Engenharia de Itajubá), hoje Unifei. Essa sede, segundo alguns, uma das primeiras, é considerada a maior do Brasil, nos é muito cara pelos muitos que aqui passaram e pelo que ela representa para os valores dessa instituição. Sonhos e ideais próprios da juventude de muitos de nós foram forjados em suas dependências e, porque não mencionar, amores e casamentos também o foram.
Portanto, pelas razões acima e por tantas outras cuja menção não é possível descrever nessas linhas, o entendimento da Reitoria da Unifei sobre a mera possibilidade de desapropriação é que este tema é um absoluto equívoco, o qual não deveria ter sido sequer aventado. As tratativas iniciais – que nós bem sabemos como se desenvolveram - aconteceram de maneira particularizada  sem uma prévia e necessária discussão interna, com o alunato, os ex-alunos e a Reitoria da Unifei.
Por um lado, essa administração fica aliviada em saber que essa possibilidade não prosperou. Por outro, devo dizer que ainda nos preocupa o fato dela poder ser ainda aventada em algum momento futuro, visto que o poder público pode, com respaldo da Câmara de Vereadores, efetivar projetos de desapropriação. Ainda bem que não chegamos a esse ponto e espero que tal não ocorra. Em nosso entendimento, caso esse assunto estivesse em andamento, teríamos uma grande comoção na comunidade acadêmica e mesmo na itajubense. Seria, a meu ver, um desnecessário desgaste político e de esforços, os quais entendemos, devam ser carreados para prioridades de maior monta. A Reitoria da Unifei acredita que o Sr Prefeito Rodrigo Riera e as demais autoridades municipais – como assim expresso em nota publica a respeito do tema - possuem a necessária sensibilidade política e entendem a relevância desse tema para a Unifei assim como, em consequência, sepultarão definitivamente qualquer iniciativa desse gênero.
Nós da Unifei comungamos de certos valores que nos são muito preciosos, nossa história, nosso legado e, nesse sentido, sempre envidaremos todos os esforços para que eles sejam preservados. Afinal, são eles que nos fazem ser o que somos. Agindo assim, somos da crença de que estaremos contribuindo, como sempre fizemos, para o progresso e cidadania das localidades em que atuamos.
Prof Dagoberto Alves de Almeida
Reitor da UNIFEI
Blog: Devidamente esclarecido e com todo o cavalheirismo possível. Ponto final, acreditamos.
Viver é Perigoso   

A MENTE RADICAL

João Pereira Coutinho - ^Para a Folha..

''Todos conhecemos pessoas que nasceram na extrema-esquerda e viraram à direita. O inverso também acontece, embora seja mais raro. E que vemos nós?

Exato: a linguagem mudou, mas a postura radical permanece. Nada disso é novo: quando a Revolução Francesa abismou a Europa e o mundo, vários foram os intelectuais que aderiram emocionalmente à queda da Bastilha.

Mas quando a Revolução Francesa se converteu em terror e virtude, com o sanguinário Maximilien de Robespierre, os revolucionários do passado converteram-se nos contrarrevolucionários do presente. Os poetas Coleridge ou Wordsworth são apenas dois exemplos de como é possível passar de um extremo ao outro com a velocidade de um relâmpago.

Se assim foi nos séculos 18 e 19, que dizer do século 20 e das lutas ideológicas em que ele foi pródigo? Daniel Oppenheimer, em "Exit Right: The People who Left the Left and Reshaped the American Century", conta parte dessa história no contexto americano. Conclusão principal?

Nomes como Whittaker Chambers (ontem) ou David Horowitz (hoje), para citarmos apenas dois conhecidos "intelectuais públicos" que começaram na esquerda radical antes da virada para a direita, mudaram menos do que imaginamos.

Sim, eles tornaram-se inimigos do comunismo e de todos os "idiotas úteis" que tornaram a aberração marxista possível. Mas, ao escolherem o polo oposto, eles foram incapazes de abandonar a violência intelectual e verbal que sempre os definiu. Mudaram as palavras, mas nunca a "forma mentis".

