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quinta-feira, 19 de maio de 2022

TUDO DOMINADO



Lembro-me da adorada Vó Virginia, moradora da Quintino Bocaiúva, no Morro Chic, é claro, comentar ao tomar contato com um rádio portátil, tipo saboneteira, da marca Mitsubishi.

- Onde iremos parar ?

Lendo hoje o Francisco Iglesias no jornal "Estado de Minas" sobre tecnologia wearable. 

É uma palavra em inglês que significa algo como “dispositivos de tecnologia para vestir”. São roupas, calçados e acessórios inteligentes que agregam tecnologia de ponta e praticidade. Estes acessórios, sejam, por exemplo, na forma de relógios, pulseiras ou óculos são carregados por sensores que se conectam a outros aparelhos ou à internet.

A tecnologia wearable é uma nova etapa na evolução da indústria dos dispositivos móveis.

Os wearables funcionam como extensão de nosso corpo, diferentemente do que ocorre com os smartphones. São equipados com sensores que registram o que comemos, vemos e sentimos. Conseguem captar as sensações de bem-estar ou de estresse. Monitoram os nossos batimentos cardíacos e ritmos respiratórios, e facilitam a comunicação com o ambiente onde estamos inseridos.

A utilidade dos wearables para os cuidados com a saúde é inegável. Os diagnósticos estão cada vez mais precisos e permitem que os usuários tenham conhecimento do problema com antecedência. Já se encontram em desenvolvimento dispositivos voltados para detectar diversos tipos de câncer, para prever o risco de diabetes e de doenças do coração, mesmo antes de o usuário se submeter a exames médicos.

Outra utilidade dos wearables para a vida cotidiana é facilitar a comunicação. O Google está trabalhando numa tecnologia que permite quebrar as barreiras linguísticas. No dia 11 de maio, o Google revelou ao mundo novos óculos que traduzem conversas em tempo real. Os óculos, chamado de “legendas para o mundo”, permitem traduções para conversas envolvendo inglês, mandarim, espanhol e linguagem de sinais americana.

Um passo importante para a segurança nas estradas são os brincos para vibrar e avisar aos motoristas que seus dados biométricos indicam que eles vão cair no sono em breve e que precisam fazer um intervalo.

A grande polêmica dos wearables é relacionada à confidenciabilidade da coleta dos dados, pois nem sempre está claro quais informações estão sendo coletadas e nem como.  

Viver é Perigoso

NA TERRA, MAIS ALTO, IMPOSSÍVEL



O alpinista brasileiro Gabriel Tarso, da vizinha Guaratinguetá (SP), alcançou pela segunda vez o topo do monte Everest, no Nepal, a 8.848 m de altitude, na manhã do último domingo (15). Além de ser um feito que chama a atenção por si só, Gabriel virou notícia no Brasil ao exibir um cartaz com os dizeres “Fora Bolsonaro”.

Gabriel Tarso conquistou o pico mais alto do mundo pela primeira vez em 2021. Mas desta vez decidiu politizar o feito.

O monte Everest já foi escalado 10.657 vezes desde que os primeiros alpinistas chegaram a seu topo, em 1953, tanto do lado nepalês quanto do tibetano, segundo o site especializado Go
Outside. Ao todo, até hoje, 311 pessoas morreram tentando alcançar o topo.

Blog: Não concordamos com cartaz. Deveria estar inscrito: Fora Jair !

Viver é Perigoso

POR QUE NÃO ?


Antes das urnas eletrônicas, era possível escrever o nome do candidato nas cédulas eleitorais brasileiras. A galera aproveitava para fazer protestos criativos. Um dos mais famosos foi em 1959, quando um jornalista lançou a candidatura de Cacareco a vereador em São Paulo. E ele teve 100 mil votos. Detalhe: Cacareco era um rinoceronte do zoológico municipal.

Cacareco teve um “sucessor” 29 anos depois. Em 1988, o jornal de humor Casseta Popular (de onde surgiram alguns integrantes do Casseta & Planeta) sugeriu o chimpanzé Tião à prefeitura do Rio de Janeiro, pelo “Partido Bananista Brasileiro”. O povo adorou: ele foi o terceiro candidato mais votado e até entrou para o Guinnes.

Um dos exemplos mais famosos vem da Roma antiga: o cavalo Incitatus, para quem o imperador Calígula teria conseguido uma vaguinha como senador.O quadrúpede levou uma vida de nobre: tinha estábulo de mármore, 18 criados pessoais e até joias. 

20 anos no poder é praticamente uma ditadura. Mas ninguém reclamou na cidadezinha de Talkeetna, no Alasca (EUA) - afinal, o “tirano” era um gatinho chamado Stubbs. Em 1997, os moradores decidiram escrever o nome dele na cédula, em protesto contra a qualidade dos candidatos. Ele foi “reeleito” até morrer em 2017.

Um grupo de sátira política na Nova Zelândia, o “Partido Sério McGillicuddy”, já lutou por causas importantíssimas, como o direito de voto às árvores. Em um de seus golpes mais radicais, lançaram um ouriço para uma vaga no Parlamento do país. Conseguiram até inscrever a ouriço, mas ela não foi eleita.

Em 1938, a população de Milton, nos EUA, selecionou (unanimemente!) o republicano Boston Curtis para um cargo público. Imagine a surpresa de todos ao descobrir que ele era… uma mula. O prefeito havia inscrito o bicho (que “assinou” a papelada com um carimbo de sua pata) para provar que nem sempre eleitores sabem quem estão apoiando.

Para arrecadar fundos, uma igreja em Rabbit Hash, no interior dos EUA, aproveitou as eleições municipais de 1998 para “vender” votos. Quem doasse US$ 1 ganhava uma cédula a favor do cachorrinho Goofy. Em teoria, ele venceu a disputa, com 8 mil eleitores! Desde então, a cidade já teve mais dois prefeitos caninos.

“Hank é um candidato inovador, cheio de energia, inspirador e pé no chão.” Parece o político dos sonhos. Com a diferença de que Hank é um gato! Ele tentou uma vaga no Senado dos EUA em 2012, representando o estado de Virgínia. E tinha até site oficial, com promessas de campanha e fotos de divulgação: hankforsenate.com

Um caso histórico rolou em 1968, nos EUA, quando membros do “Partido Internacional da Juventude” invadiram a Convenção Nacional Democrática exigindo a candidatura do porco Pigasus para presidente. Eles queriam até uma equipe do serviço secreto protegendo o bicho 24 horas por dia! Os farristas foram presos, mas inocentados em um julgamento meses depois.

Marselha, na França, quase teve um prefeito de quatro patas em 2001. Saucisse (“Salsicha”, em francês), um cão da raça daschund, foi inscrito pelo dono, Serge Scotto, e recebeu 4% dos votos! Não foi o suficiente, mas o bichinho era tão carismático que acabou virando celebridade. Até apareceu num reality show à la Big Brother.

Superinteressante

Viver é Perigoso