Aspectos que tornam possível identificar um fanático:
- A intolerância:
- O fanático só sabe contar até um; dois é uma cifra grande demais para ele ou ela;
- O sentimentalismo: em detrimento da razão,
- O culto a personalidades (líderes políticos, religiosos, indivíduos carismáticos);
- A falta de senso de humor.
Pois bem, uma vez identificado um fanático, como curá-lo ? É possível ?
" A questão de como curar um fanático é complicada. Não é como se eu tivesse um tipo de injeção com a qual posso curar um fanático, mas acredito que o senso de humor é um grande remédio.
Nunca vi um fanático com senso de humor. Nunca vi uma pessoa com senso de humor se tornar um fanático, a não ser quando ele ou ela perdeu seu senso de humor. Sobretudo humor autodepreciativo.
Se você tem um tipo de humor que lhe permite rir de si mesmo, você é imune ao fanatismo.
Se ao menos eu pudesse comprimir o senso de humor para colocá-lo em cápsulas e persuadir muitas pessoas a tomarem minhas cápsulas de humor para que se tornassem imunes ao fanatismo... Eu seria indicado ao Prêmio Nobel de medicina, não de literatura.
Mas isso é perigoso, por que, o que eu estou dizendo? Estou dizendo que quero mudar as pessoas para o seu próprio bem, que quero fazer com que outras pessoas – estranhos – tomem minhas cápsulas de humor para mudá-las. Isso já é em si muito semelhante ao fanatismo.
É uma doença muito contagiosa. Quando você trabalha com ela ou a analisa em laboratório na busca de um antídoto, corre o risco de contraí-la.
Quando o mundo se torna mais complexo e as pessoas buscam por respostas simplistas, o fanatismo e o extremismo ganham terreno."
Nunca vi um fanático com senso de humor. Nunca vi uma pessoa com senso de humor se tornar um fanático, a não ser quando ele ou ela perdeu seu senso de humor. Sobretudo humor autodepreciativo.
Se você tem um tipo de humor que lhe permite rir de si mesmo, você é imune ao fanatismo.
Se ao menos eu pudesse comprimir o senso de humor para colocá-lo em cápsulas e persuadir muitas pessoas a tomarem minhas cápsulas de humor para que se tornassem imunes ao fanatismo... Eu seria indicado ao Prêmio Nobel de medicina, não de literatura.
Mas isso é perigoso, por que, o que eu estou dizendo? Estou dizendo que quero mudar as pessoas para o seu próprio bem, que quero fazer com que outras pessoas – estranhos – tomem minhas cápsulas de humor para mudá-las. Isso já é em si muito semelhante ao fanatismo.
É uma doença muito contagiosa. Quando você trabalha com ela ou a analisa em laboratório na busca de um antídoto, corre o risco de contraí-la.
Quando o mundo se torna mais complexo e as pessoas buscam por respostas simplistas, o fanatismo e o extremismo ganham terreno."
Amós Oz
Viver é Perigoso