E não mudaram essa "forma mentis" porque, para sermos rigorosos, eles nunca pensaram politicamente sobre nada. Num texto antigo, com o título singelo "A Teoria Política Ainda Existe?", Isaiah Berlin afirmava que só pode existir política quando existem diferentes concepções do bem em disputa.

Mais: só existe política quando somos capazes de reconhecer que o nosso interlocutor pode ter razões válidas para defender o que defende. Naturalmente que Berlin não falava de posições totalitárias, nas quais não é possível diálogo nenhum. Apenas das inevitáveis diferenças pluralistas que qualquer sociedade democrática comporta.

A mente radical, esteja na esquerda ou na direita, não pensa de igual forma. A política não é uma "discussão"; é uma "guerra". Aqueles que discordam de nós não são apenas "diferentes"; são "inimigos", como diria Carl Schmitt, o famoso jurista do Terceiro Reich.

E, quando a política é uma "guerra" e os outros são "inimigos", a conclusão lógica é que eles devem ser "destruídos".

Quando tudo isso acontece, já não falamos de política; falamos de religião. E não interessa se o indivíduo defende uma religião "de esquerda" ou uma religião "de direita". Ele continua a pensar, não com premissas racionais –mas com dogmas de fé. Ele é, no sentido preciso da palavra, um "crente"; e, quando ele perde a "crença" na bíblia da esquerda radical, ele "converte-se" ao catecismo da direita.

Conheço casos: gente que militou na extrema-esquerda e que, algures na vida, encontrou uma estrada de Damasco para a direita. Verdade que alguns conseguiram essa proeza sem transportar a alma dogmática para o outro lado. São os "happy few", que abandonaram os confortos ilusórios do dogma para viverem na fragilidade da dúvida. Mas a maioria fugiu do radicalismo para abraçar uma nova fé com igual radicalismo. Para esses, mais importante do que tentar entender a natureza da política é encontrar um novo manual que ensine como eles devem agora olhar para a política. No fundo, continuam a ser escravos do livro e não estudiosos da realidade.

Infelizmente, não existe nenhum manual capaz de explicar a complexidade das sociedades humanas e a matéria imperfeita de que somos feitos. E existem certos dilemas –na economia, na moral, na política externa– que não têm nenhuma resposta "prêt-à-porter". Acreditar que essas respostas existem é acreditar em charlatões que pretendem subjugar o mundo e os outros a uma cartilha pessoal.

Paradoxalmente, esse é o único conselho que deixo a alunos ou leitores: não acreditem nos conselhos de quem tem todas as respostas mesmo antes das perguntas existirem.''

Folha de São Paulo

Viver é Perigoso

É A VIDA...

Escuto tanto falar no atual patrono político de Itajubá, Deputado Bilac Pinto que fui dar uma olhada no Google. 
Família de nobre estirpe, principalmente política, do Sul de Minas. 
O Avô do Deputado, Olavo Bilac Pinto, udenista de quatro costados, nasceu em Santa Rita do Sapucai, em 1908. Tomou o barco em Brasília em 1985.
Foi deputado estadual, cassado em 1937, deputado federal por várias vezes, Secretário das Finanças no governo mineiro, na Administração Magalhães Pinto, favorável a Revolução de 1964, Ministro do Superior Tribunal Federal e Embaixador do Brasil na França.
Homem importante na República.
Fez oposição ao Getúlio Vargas e ao Juscelino Kubitschek, o que não deve ter sido fácil.
Já o Bilaquinho, também Deputado Federal (Olavo Bilac Pinto Neto), para minha surpresa, é carioca.
Já foi Secretário de Estado nos governos Aécio e Anastasia. Ah ! Foi do PFL e DEM, estando agora filiado ao PR.
Segundo a internet, já foi homenageado com o título de cidadão honorário de diversas cidades do Sul de Minas. Chama a atenção não constar da relação, Santa Rita do Sapucaí e Itajubá.
Se a informação procede, estaria na hora dos vereadores da terrinha tomar as devidas providências.
Em tempo, a razão da busca, foi estarmos diante do político mais influente na cidade nos tempos atuais.

Viver é Perigoso

COELHINHO DOS SILVA