O fracasso momentâneo do livro digital paulista
Extrema polêmica entrou o governo de São Paulo. O Secretário de Educação meio afoito noticiou que não pegaria 10 milhões de livros escolares do MEC. Do Programa Nacional do Livro Didático, o PNLD. São Paulo ofereceria aos seus alunos livros digitais.
Renato Feder é o secretário da área. Foi secretário de Educação e Esportes do Paraná. Com sucesso colocando o Estado em 1º lugar no IDEB. Dada a situação caótica da educação no Brasil no governo anterior um feito. Chamou atenção do Governador eleito Tarcísio. Foi nomeado.
Feder administrador/empresário, projetou a empresa Multilaser de simples recicladora à grande empresa nacional. Numa justificativa polêmica declarou sobre os livros impressos: "a secretaria avaliou que perderam conteúdo, profundidade, estão superficiais".
Quais especialistas foram ouvidos? O Conselho Estadual da Educação? Como mudanças dessa magnitude não pegaram bem. Governo estadual teve que recuar. Diz o governador que vai imprimir o material. Quando uma coisa mesmo boa começa mal, difícil corrigir.
Gastar nossos recursos estaduais sendo que os livros do MEC são de graça? Como salienta Élio Gaspari: “Nenhum país foi para a pedagogia digital com uma canetada. Mesmo a Estônia, exemplo mundial de modernidade nesse campo, avançou aos poucos, com muita conversa. A Estônia tem cerca de 170 mil estudantes. São Paulo tem 3,5 milhões.”
Com certeza a iniciativa do livro totalmente digital tem futuro. O problema foi a afoiteza. Também a falta crônica de estrutura de informática das escolas. Mesmo em SP o Estado mais rico e próspero. Alguém disse uma vez sobre projetos e ações:” começar pequeno, pensar grande, andar depressa.”.
Um projeto piloto com p.ex. 2,3% da população estudantil paulista. Oriundos das escolas mais preparadas. Aprendendo e avançando gradualmente. Seria o laboratório ideal. Projeto de Estado. Não de um governo.
Mercado-Lógico
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